quarta-feira, setembro 18, 2019

E Deus criou o Brad Pitt




Não tenho culpa. Gosto de homens bonitos. Conheço quem goste de homens feios. Aliás, ainda bem que é assim pois de outra forma ou havia carradas de homens bonitos pendurados ou a mesma coisa mas em feio. Assim há procura para tudo, e assim é que está certo.

Mas eu, santa paciência, sempre gostei deles não apenas bem apessoados (como diz a minha amiga bicha) mas, mesmo, giraços. Dantes dizia-se 'borrachos' ou, antes disso, 'pães'. Também se diz 'gatos'. Por mim, qualquer epíteto lhes assenta bem.

Depois de ter gostado de vários meninos quando era pequenina, sobretudo de um -- embora fizesse de tudo para lhe fazer ciúmes -- o primeiro de quem gostei a sério, na minha condição de pré-mulher , era o oposto do que viria a ser o meu 'género'. Esse era louro e tinha qualquer coisa de Brad Pitt. Tinha aquele tipo de nariz, aquele tipo de irreverência, aquele tipo de charme. Era um bad boy que, enquanto dançávamos, me abraçava de uma forma que fazia despertar em mim o efeito, até então desconhecido, das hormonas em erupção. E a forma como me afastava devagar o cabelo para um dos lados para me beijar o pescoço com aqueles lábios que ferviam incendiava todos as terminações nervosas do meu corpo. 

Numa fase indefinida entre o primeiro e o segundo, houve uma breve história com o que devia ser o mais bonito do liceu. Lindo, cabelo castanho escuro, olhos muito verdes, um corpo de modelo. A menina Dina, a contínua daquele corredor, dizia-me: 'Sabes escolhê-los' e, quando me via a balançar para o primeiro, meu primeiro grande, grande amor, censurava-me: 'Mas há lá comparação...? Podendo tu ficar com aquela brasa, que é que tu vês neste ali?'. Mas via. Era não apenas um bad boy mas também um sexy boy mas isso, se calhar, só eu é que sabia. E sendo um bom jogador de futebol e um aventureiro, um desafiador, um maluco que se metia em todo o tipo de sarilhos, surpreendia a turma inteira quando revelava ser um exímio diseur, em especial de poesia. Eu ficava arrepiada e, pelo silêncio durante e no fim, presumo que toda a gente também o ficava. 

O segundo, o artista, era muito talentoso e era bonito, diziam-no até muito bonito, e tinha pele clara e olhos cor de violeta mas cabelos pretos. Já aqui falei muitas vezes dele, não vou repetir.

Do terceiro, o moreno, mais moreno que sei lá o quê -- em especial quando está bronzeado como agora está -- é fisicamente o oposto do primeiro.

E o que se conclui daqui é que isto de géneros, cor de pele, cor de cabelo ou de olhos é bem capaz de ser pormenor. Ou melhor, para ser franca, pormenor não é. O primeiro, apesar de louro, como andava sempre na rua e fazia imenso desporto e deslocava-se de bicicleta e mota (sem capacete), andava sempre bronzeado e o cabelo com madeixas arruçadas, coisa que eu achava o máximo. Homens de pele muito branca não fazem o meu género. Mas isto é porque, na volta, não calhou conhecer um especial de corrida e copinho de leite.

Quando vi a primeira vez o Brad Pitt, no 'Thelma e Louise', fiquei rendida. Coisa mais linda. E em 'Lendas de Paixão'? 

Por duas vezes foi eleito pela People o homem mais sexy do mundo, em 1995 e em 2000.

E tinha graça quando andava com a Gwyneth Paltrow e, depois, com Jennifer Anniston. Fazia casais bonitos. Estavam bem para ele e ele para elas. Quando foi o romance com a Angelina Jolie não gostei. Não sei. Muito stress em cima dele. Tinha que ser muito bem comportado, muito politicamente correcto, muito marido ideal a acompanhar a sua muito politicamente correcta Angelina. 

Depois foi o que foi. E o álcool e os Alcoólicos Anónimos e a magreza.

E agora eis que, de novo, é o Brad Pitt que aparece.


O mesmo Brad. Lindo, sexy, aquele sorriso que arrasa corações, aquela vontade de olhar (e não falo em mexer por mero realismo).

Onde aparece causa furor. Ele sorri, aquele sorriso irónico, lindo de morrer. Já tem 55 anos e a beleza e o charme só fizeram foi crescer.


O The New York Times escreveu um artigo a que deu o título: 'Os planetas, as estrelas e Brad Pitt'. 


E o Madame le Figaro escreve: Et Dieu recréa Brad Pitt (sur les cendres encore chaudes de Brangelina) de onde aproveitei a ideia para o título deste post.

As nove cenas mais sexy de Pitt, Brad Pitt



E até já

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