Não sou muito viajada. Já fui um pouco mas nestes últimos anos, por razões que já aqui expliquei, tenho dificuldade em afastar-me. Mas gosto muito de viajar. Talvez até mais do que que viajar, gosto de me sentir turista. Gosto de descobrir lugares, gosto do prazer de ver pela primeira vez, gosto de me deixar surpreender. Mas consigo ter essa sensação em lugares que conheço bem, quase como a palma da minha mão. Consigo descobrir coisas em lugares onde estou todos os dias e esse prazer é igual, ou quase igual, ao que tenho quando nunca antes estive num lugar.
Tenho também descoberto o prazer de conhecer melhor o que está perto de mim. Tenho a sorte de viver num país maravilhoso onde as belezas são mais do que muitas e as descobertas permanentes.
Tenho também descoberto o prazer de conhecer melhor o que está perto de mim. Tenho a sorte de viver num país maravilhoso onde as belezas são mais do que muitas e as descobertas permanentes.
E basta que o vento mude ou se suspenda, que a luz e as nuvens transformem a paisagem, que o nosso estado de espírito nos deixe ver com outros olhos -- e logo as descobertas se sucedem.
Este domingo almoçámos todos juntos, em volta de uma grande mesa redonda. E é sempre uma alegria tão grande. Todos gostam tanto de estar uns com os outros que a conversa, o riso e as brincadeiras para além de ruidosas, são constantes. E eu alimento-me destes momentos. Se, para mim, a beleza natural e a arte e a música e o silêncio e as palavras e as memórias são fundamentais, o afecto e o aconchego de estar junto daqueles que mais amo são o alimento de que o meu espírito mais precisa.
Depois de almoço fomos passear para o passadiço sobre o Tejo, aproveitar o solinho bom, a temperatura amena, e os meninos estavam entusiasmados a olhar por entre as tábuas para descobrir alforrecas lá em baixo. A cada meia dúzia de passos, chamavam uns pelos outros e logo de punham de joelhos a espreitar para o que tinham descoberto junto às traves, no rio.
Depois o meu filho viu no telemóvel que haviauma trotineta eléctrica ali por perto e foi buscá-la. Apareceu a alta velocidade para delírio da criançada. A seguir andou com cada um deles e foi a loucura e a seguir as meninas grandes também experimentaram mas a muito menor velocidade do que ele. A festa que as crianças fizeram é inenarrável. Só o bebé é que não deu por nada pois estava, no carrinho, a dormir.
Não andei de trotineta, claro, mas tirei umas fotografias com a minha maquininha pequenininha não apenas à aventura e aos bravos aventureiros como ao que me rodeava. O Tejo hoje estava chão, espelhado, de uma serenidade contagiante e eu só tenho pena de não conseguir captar, nestas minhas fotografias, como é tão verdadeiramente magnífica esta tão intemporal e luminosa.
E todas aquelas construções, elegantes e harmoniosas, reflectidas nas águas, pareciam quase irreais de tão lindas.
Não é à toa que Lisboa é a melhor, a mais bela e acolhedora cidade (vide o reconhecimento dosWorld Travel Awards).
E todas aquelas construções, elegantes e harmoniosas, reflectidas nas águas, pareciam quase irreais de tão lindas.
Não é à toa que Lisboa é a melhor, a mais bela e acolhedora cidade (vide o reconhecimento dosWorld Travel Awards).
Ande-se na Baixa Pombalina, no Chiado, nas Avenidas Novas, nos seus Parques e Jardins, junto ao rio, na zona monumental ou aqui, no Parque das Nações, andaremos sempre maravilhados em Lisboa.
Claro que, para dizer isto, tenho que me abstrair do trânsito nas horas de ponta nas principais vias de acesso durante a semana de trabalho. Mas, lá está, acredito que algumas soluções inteligentes estão a caminho e outras mais disruptivas poderão vir um dia e, para além disso, agora estou a escrever isto na qualidade de turista nesta Lisboa que adoro.
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E queiram fazer o favor de descer para verem a minha querida Paula Rego, de quem gosto tanto, tanto.
Sem dúvida e nada como calcorreá-la por largos percursos.
ResponderEliminarUm abraço e uma ótima semana.
Gostei muito de ver aqui a minha cidade, cada vez mais longínqua...
ResponderEliminarA primeira foto está linda, e a das gaivotas também, mas cadê a 🛴?
Um destes dias, procurando uma coisa (que não encontrei) fui ter a Amesterdão.
E foi um turbilhão de memórias:
1- O fim do romance da Lídia (tão bom e tão divertido).
2- O lenço do gato, que afinal era um tigre.
3- A mala com os girassóis do Van Gogh.
4- O prato com o galaró português que comprou ao Jeremy Irons.
5- E a OBA. Fui a primeira a adivinhar e deveria ter ganho a tal viagem, mas surgiram uns problemas e ficou tudo em codfish waters...
E hoje fico por aqui.
🌲 lover