Na sequência do meu post de ontem sobre o suicídio de Anthony Bourdain, recebi um mail de uma Leitora que me impressionou e, porque acho que quem se sente mal ficará melhor se souber que não é a único e que é importante que saiba que pedir ajuda é essencial e que há tratamento, pedi~lhe autorização para o partilhar convosco. Cá está:
Há cerca de um ano percebi porque se suicidam as pessoas, percebi que temos uma energia que nos motiva, que nos faz levantar da cama com projectos, uma energia que nos faz enfrentar e aguentar tudo. Só me apercebi dessa energia quando a perdi.
Não é tristeza, como dizem, porque tristeza temos todos.
Pedi ajuda a um amigo médico, disse-lhe "dá-me qualquer coisa". Adversa que sou a drogas rasguei o folheto informativo e tomei tudinho. Ainda tomo (pela primeira vez obedeci a um médico).
Eu queria desistir mas não posso, pelos filhos, pela minha família -- não podia mesmo.
No outro dia, uma colega, meia idade -- um marido bem sucedido na sua profissão, um filho a acabar um curso superior, uma querida, nada dada a mostrar riquezas exteriores, saiu da empresa, e atirou-se ao mar. O corpo foi encontrado no dia seguinte.
Via sempre Bourdain. Fora da caixa, inteligente -- e dizia asneiras como eu gosto de dizer.
Infelizmente não se fala de depressão, não se fala nem se usa a TV para falar das doenças mentais que, se não matam, também não deixam "viver". Quando acontece uma desgraça chamam um psiquiatra ao telejornal e ficam por aí.
Estamos a viver de forma errada e nesta loucura esquecemos o essencial.
PS: Não sei se se apercebeu mas a CNN ao dar a notícia aparecia no ecrã um nº de ajuda
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213 544 545 - 912 802 669 - 963 524 660 / Diariamente das 16h às 24h
Linha Verde gratuita - 800 209 899 / Entre as 21.00 e as 24.00 horas
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Le mal de vivre, cantado por Barbara.
ResponderEliminarTem razão. É a 'banda sonora' certa. Já substitui o vídeo do Nocturno de Chopin pelo 'Le mal de vivre' cantado pela Barbara. É um tema inquietante mas penso que falar nele pode ajudar quem esteja a atravessar um mau momento. Obrigada.
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