quinta-feira, dezembro 10, 2015

“Whoa, Donald — you’re scaring me, man.”


Depois dos maridos Instagram, volto-me agora para uma fatídica criatura, um ridículo candidato às presidenciais que já começa a assustar o próprio mafarrico.

Ui, Donald - estás a assustar-me, pá. 
(Aqui)

Não há muito tempo falei aqui de Donald Trump, tratando-o como comediante. Não me parecia que a coisa pudesse ser levada a sério. Via-o como um Alberto João à escala americana e, prestando-se a gerar audiências, antevi que os media o levassem ao colo; mas não me pareceu plausível que alguém, de bom senso, considerasse que aquele trumpalhão poderia, alguma vez na vida, vir a ser presidente dos EUA.


Não há semana que o sujeito não se saia com mais uma baboseira, tudo do género xenófobo, misógino, palerma encartado, ordinário vulgar. Pois bem, provando que a estupidez não tem limites, há muito quem goste disso e a popularidade do bicho continua a subir, havendo agora sérios riscos de que venha a ser escolhido como candidato republicano. Se isto não é o fim dos tempos, então o que será?

Os vídeos com as suas ofensas e disparates sucedem-se. Não me parece que seja muito útil divulgá-los pois acho que há sempre gente estúpida disposta a seguir outros estúpidos -- da mesma maneira que parece que as mentes brilhantes se atraem, o mesmo parece acontecer aos estúpidos. Vou, no entanto, mostrar um vídeo que acho que mostra bem a besta quadrada que ali está: chegou ao ponto de parodiar, de forma alarve, Serge F. Kovaleski, um jornalista que tem uma deficiência física.

Corre neste momento uma petição para o impedir de entrar no Reino Unido, invocando que há ódio nos seus discursos, que incita ao ódio, nomeadamente agora que defende a proibição de entrada de muçulmanos nos Estados Unidos:


Block Donald J Trump from UK entry. 

The signatories believe Donald J Trump should be banned from UK entry. 


Para que o assunto seja apreciado no Parlamento bastariam 100.000 assinaturas. À hora a que escrevo, as assinaturas já ultrapassam as 360.000.

Também Boris Johnson, o mayor de London, reagiu dizendo que a única razão pela qual não vai a algumas zonas de Nova Iorque é que acha que pode haver risco de se cruzar com Donald Trump. Critica-o com veemência, dizendo que o sujeito não está bom da cabeça e que não o convidaria para visitar o Reino Unido para não sujeitar os seus conterrâneos ao risco de se cruzarem com ele.

Mas, enfim, se sei das reacções britânicas, não sei de outras que se tenham erguido da mesma forma frontal. Ou porque não o levam a sério ou porque andam entretidos com a cozinha doméstica, o facto é que a reacção internacional parece não ter sido a que deveria. E a verdade é que é por causa da brandura dos que pensam bem que os que pensam mal vão encontrando o caminho livre para se irem afirmando.

Por cá, honra seja devida a Ferreira Fernandes que, oportuno como só ele, não se esqueceu de apodar devidamente o imbecil. E esta quarta-feira à noite foi também com agrado que ouvi Constança Cunha e Sá falar da nefasta criatura que, para vergonha dos americanos decentes, se alcandorou já tão perigosamente alto.


Tomara que o cabeça de banana caia a tempo dos píncaros onde as sondagens revelam que já chegou, senão o mundo poderá tornar-se um lugar ainda mais perigoso do que já é, imprevisivelmente perigoso.


Donald Trump - ver para crer




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E, agora, disparate por disparate, queiram, por favor, descer até ao post seguinte e ver o que sofrem os Instagram husbands.

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