quarta-feira, dezembro 04, 2013

Bruno Maçães, o Alemão, segundo a imprensa grega ('oh no...', reagiu ele no Twitter); ou o tonto ou a luminária segundo Constança Cunha e Sá na TVI 24; ou o imberbe fanático segundo Daniel Oliveira.



Bruno Maçães, aqui armado em macho man.
(Fotografia obtida no Expresso - fotografia essa que, conforme lá se pode ler, foi divulgada pelo próprio na sua página do twitter )


(Fotografia obtida no site do Governo)
Logo que tomou posse me interroguei aqui se a escolha de tal personagem para Secretário de Estado dos Assuntos Europeus seria piada. 

Há casos em que a intuição não falha. Uma anedota parecia estar a preparar-se.

E a anedota aí está, à vista do mundo.

José Sócrates divulgou o caso no domingo na RTP: numa reunião na Grécia, Bruno Maçães armou-se em Lili Caneças, uma finesse acima da carne seca, deu um chega para lá nos países do sul e foi mais alemão que os alemães no ataque cerrado aos interesses dos países que têm vindo a ser prejudicados neste processo de ajustamento. De tal forma foi que os jornais se referiram a ele como 'o alemão' - e não foi por ele ser alto, espadaúdo, louro e de olhos azuis.


Ouvi e não me espantei: que outra coisa seria de esperar...?

Nestes últimos dias não se tem falado noutra coisa pelo que não é por ser tema novo que aqui o trago. 

Apenas o faço porque quero que aqui, no Um Jeito Manso, fique registada mais esta aventura dos colaboradores de Passos Coelho. E, em vez de me pôr a repetir o muito que se tem dito, permitam que vos recomende o artigo de Daniel Oliveira no Expresso: Os imberbes fanáticos de Passos Coelho.


Para os que não queiram ler o artigo todo, transcrevo alguns pontos:

"Bruno Maçães (...) escreveu no Expresso Online, no Diário Económico e num blogue de direita. Justiça lhe seja feita: nunca escondeu a sua alma radical. Fã de Sara Palin - que "representa o melhor da democracia americana"  -, recebeu a troika e a austeridade de braços abertos. (...) Não deixa de ser assustador pensar que alguém que espera que uma intervenção externa no seu país "seja para durar" venha a ser um dos principais assessores políticos do primeiro-ministro desse mesmo país? 


(...)

Como não falta sentido de missão ao jovem assessor, resolveu oferecer o seu "génio político"  a um país tão carente de neurónios e assim contribuir para erradicação do flagelo da estupidez nacional, atenuando o incómodo que tantas vezes o assaltou: "há alturas em que me convenço que as pessoas à minha volta não são particularmente brilhantes

(...)
Como já tinha dito em Portugal, Maçães reafirmou que não vê grandes vantagens em alianças entre Portugal e a Grécia, Espanha, Itália ou até França.
(...)

É natural que, por essa Europa fora, esta imberbe pandilha cause admiração e espanto. Como se pôs um país que está a viver uma das piores crises da sua longa história nas mãos destes aprendizes?"



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Sobre a privatização dos CTT que leva a propriedade de mais de metade da empresa para fora do País, o que deixou os Secretários de Estado todos contentes (a sério...!) falo no post já a seguir. De passagem, falo também de Marques Mendes, essa criaturinha que por aí anda a espalhar uma coisa e o seu contrário, e falo dos juros da dívida da maravilhosa operação de troca da dívida.

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(A ver se ainda cá volto com mais um episódio da história da Leonor.
Hoje se calhar não vou responder aos comentários para ver se tenho tempo para a história. )

8 comentários:

  1. O artigo de Daniel de Oliveira é elucidativo q.b !
    Um tonto, como muito bem o designou Constança Cunha e Sá (se não erro, chamou também ao ex-MF, Victor Gaspar, “gu-gu”, ou coisa assim, o que me fez soltar uma pequena gargalhada), um bloguer da treta, sem experiência de fundo, profissional, um apalermado, politicamente de extrema-direita ultra-liberal, que sai do colo do Gabinete da Presidência do Conselho de Ministros, “conselheiro” do Passos, assessor do raio que o parta, para o lugarzinho onde hoje está (foi substituir um histérico M.Leitão, ao que me constou). E ali está, pimpão, cheio de si, importante como nunca, o rapazinho Maçães. E é a esta gentinha de fraldas que o rapaz Passos entrega assuntos de Estado relevantes. Bom, o País está ele também entregue a uma malta que só visto! Daí que decisões destas e rapaziada deste tipo para aqueles lugares não nos deveria surpreender. É, no fim de contas, a sequência “lógica” do “processo político” que vivemos.
    Em resumo: o sujeito é um pirilau!
    P.Rufino
    PS: aqueles óculos fazem-no parecer com um ET em pior, quer-me parecer.

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  2. Parece um escuteiro alemão a quem deram um canivete suíço.

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  3. Garotada tola com pose de inteligente e a fingir-se gente séria: são praticamente todos eles.
    Enerva-me não se poder fazer nada!
    Um beijinho

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  4. Está encontrado o natural vencedor do Grande Prémio Miguel de Vasconcelos - 2013. A súbita passagem de VIP a RIP do seu mais sério rival, no passado mês de Agosto (A. Borges), não oblitera os méritos do Bruninho. O troféu da edição de 2012 havia sido ganho indisputavelmente por Vítor Gaspar.

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  5. Olá P. Rufino,

    Este elenco de totós podia servir para uma série cómica mas o drama é que, afinal, andam a fazer palermices que têm impacto nas nossas vidas.

    Podiam ser simples palermas e, afinal, estão a comprometer o nosso futuro.

    ET? Qual ET?... O ET é ternurento... Este é o oposto. Uma coisa incompreensível como pode passar pela cabeça de alguém pôr uma ave destas em Secretário de Estado...

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  6. jrd,

    Um escuteirinho alemão...? Qual...? Se fosse seria lourinho e talvez até bonitinho...Este, coitado, é um pequeno traste armado em doutor. Mas ok, talvez ande à nora com um canivete suiço, sim.

    (faz-me sempre rir, jrd!)

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  7. Olá Isabel,

    Tem razão, é isso mesmo, uns gaiatos que deviam andar a passar pelas agruras dos outros jovens que não conseguem arranjar emprego e que, pelo contrário, andam de motorista, armados em importantes. Dá nervos mesmo!

    Beijinhos Isabel.

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  8. Olá Cine,

    Essa do prémio Miguel de Vasconcelos é boa! E está bem atribuído, sim senhor!

    Tomara que a cerimónia de entrega do dito prémio não demore muito pois parece que a seguir à entrega há festa brava: e como cúmulo do festejo atiram o laureado pela janela. Lá estarei para aplaudir.

    (Mas e então para o vice-irrevogável-portas não vai nada, nada, nada...?)

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