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A palavra aos jornalistas de alguns dos jornais online. Passo a transcrever:
1º
A economia portuguesa sofreu uma contracção de 3,2% no ano passado, o que corresponde à maior queda no Produto Interno Bruto (PIB) desde 1975, ano em que a economia recuou 5,1%, indicou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
2º
Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, está preocupado com o esquecimento a que está a ser deixada a mais jovem geração da União Europeia:
“Salvámos os bancos mas estamos a correr o risco de perder uma geração”, disse. Uma das acusações feitas pelos críticos da austeridade é, precisamente, a injecção de dinheiro para a banca, sem que haja uma atenção ao impacto social das medidas de austeridade impostas na economia. A taxa de desemprego em países periféricos, tal como em Portugal, tem registado máximos históricos, sendo que a porção mais jovem da população tem sido a mais afectada. Ao mesmo tempo, as economias têm contraído.
“Somos campeões nos cortes mas temos uma ideia menos feita do que fazer para estimular o crescimento”, disse Martin Schulz. Em Janeiro, o comissário europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, Laszlo Andor, tinha já alertado para a possibilidade de a Europa perder uma geração se não adoptar medidas para a criação de emprego".
3º
“Chairman” da Portugal Telecom critica Seguro e Passos sobre a posição dos dois responsáveis sobre o salário mínimo, classificando de irrealista a afirmação do primeiro-ministro sobre esta matéria. Quanto à crise em Portugal, diz que também foi causada “por más opções da União europeia”
[Comentário meu: Andar-se às voltas disto neste momento é estar-se distraído. Não é assunto para agora. Decretar a subida agora pode ser perigosa para os muitos pequenos empresários, nomeadamente comerciantes, que estão com a corda na garganta. Mas, em contrapartida, baixá-lo para estimular o emprego é mais uma parva boutade de Passos Coelho (e a redundância é deliberada) pois ninguém vai admitir nem mais um empregado pelo facto de lhe pagar menos 10 ou 15 euros. E os empresários que podem aumentam os ordenados, pois se há coisa de que precisam como de pão para a boca é de maior consumo interno pelo que o que puderem fazer para o estimular, fazem. Ou seja, há mil outras prioridades neste momento, não nos deixemos enredar em discussões nulas.]
4º
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, indicou hoje, numa carta enviada aos líderes europeus em vésperas de mais um Conselho Europeu, que o seu executivo está particularmente preocupado com os custos sociais da crise, que importa agora combater.
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Em princípio ainda cá volto. Agora vou até ao Ginjal. A ver se tenho tempo de responder aos comentários mas estou receosa, temo não o conseguir (já os li, claro, mas o difícil é ter tempo para responder porque são vários). Só me consegui sentar aqui hoje já depois das 22:30 e tive mails para responder, um dos quais com um inesperado convite, pelo que isto hoje não está nada fácil.
Olá UJM!
ResponderEliminarJá não tenho pachorra para afirmações como as do Durão Barroso:
"o meu executivo está particularmente preocupado com os custos sociais da crise, que importa agora combater." Então porque não combate e sob a batuta da Senhora Merkel força a aplicação na Europa de políticas restritivas que trazem recessão , desemprego e pobreza!
o Barroso faz lembrar o trio maravilha Coelho , Gaspar e Relvas que estão muito preocupados com o desemprego em Portugal mas que continuam a aplicar políticas que aumentam o desemprego!
Curiosas as declarações de Jean-Claude Junker que, liberto do cargo europeu, podendo agora falar livremente sem constrangimentos políticos, chamou a atenção para o perigo de uma Guerra na Europa . Posição catastrofista que se assemelha à afirmação do Mário Soares em artigo no DN sobre a possibilidade de uma "indignação violenta" em Portugal.
Entretanto o pastel em Belém escreve prefácios de auto-justificação patética!!!
Estamos fritos!!!!
Um abraço
Olá Joaquim,
ResponderEliminarFritos, fritos. Mas o Mário Soares tem esperança que o governo caia e eu também tenho. Custa-me a perceber a racionalidade de mantermos uns ignorantes daqueles em funções. destroem valor, destroem tudo em que tocam.
Quanto ao pastel nem sei que diga. O homem não anda bem, é o que é. Será de se alimentar a erva?
Um abraço!