O precoce Franquelim, o espertinho Adolfo, a Ana Rita do BES, o Pedro sindicalista e o Nuno que num dia foi nomeado director geral e no dia seguinte acordou Secretário de Estado, não têm competências para serem Secretários de Estado, pelo menos daquilo para que foram escolhidos?!... Pois... Deviam era pôr-me a mim a fazer o casting a ver se não os escolhia melhor, ai não que não escolhia... Ora confiram, sff.

Vamos lá a ver: isto de governar não deve ser nada fácil. Imagine o que seria para si, meu Caro Leitor(a) se, um dia destes, recebesse um convite para entrar para este Governo. Ficava com a boca seca, certo? 

Ir para um Governo com gente de tão má fama como o putativo barítono rejeitado pelo La Feria, o ex-Doce, o intelectual Relvas, o papuço do Álvaro, o cromo do Gaspar...?...Foge...!

O que fazia? Pois. Imagino eu que inventava uma desculpa, que tinha que ir ali tratar de umas coisas, que andava com calos, que tinha que ir buscar água a uma fonte num sítio muito longe, uma desculpa esfarrapada qualquer - e, com um sorrisinho amarelo, agradecia a deferência e abalava a correr para ver se não vinham atrás de si. Porque, desesperados como eles lá no Governo devem andar, acho eu que os que para lá vão já vão obrigados, sequestrados. Ou então é gente de baixíssimo QI que ainda acha que estar neste Governo é bom para o CV.

Agora entrou o Franquelim, o Adolfo dos blogues, e outros artistas que parece que não têm nada a ver com o que vão fazer...? Pois foi mas, olhem, paciência, deve ter sido o que se conseguiu arranjar.

No entanto eu, cá para mim, se têm puxado um pouco mais pela cabecinha, talvez a coisa tivesse corrido melhor.

Por exemplo, vejam lá se não me apoiariam se fosse eu a fazer as escolhas: 

Não deve ter sido auditora e consultora aos 16 anos
nem deve ter ido fazer um curso de gestão avançada à Pensilvânea
mas, apesar de tudo, parece-me bem

Para Secretário de Estado do Empreendedorismo, Inovação e Competitividade em vez do Franquelim, eu cá tinha escolhido a Cristina Ferreira. Diz que tem uma loja, que usa a roupa que tem à venda para a promover - o que demonstra que é empreendedora - e, enfim, vê-se que tem jeito para a coisa.

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Não consta que escreva em blogues
nem deve ter nascido logo a ser assessora ou adjunta de gabinetes
 mas parece ser também famosa nas redes sociais

Para Secretário de Estado do Turismo, em vez do Adolfo, eu cá tinha escolhido a Luciana Abreu. Diz que vai muito ter com o marido, que viaja um bocado, e que vai à terra e, enfim, sempre é mais gira que o Adolfo, talvez atraia aquele tipo de turismo que o Álvaro quer atrair, os velhinhos a cair da tripeça e foi o que os portugueses mais escreveram nos motores de busca e isso é importante, olá se é.

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Não é professor do ensino secundário, sindicalista, etc,
mas usa roupas giras e, sobretudo, lida bem com a Cristina Ferreira

Para Secretário de Estado do Emprego, em vez de um tal Pedro Roque, talvez o Manuel Luís Goucha que parece que tem ou teve um restaurante e, parecendo que não, por causa disso já tem experiência com empregados. E, para além do mais, também usa casacos mais giros do que os do Roque e, se a Cristina Ferreira vai para Secretária de Estado, tem que por lá haver quem aguente a guincharia que ela faz.

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Não tem carradas de cursos, não é professora nem veterinária
mas deve ter jeito para tratar de cães e gatos
(o que é importante porque, neste governo, entra tudo o que é cão e gato)
e, além do mais, tem ar de ser moça para se bater com uma bela pratada

Para Secretária de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, em vez daquele senhor de carinha laroca, o Nuno Vieira e Brito, eu cá optava pela Ana Bola que tem ar de ser um bom garfo (o que é relevante numa Secretaria que tem a ver com alimentação), que tem ar de quem se consegue disfarçar bem de secretária de estado e aliás já foi ministra ou mulher de um ministro (pelo menos, num programa de televisão, o que vai tudo dar ao mesmo) e, afinal, toda a gente gosta dela, era bom para a popularidade do governo.

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Já os topa à légua,
conseguia fazer milagres até com os mais relapsos
 e o Relvas precisa de quem  veja se o consegue pôr, ao menos, a  cumprir os mínimos

Para Secretária de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa, em vez da Ana Rita Barosa, eu cá punha a minha mãe. Foi professora primária, tem muita paciência, está habituada a lidar com cábulas. Já que o Relvas nunca mais sai do Governo, ao menos alguém que o ponha a falar e escrever como deve ser.

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Então: que me dizem?  Não eram melhores do que estes que agora foram escolhidos? Acho que ainda me falta um mas não faço ideia de quem seja, mas isso também não faz diferença nenhuma.

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Hoje vim para aqui cheia de boas intenções. Tirei uma fotografia aos livros e revistas que comprei ontem e queria falar deles, portar-me bem, armar-me em intelectual. Afinal escrevi isto aqui em cima, pus-me a espreitar outros blogues, deu-me o sono e já não consigo ver se me sai uma conversa inteligente. Por isso não arrisco, fico-me já por aqui.

Já agora mostro-vos a fotografia não vão vocês pensar que estou para aqui a vender jogo branco.

A fotografia ficou torta e, se a endireito, ainda mais corto a parte de baixo da revista e do livro -
 e já não vou tirar outra porque já tirei a literatura do chão e não me apetece repetir a 'instalação'

O livro do Philip Roth chama-se Engano
e a revista (linda!) tem escrito em baixo Herberto Helder e eu estou desejando de lhe pôr as mãos em cima. E dentro.

A ver se amanhã estou virada para falar destes livros e das revistas. Mas não poderei falar muito porque ainda não os terei lido - é como falar de um perfume que ainda não se usou, apenas se cheirou ao de leve.

Também poderei falar de tapetes de Arraiolos a propósito daquela carpete que ali vêem (que fiz antes de me dar para escrever blogues).

Ou posso falar das minhas caminhadas diárias (nos dias em que consigo chegar a casa antes das 8): o meu filho instalou-me o running no telemóvel e posso monitorizar a minha performance. Faço agora quando chego a casa (à noite, com um frio antárctico), 5 (cinco!) quilómetros em cinquenta minutos. Claro que nada que se compare com a proeza do meu filho que vem do trabalho para casa a correr, atravessando Lisboa quase de uma ponta a outra. Mas, enfim, outras idades.

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E nada mais. Tenham, meus Caros Leitores, uma bela sexta feira.
Grande dia, a sexta feira...!
E viva um governo escolhido por mim! Viva!