Parece que está de chuva e, por aqui, bem precisados estamos dela.
É bom mas...
É chato, o cão vem para casa todo molhado, sacode-se por todo o lado, esfrega-se por todo o lado para se autolimpar e, ainda por cima, arma uma tourada quando vamos nós limpá-lo (salta, quer arrancar-nos a toalha, brinca em nossa volta). Além disso, a roupa custa a secar. E começa a não dar jeito fazer caminhadas de pernas ao léu.
Mas é uma alegria pensar que a terra vai ficar hidratada e que as verduras vão ficar viçosas de dar gosto.
Tirando estes pequenos aspectos que são circunstanciais, estou com um problema numa das minhas duas laranjeiras. Deu tanta, mas tanta, laranja que agora, antes de ficarem maduras, caem aos montes. Não sei como mantê-las na árvore a amadurecer. As que caem estão rijas, nada doces e não sei se vão alguma vez chegar a bom porto.
E estou com um problema ainda maior na romãzeira. Desta vez os bichos -- ou pássaros glutões ou ratos invisíveis, não sei -- devoraram-nas todas. Não sobrou uma para amostra. Para o ano vamos ter que arranjar ratoeiras ou qualquer outra arma preventiva. Uma pena. Eu que gostava tanto de comer os rosados e sumarentos grãos, agora só se as comprar.
O limoeiro está carregado de limões, belos limões, mas está com a folha fraca, com um ar um bocado desfalecido. Aqui há tempos deitei-lhe um pouco de adubo para citrinos mas parece não ter tido efeito nas folhas. Se calhar, também neste capítulo, vou ter que recorrer ao ChatGPT.
Seja como for, vão gostar de ser regadas com aguïnha da chuva.
E, como poderão compreender, estou mais virada para temas assim, domésticos, caseirinhos, coisas rasteirinhas, do que para os tristes descasos da nossa política em que os partidos de esquerda se empenham em dar cabo da esquerda e os de direita andam a ver como roubar eleitorado à direita mais direita e mais populista, e o PS anda mais ou menos aos papéis a ver como sair airosamente da saia justa em que o Marcelo enfiou o País.
Por isso, como os temas da natureza puxam sempre por mim, resolvi partilhar convosco um vídeo muito interessante e inspirador.
Era bom que todos os países tomassem em mãos missões assim: reflorestar, devolver a natureza à natureza.
A uma escala minúscula, tenho o meu ínfimo exemplo ao transformar um pedaço de terra em que só havia mato rasteiro e pedras numa parcela de terra fértil, em que as árvores crescem como gigantes, em que agora há vegetação, musgo, infinitos cogumelos, muitos pássaros, lagartixas; e até esquilos lá apareceram.
O vídeo abaixo está legendado.
A Bold Plan to Rewild the Earth — at Massive Scale | Kristine McDivitt Tompkins | TED
The first step to saving nature is the rewilding of our own minds, says conservationist and former Patagonia CEO Kristine McDivitt Tompkins. With an unwavering commitment to protecting ecosystems, she and her late husband Douglas Tompkins created vast conservation parks across South America that allowed ancient flora and fauna to flourish once again. Now, she's carrying that legacy and mission forward with a bold plan to connect parks across geographic boundaries, creating a system of continental-scale wildlife corridors — before it's too late. (Recorded at TED2024 on April 16, 2024)
Um grande artigo no "Aspirina B" da Penélope, a não perder.
ResponderEliminarSim, já tinha lido. Um extenso e interessantíssimo texto. Obrigada de qualquer forma pois aqui fica a dica para quem por aqui passar.
EliminarOlá UJM, de há dois anos para cá que deixei de ter laranjas e limões. Do que tenho observado e lido, a culpa é do aquecimento global que anda a trocar as voltas aos insetos e à fruta. A fruta cresce antes do tempo e depois com a chuva e a geada cai de podre antes de estar madura e não se aguenta nas árvores. Dizem-me que a culpa é de serem apenas umas poucas árvores que não levam tratamento nenhum, mas são árvores com dezenas de anos, que sempre davam fartura de fruta por vários meses e agora nicles. Porque se trata de um pequeno pomar e como não me apetece transformar árvores crescidas e de copa abundante num campo de laranjeiras raquíticas esticadas em arames, vou apanhando a fruta quando posso mesmo que ainda ácida e faço sumos e doce de laranja enquanto dá. Ana
ResponderEliminarOla Ana.
EliminarPois, é isso. Na volta é isso mesmo, as árvores a ressentirem-se das alterações climáticas...
E vou pensar também em fazer doce de laranja. Aliás, adoro doce de laranja. E sumo de laranja, também, claro.
Obrigada pela partilha e pelas dicas, Ana.
Abraço!