Não me pronuncio sobre o caso de um relatório que deu à luz nove anos depois dos factos analisados: la Miss Swaps era ministra das Finanças quando Pinto Luz, actual ministro, era Secretário de Estado e quando lo passista mas passista de todos los passistas, Passos Láparo de seu nome, era primeiro-ministro e quando parece que todos engendraram um esquema para venderem la TAP sendo que los compradores terão comprado la TAP com lo pelo de lo próprio cão e que terão engendrado um esquema de se banquetearem com bonus, quiçá, limpos de taxes ou, pelo menos, más limpos. Não me pronuncio porque está tudo torto nisto a começar nos entortados que levam quase 10 anos a elaborar um relatório sobre um tema tão relevante e a acabar no possível embaraço de ver os impolutos passistas, los más amigos do joker Montenegro, o tal que ri com risinho jocoso como se tivesse uma folgada maioria e pudesse fazer o que muito bem lhe der na mona, todos envolvidos na novela TAP. E eu não me pronuncio pois só me apetece enfiá-los a todos no mesmo saco de gatos e deixá-los a arranharem-se uns aos outros com câmaras de Big Brother lá dentro, a passar na TVI 24 horas por dia com o Goucha, vestido de sorvete a interrogá-los não faço ideia a propósito de quê.
Quanto ao Orçamento de Estado para 2025 o que tenho a dizer é que acho que o PS o deve chumbar se o PSD insistir em incluir a descida do IRC, a descida do IRS jovem (em vez de uma descida generalizada de IRS para toda a gente). E já nem falo na aberração da borla do IMT para jovens. O PS não pode deixar passar aberrações. Se os da AD querem fazer parvoíces que as façam sozinhos. Se sozinhos não conseguirem fazê-las, azarinho, não as façam.
O meu dia não foi fácil e chego a esta hora e só me apetece descansar a cabeça. A sério.
Mas, por motivos que desconheço, tenho o dog de guarda a ladrar freneticamente, ininterruptamente, parece que em resposta aos do lado que ladram igualmente à força toda. Provavelmente é o gato branco, o tal esfingíco, quase sem pelo, quase assustador, que anda outra vez a desafiar a paciência da bicharada aqui da zona. Já devo ter falado dele. Põe-se a olhar para nós, quase como se nos desafiasse. Sei que é um gato porque não é um coelho nem um esquilo, muito menos um cão ou uma rola, mas é um gato deveras estranhíssimo. Quando o cãobeludo dá por ele, salta, corre e eu grito, chamo por ele, em pânico, com medo que estraçalhe o gato. Nem quero pensar. O que vale é que o gato, que parece hipnotizado a olhar para nós, quando se sente perseguido pelo dog, salta e corre e trepa e consegue salvar-se. Quando o dia dobra, põe-se a gemer aqui no jardim, geme como nem sei bem o quê, talvez como uma velha desdentada e desolada, talvez como um bebé diabólico. Supostamente está a miar mas é mais um choro pungente, prolongado, intenso. A minha filha no outro dia disse que se calhar é uma gata com cio. Não sei, não faço ideia.
No outro dia, estava eu numa cadeira ao sol a ler quando dei por mim a sentir-me observada. Olhei em volta. Pois bem. Em cima do muro, perto de mim, um gato normal, cinzento raiado, olhos claros, lindo, não muito grande. Gostei dele. Mas nunca mais o vi.
Às tantas, de noite, há orgias felínicas no jardim. O pior é que os cães, que não são de números destes, desatam a ladrar, possessos. No outro dia, de madrugada, era o gato a lamuriar-se alto e bom som e um dos cães dos vizinhos a uivar, outros a ladrarem e o nosso, que deve ter equacionado a que turma se juntar, desatou também a uivar. Acordámos com este concerto.
E é isto.
O que também é extraordinária é a vida dos animais nos penhascos. Rochedos íngremes, esfarrapados, os animais a terem que andar a ver onde pôr as patas. Não podem ter descanso nem flanar com a cabeça na lua. Qualquer passo em falso pode ser a morte do artista. Ainda por cima com o passaredo rapinoso à espreita e com o belíssimo, belíssimo, leopardo das neves a rondar. Vagaroso, confundindo-se com as sarapintas das rochas, silencioso. E os pobres bebés, coitados, ali tão à mão de semear. E a gente vê e assusta-se, dá-se logo à empatia, coitado do cabritinho. Como se o leopardo não tivesse direito a alimentar-se. Como dizia hoje uma vizinha da rua da minha mãe, 'isto a vida não está fácil é para ninguém'. Ah pois não.
Ah, é verdade, não sei se isto do leopardo das neves é uma metáfora ou se é apenas uma coincidência. Ou nem isso. Não sei.
Baby Goats do Parkour to Escape a Leopard | Animal Babies | BBC Earth
Markhor goats face perilous mountain ranges, fearsome wolves and formidable eagles. However, no opponent is more menacing than the snow leopard. These elusive cats may have evolved to hunt, but the markhor goat kids were built to survive.
https://www.youtube.com/watch?v=QHZ7a9NePp0
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