A Governo da AD confirmou ao que vinha. O objetivo fundamental parece ser sobretudo dar mais lucros às grandes empresas, às que não precisariam de mais 'atenções' e diminuir poucochinho, muito poucochinho, os impostos sobre os rendimentos de quem trabalha e de quem já trabalhou.
Nos intervalos, tenta iludir as classes profissionais e as corporações que se têm mostrado mais reivindicativas com reuniões, aparentemente simpáticas, nas quais, de forma redonda, promete analisar os cadernos reivindicativos. Se bem me recordo da campanha eleitoral, as promessas eram que iam resolver, de súbito, todos os problemas que eram conhecidos. Mais um embuste. A tendência que o PM e o seu séquito têm para deturpar a verdade continua.
Depois de desdizerem tudo o que disseram na campanha eleitoral sobre o IRS, eis senão quando, o Montenegro na conferência de empresa da passada sexta-feira sobre o IRS consegue dizer que a maior diminuição da taxa do IRS é feita nos rendimentos das pessoas cujos escalões não são abrangidos pela taxa de IRS. Para além de mais uma falácia, revela, de novo, a falta de rigor e de ética das pessoas ligadas à atual AD e o hábito que têm de iludir as pessoas.
Os jornalistas, revelando uma preocupante acefalia, não dão ou não querem dar pelos embustes. Que eu tenha visto, apenas o Ricardo Araújo Pereira ontem falou em mais esta mentira. Não deveriam os jornalistas exigir rigor e verdade nas intervenções do PM e dos seus apaniguados? Deviam!
A falta de rigor e de ética dos ADs e seus "proxies" (expressão que parece que, neste contexto, agora caiu no goto da malta) é uma constante. São as intervenções do Paulo Portas na TVI, é o Nuno Melo a anunciar comemorações do 25 de Novembro dias antes dos 50 anos do 25 de Abril numa convenção do CDS, são os comentadores de vários programas televisivos a opinarem sem rigor e a reescreverem, sem pudor, a história recente. É um vale tudo vergonhoso.
Outro que merece reparo é o Leitão Amaro (Lentão Amaro, segundo o mesmo Ricardo Araújo Pereira). Também padece da mesma falha ética: depois de o PSD ter atacado fortemente o caso da Alexandra Reis, agora vem defender a Secretária de Estado da Mobilidade quando o caso é análogo. A verba pode ser menos sexy mas os fundamentos são os mesmos. Uma pessoa que recebe indemnização ao sair de uma empresa, a seguir não pode ir trabalhar para outra empresa da mesma entidade empregadora. Neste caso, por maioria de razão, já que os empregadores são empresas da esfera pública. Ora, ao escamotear este facto e ao usar argumentos falaciosos, alinhou pela bitola desta AD.
O Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, afirmou que o programa eleitoral do PS não contemplava nenhum alívio fiscal. Ora basta ler o programa do PS para constatar que o Hugo Soares também mentiu.
E, a propósito de vergonhoso, quando é que a PGR se demite?
O Prof. Marcelo, depois de ter andado estes anos a ser um dos fatores de maior instabilidade do País, podia fazer alguma coisa de útil e, pelo menos, já que diz que não tem poder para tal, pelo menos podia aconselhar a PGR a demitir-se. Já não seria mau. O ideal era que ele próprio também se demitisse. Depois de mais uma intervenção muito infeliz sobre o desenrolar da atuação do MP que fez cair o Governo e das respetivas justificações, mais uma vez ficou claro que já ultrapassou o prazo de validade.
E, quanto ao sacrifício do Marques Mendes face ao último Bugalho a sair do saco, o que tenho a dizer é que é sempre a descer...
A falta de ética, ou melhor, de vergonha, quer dizer, visto ao contrário, a desvergonha, é quase geral. Por isso o Chega está como está - sendo que o Chega é a moral pública sob a chefia de Madame Claude, a tal, a de Paris. E muito PS - SS, Ferro e outros dançam na pista, sempre a pretexto da democracia, que é como quem dos seus interesses pessoais e de acental.
ResponderEliminarParabéns a Pedro Nuno Santos. Nestes tempos de direita populista o tempo não corre do lado dele. Muito pelo contrário. Mas conseguiu segurar o PS nas últimas eleições, mandou para casa a velharia de Bruxelas, tem conseguido evitar o abraço de morte do Bloco. Não faço ideia do que o destino lhe reserva, mas com ele não vão brincar.