Sinto um certo remorso por não comentar a palhaçada do Chega com a moção, mais a chachada do PSD que não é carne nem é peixe e que se deixa meter no bolso do Ventura, e mais, ainda, a palermice encartada dos artistas da IL que emparelham com os achegados para depois se armarem em betinhos e dizerem que não andam aos gambozinos com eles.
E podia ainda falar do Lula que tanto diz uma coisa como o seu contrário, e recordar que eu dizia que entre o Bolsonaro e o Lula, o Lula -- mas que, para dizer a verdade, venha o diabo e escolha.
Ou poderia falar do carente Marcelo que faz de tudo para ser amado e para que ninguém se esqueça dele e que, nessa sua desaustinada ânsia, já não consegue conter a incontinência afectiva e verbal que tomou conta dele... dizendo o que lhe vem à boca (ia dizer, tudo o que lhe vem 'à cabeça' mas emendei porque acho que nem lhe passa pela cabeça, é tudo na base da ligação directa à boca).
Mas vou falar de outra coisa. Estivemos a ver e ouvir o Nada será como Dante. Várias leituras um pouco desconcertantes. Mas uma poesia em particular deixou-nos a balançar sobre um dedo do pé. Para validar se era eu que estava armada em picuinhas, perguntei ao meu marido o que achava daquele poema. Respondeu: 'Para começar, seria preciso saber se aquilo é um poema'. Concordei pois estava a pensar a mesma coisa. Poema, o tanas.
Então perguntei-lhe se ele se lembrava de uma certa situação a que ambos assistimos há uns anos. Lembrava-se. Então disse-lhe: 'Vou ler um poema que escrevi sobre isso'. Ficou totalmente admirado. Há coisas da minha existência em que dificilmente acredita.
Não sei se já contei mas para aí no verão, entre os dias de férias e de miúdos e de mais não sei quê, meti na cabeça que haveria de fazer uma série de retratos em poesia. Cenas minhas, não interessa. E mandei-os para um certo sítio, e não vale a pena virem com piadinhas. E nem dei a ler ao meu marido pois ele não é grande apreciador de poesia. Temi que gozasse e me boicotasse a intenção. Portanto, a coisa seguiu o seu rumo sem a bênção ou o conhecimento dele.
Tive que me focar para não me desatar a rir. Dá-me vontade de rir de mim e das parvoíces que faço. Mas, então, lá li.
Por fim, atinei e li. Ouviu atentamente e, no fim, quando a coisa teve um desfecho trágico-cómico, riu-se.
Perguntei-lhe se tinha gostado e disse que sim.
Eu é que não gostei nada pois descobri que falta uma letra numa palavra. É o mal de nunca me dar tempo para rever com mil olhos. Caraças. Seguiu com uma letra a menos. Tomara que não seja fatal.
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E como na volta aparecerá alguém, outra vez, a protestar que, lá está, falo, falo... e não digo nada... (ah pois é, bebé...), vou passar ao que interessa: uma casa que é uma fantástica obra de arquitectura.
Inside a Futuristic Mansion with Removable Rooms | Unique Spaces | Architectural Digest
Today Architectural Digest tours a futuristic home nestled among the trees in Malibu, California. If you were to imagine life on Mars your mind might conjure an image similar to this extraordinary residence. Built by architect Ed Niles in 1992, his experimental builds have been redefining the architecture of Southern California for decades. The innovative design features a long structure with modular rooms that can be unhooked and rearranged along the house's spine. Join Ed as he talks you through the creative process behind this architectural marvel.
ResponderEliminarCosta: "A oposição pára, o Governo avança e Portugal progride."
Alguém acredita ?
A.Gama Vieira
aamgvieira
ResponderEliminarEu. Eu acredito. Ainda que, acho que pode ser melhor na interpretação e antecipação das situações mais prementes.
Para além de critico de Costa - penso que, com Sócrates, com este caudal de dinheiro o país estava mais avançado com rumo de desenvolvimento- acho este governo para além das criancices dispensáveis, está a fazer minimamente o que deve.
Continua a comer uma letra, é perigoso se a letra é sempre a mesma.
ResponderEliminar"e verbal que tomou co[n]ta dele... dizendo o que lhe vem à boca" se a palavra "cota" não me fosse tão querida até que achava graça ao trocadilho, mas como a pessoa em causa para mim não tem os bons traços que caracterizam um verdadeiro cota tenho que denunciar a gralha.
Quanto à casa há muitos anos que o "The Zeitgeist Movement" advoga a sustentabilidade defendendo entre muitas outras coisas um tipo de casa mais ou menos desse tipo.
Bem haja.
Caro A. Gama Vieira
ResponderEliminarEu concordo. Gostaria que os avanços e os progressos fossem mais expressivos mas as circunstâncias também não têm ajudado.
E gostaria que houvesse mais foco sobre alguns temas como, por exemplo, o da evasão fiscal e o da economia paralela, por forma a arranjar uma margem confortável para baixar mais impostos, nomeadamente aos que incidem esmagadoramente sobre a classe média.
Mas, de qualquer forma, o PS continua a ser a força política mais credível e António Costa o político melhor preparado para governar o País.
Confesse que concorda com o que estou a dizer...
Ccastamho,
ResponderEliminarMuito de acordo!
Abraço.
Bolas, enganei-me: Ccastanho, assim é que é (acima escrevi mal o seu nome)
ResponderEliminarCar@ Anónimo@,
ResponderEliminarGostava que fosse o Mestre Plúvio... É? Há tanto tempo que não escreve nada lá no seu Chove... Se for, espero que esteja de boa saúde.
Se não for, não leve a mal, gosto de si na mesma.
Já corrigi. Muito obrigada. Isto é um problema que tenho... Escrevo muito depressa, não tenho paciência para reler... e depois dá nisto. E que desagradável que é, ler palavras incorrectas, letras a mais ou a menos, pontuação desgovernada. A única coisa que posso fazer é pedir desculpa a quem tão pacientemente me lê.
Quanto à arquitectura, estou em crer que, tal como em tudo o resto, os estúpidos humanos acabarão por compreender que o que faz sentido é pensar, conceber, construir, manter em consonância com o são princípio da economia de recursos e da sua utilização inteligente.
Uma vez mais, o meu agradecimento pelas suas palavras.
Um dia feliz.