sábado, junho 17, 2023

O dia da última audição da CPI da TAP
(incluindo uma referência ao Ranking das Escolas)

[Mais uma vez, a palavra ao meu marido]

 

Parece que a coisa não correu muito bem aos partidos que mais entusiasmados estavam com esta Comissão de Inquérito. 

O PSD, o BE, a IL e o Chega apostaram forte em mais uma tentativa de desacreditar o Governo e se possível, com  a ajuda do Sr. Presidente Marcelo, demitir o governo ou dissolver o Parlamento. 

Afinal, e até os comentadores o referem, o Pedro Nuno Santos saiu em ombros e o Fernando Medina pela porta grande. Não fossem as diatribes do ex-assessor e as notícias sobre a CPI da TAP teriam sido tão sensaboronas que dificilmente os órgãos de comunicação social poderiam continuar a matraquear o assunto.

Por outro lado, o espectáculo que os deputados deram foi lamentável.  Os deputados do PSD, da IL, do BE e do Chega fizeram perguntas apenas para tentarem encontrar contradições nos depoimentos e sem qualquer intenção de analisarem a gestão da TAP (que, afinal, era o objectivo da Comissão). Perderam uma excelente oportunidade para se manterem longe dos holofotes e não revelarem a falta de preparação e a arrogância que demonstram. Episódios como os do telemóvel, o horário dos telefonemas, a insistência com que pretendem saber factos acessórios e que deviam ser reservados é trágico cómica. A forma inquisitorial como o Pedro Filipe Soares interrogou o Fernando Medina revela que segue de perto a chefe Mariana Mortágua. Antipatia e arrogância não lhe faltaram.

Ainda por cima, saiu uma sondagem que revela que afinal a posição do PS não sofreu com esta CPI o que deverá ter causado uma enorme azia ao Sr. Presidente que, segundo dizem, é viciado em sondagens. Também hoje o Banco de Portugal reviu em alta as perspectivas de crescimento do País. Mais uma chatice para os comentadores, para os pseudo jornalistas e para a oposição, onde incluo o Sr. Presidente.

Os comentários do José Gomes Ferreira, do Anselmo Crespo, do Bugalho,... desde vociferarem a chamarem mentirosos aos ministros revelaram bem a decepção que tiveram. Também achei "curiosa" e de um enorme mau perder a justificação dada hoje de manhã na SIC por uma jornalista julgo que responsável pela informação da SIC ou do Expresso, cuja  cara praticamente não se vê devido à abundância capilar, sobre as razões pelas quais o PSD não "arranca" e o PS se mantem à frente. Tem mesmo mau perder.

A FENPROF também ficou chateadíssima com o ranking das escolas. Não sei se o ranking é feito com critérios correctos ou não. Há uma coisa que me deixa de pé atrás e que é ter visto uma notícia em que 40% das notas no ensino privado são dezanoves e vintes. Alguma coisa  está mal se de facto as notas forem estas, estas percentagens não encaixam no que é razoável. No entanto, vi uma reportagem sobre  a primeira escola pública do ranking e tanto os alunos como a professora disseram que o acompanhamento pelos professores tinha sido determinante para a evolução da escola. Sugiro aos senhores professores que exigem "respeito" sigam estes exemplo e ao Mário Nogueira e ao André que se voluntariem para apoiarem os alunos que não tiveram aulas devido à forma como conduziram a luta dos professores, mesmo que no caso do André esse apoio esteja relacionada apenas com os lagartos da Amazónia.

Foi um dia lixado para o Sr. Presidente, para  a oposição e para os professores do "respeito".

3 comentários:

  1. “ … A forma inquisitorial como o Pedro Mota Soares interrogou …”
    A meu ver, quem parecia o inquisidor-mor era o Pedro Filipe Soares. Até o corte de cabelo e a expressão facial ajudavam.

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  2. Respondo em nome do meu marido (que a esta hora já dorme): tem razão. Ele enganou-se. Era ao Pedro Soares sem mota que ele se referia....

    Obrigada!

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