quinta-feira, fevereiro 16, 2023

As dicas do grande Peçanha sobre OVNIS e balões.
E, já agora, uma breve inexplicação sobre as minhas actuais inoperacionalidades

 

Têm sido dias não muito fáceis de explicar. O tempo corre sem que o saibamos domar. Há muita coisa a tratar. Até aqui, a vida, em aspectos logísticos relevantes, estava-nos simplificada. Havia sempre quem tratasse das coisas por nós. Sorte a nossa, claro. 

[Ontem recebi um mail de alguém que está a passar por momentos muito complicados e que me dizia que estava a habituar-se. E dizia: como sabe, habituamo-nos a tudo. Várias vezes, noutros contextos, ao admirarmo-nos com coisas antes impensáveis e que, por força das circunstâncias já aceitávamos, concluíamos que acabávamos por nos habituarmos a tudo. É verdade.]

Uma pessoa é uma privilegiada e habitua-se de tal maneira a isso que, às tantas, nem se lembra que há uma multitude de coisas para tratar. Alguém delas se ocupava. E nem dávamos por isso. Nem nos apercebíamos do trabalho que davam.

As coisas mais simples. Agora tudo é uma aventura. Nunca as fiz. E ainda não cheguei ao ponto de me pôr a andar de metro ou coisas complicadas do género. Aí, então, deve ser uma odisseia.

Haverá quem leia e pense: uma dondoca. Exacto. Confirmo.  

Eu própria, agora que quero pôr-me a andar por mim e me vejo às cabeçadas, sem saber bem como fazer ou quais as precedências, e em que parece que há sempre um pequeno grão cuja existência eu desconhecia mas que atrapalha todo o plano, tento relativizar: calma, não pode ser difícil, meio mundo o faz. Lamento-me, de mim para mim: és um totó mal habituada, isso é que és, caraças.

E há ainda uma outra faceta da coisa -- deparo-me com um mundo paralelo, insuportável: ligar para qualquer sítio para tratar do que quer que seja ou para pedir uma porcariazeca de uma informação. O mundo dos contact ou call centers. Uma pessoa liga e sofre horrores até conseguir chegar à fala com um humano. Uma pessoa tem que digitar algarismos, tem que percorrer um labirinto de opções até que, depois de muito esperar, a chamada cai. E tudo recomeça. Isto quando, estando eu concentrada para não perder nenhuma das opções, não acontece o pior: o dog desatar a ladrar, impedindo-me de ouvir. E pimba: não há outro remédio senão abdicar do caminho percorrido. Ou seja, tenho que desligar e voltar à casa de partida.

Se os meus filhos, à noite, nos perguntam o que fizemos, parece que pouco ou nada tenho para dizer. E, no entanto, não sobrou um minuto e stress foi o que não faltou.

Com isto, lamento mas também não me sobra tempo para responder aos comentários; e mails para responder que, julgava eu que por estes dias ia ser canja de galinha, tenho uns poucos. Uma ineficiência, uma vergonha. E agora, a escrever isto, já adormeci várias vezes. Alguém que me explique isto.

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E, neste estado, como é bom de ver, não me dá senão para coisas do outro mundo. Mas em versão light. Balões chineses, ovnis americanos, tautau no rabinho dos espiões, chumbinho no olho dos espreitadores.

Nada de pânico: 

o especialista em ufologia Peçanha veio a público mostrar como abater um objeto voador 

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A bela fotografia lá em cima é de VCG/Getty Images e foi tirada na China

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Um dia bom

Saúde. Boa onda. Paz.

2 comentários:

  1. Cara UJM, já faz algum tempo que não visitava o seu blogue. Apesar de discordar de muito do que diz e de considerar o seu gosto por vídeos e imagens muito chocarreiro e duvidoso, sempre lhe achei muita piada. Deve ser insuportável de aturar ao vivo, mas muito engraçada aqui. A caixa de comentários continua, como sempre, muito mal frequentada. Em todo o caso, e essa é a intenção do meu comentário, não quero deixar de lhe desejar muitas felicidades para esta nova etapa da sua vida.

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  2. Car@ Anónim@

    Lamento que a ameixeira em flor sob a neve lhe tenha parecido chocarreira e duvidosa. A mim parece-me bela e, até, poética. Mas, claro, gostos não se discutem.

    Também lamento que considere que a caixa de comentários continue mal frequentada. Como, neste caso, aqui apenas vejo o seu comentário, posso deduzir que essa afirmação é um acto de contrição da sua parte? Pensa que deveria bani-lo, é?

    É certo que vir aqui, supostamente ao fim de algum tempo, para dizer mal do que vê e de quem por aqui passa, parece-me coisa levemente de mau gosto. Mas ainda assim, por quem sois, não me ocorre bani-lo...

    Tirando isso, agradeço e retribuo os votos de felicidades.

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