Por vezes, quando não leio nem ouço notícias durante o dia, quando aqui chego à noite, meio a brincar, digo que não sei se a Terra não começou a andar para trás, a rodar ao contrário.
E eis que parece que é, em parte, o que está a acontecer. Por dentro da Terra, no miolo, as coisas reviraram-se e, enquanto a bolinha azul no seu todo gira para a frente, o miolo mostra que é do reviralho e gira para trás.
Felizmente para nós a rebeldia ainda se situa nas profundezas senão era como se fossemos a andar para a frente numa passadeira rolante e, de repente, a passadeira começasse a deslizar em sentido oposto, parecendo fugir-nos debaixo dos pés..
Parece que não é coisa inédita. Nada no mundo parece ser inédito. Parece que de vários em vários anos (ou décadas?) o núcleo faz uma pausa e, quando retoma, vai às arrecuas.
Os sismologistas e outros cientistas andam a ver se percebem bem o que se passa e se isso impacta a duração dos dias, a estabilidade tectónica ou se há mais a acontecer a um nível profundo.
Claro que os nossos políticos, a nossa comunicação social e tutti quanti, ocupados que andam a brincar aos tirinhos a ver se deitam o Cravinho ou o Medina abaixo, isto depois de andarem a brincar às galinhas a bicar a Maria do Céu, não querem saber disso para nada. Aliás acho que nem se lembram que andam com os pés em cima de uma coisa chamada Terra.
E eu, pela parte que me toca, ando a organizar-me para a minha vida futura, recomecei a ler e, ao fim do dia, fui até à praia de onde trouxemos sushi. Ao sentar-me um pouco na sala enquanto o meu marido tomava banho antes de irmos jantar, voltei a adormecer redondamente.
E agora estou a ouvir Words of Wonder. Boa onda, boas vibes. Tá-se.
Pois... Será essa a justificação para esta loucura colectiva que assistimos todos os dias?
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