Resisto a alguns temas da actualidade e volto a trazer aqui os bloggers que considero que são mais (qualquer coisa) de entre todos os que sigo.
O primeiro da tropa de elite. Qual escrupuloso relojoeiro, colecciona ferramentas, peças, mecanismos, encaixa-os uns nos outros, faz movê-los. As linhas do tempo podem sempre ser reconstituídas a partir dos seus registos. Meticuloso, implacável. Cuidado com ele. O âmbito é diverso mas há vectores que são dominantes: a baixa política, a escumalha que se acoita na igreja católica, a pimbalhada em qualquer ramo do showbiz (incluindo nos partidos), a street art. E, claro, a música. Mas aí, na música, não é vector, é cátedra. Minha nossa. Que infinito repertório. De resto, em geral, quando dispara é para acertar. Não desperdiça muitas munições. Aponta e lá vai disto. E a graça é que, frequentemente, a bala vem sob a forma de uma caça ao tesouro, há que ir destapando as pedrinhas para ver as pistas que debaixo lá se escondem. E vêm envoltas em ironia. E o melhor da história é a forma como escreve. Caraças. Como eu aprecio uma boa escrita. E não sabia mas sei agora: quem sai aos seus...
João Lisboa de Provas de Contacto
Alguns exemplos:
(sequência daqui) Dificilmente poderia ter escolhido melhores “maîtres a penser”. Embora com largos hiatos (consequência da periclitante sobriedade) e praticamente nenhum sucesso comercial, não é, de facto, fácil encontrar um “songbook” simultaneamente tão enraizado no terreno de origem e tão aberto a impulsos exteriores – Byrds, Bacharach, Velvets –, costurados de tal forma que o que acaba por sobressair é a identidade de Michael Head. Após o tal álbum da sobriedade (Adiós Señor Pussycat, 2017), Dear Scott – inspirado na história de F. Scott Fitzgerald que, na bancarrota e sonhando com uma carreira de argumentista em Hollywood, é colocado pelo seu agente no Garden Of Allah Hotel, um antro de perdição de Sunset Boulevard – é mais uma colecção de canções minuciosamente lapidadas e orquestradas. Como ele canta em "Grace and Eddie", “If anybody asks you what you’re playing now, just say ragtime, country blues and original songs”.
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Com mais um pedidozinho de perdão, a coisa resolve-se e não se fala mais nisso (já que engaiolar toda a seita de malfeitores parece estar fora de questão)
Edit (14:11) - ... e também já há o guito para o evento que trará a Lisboa grupos de criminosos
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Na generosíssima tradição de Luís IX perante o fake do Além, saúde-se a milagrosa recuperação da Santíssima Hemoglobina (o Divino Prepucinho virá a seguir, tenhamos fé!)
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O outro guerrilheiro. Tropa de elite. Forças especiais. Aponta e nunca falha: o tiro é sempre bem no meio da testa. Os títulos são sempre bem apanhados e são, em si, mortíferos. As imagens que escolhe para ilustrar o disparo são fantásticas, igualmente letais, e tornam o blog um interessante objecto estético. Tal como o primeiro, também este é um infalível sniper. Sempre à espreita, parece que fareja todos os biltres e todos os artolas que põem pé em falso. Em todos os que gostam de se engalanar, é dos primeiros a dizer que o rei vai nu. E, rápido no gatilho como é, mal a coisa se dá, já ele está pronto para soltar os cães e disparar a matar. Acresce que, como setubalense de gema, menino do rio, conhece a rua e a malandrice da malta de Trroine, a dureza e a sageza da malta que enfrenta, de peito feito, todas as adversidades que aparecer pela frente.
José Simões de Der Terrorist
Alguns exemplos:
A child points a water pistol at a statue of Russian President Vladimir Putin riding a tank created by French artist James Colomina in Central Park in Manhattan. Reuters/ Andrew Kelly
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Qualquer que seja o ângulo, da "liberdade económica" à liberdade de expressão passando pelo regular funcionamento das instituições, entre o accionista e o contribuinte optam pela defesa do primeiro. Se dúvidas houvesse. Pelo caminho dão mais um passo na legitimação do fascismo. Comparar António Costa a Viktor Órban, o racista e homofóbico homem de mão de Putin na União Europeia. Make Portugal Great Again.
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O Holodomor não existiu, só na cabeça dos ucranianos, mas "o capitalismo mata deliberadamente".
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Tinha escrito no título 'dois guerrilheiros e uma guerreira'. Mas o post já vai longo, os guerrilheiros são espaçosos, e a guerreira também requer espaço. E, sobretudo, requer cuidado. Não é a esta hora que vou ter tempo para escolher os textos ou para alinhar devidamente as palavras que vou usar para falar dela. Por isso fica assim, com os dois guerrilheiros, que fica bem. E é melhor que a gente não lhes dê o pretexto de que ambos precisam para passarem à acção. Make my day - pensam eles antes de reduzirem a pó os palermas, em especial os encartados.
Ou seja, a guerreira virá amanhã. Ficará mais à larga.
E, assim sendo, por hoje, por aqui me fico.
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Desejo-vos uma boa quinta-feira
Saúde. Boa sorte. Boa disposição. Saúde
"tropa de elite, forças especiais"
ResponderEliminar--- eu que nem sequer fiz a tropa...
:-)))
A palavra é uma arma, João.
ResponderEliminar(Algumas imagens e algumas músicas, também).
:-)))))
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