Os esquilos estão certamente habituados ao silêncio, ao canto dos pássaros, ao sino que toca ao longe.
Agora, quando aqui estamos, como não estamos só os dois, há muito ruído, os meninos falam muito alto, há sempre alguém à procura de alguém, alguém a chamar alguém.
De manhã, varremos no lado da casa perto da fonte e da pedra grande. Vários carrinhos de mão cheios de folhas secas, de bolotas, de caruma, de pinhas roídas. Toda a gente a trabalhar. O meu marido lá por baixo desbastando árvores e nós todos, cá em cima, varrendo. Em alguns sítios já só lá vai de ancinho, que a caruma ganhou altura e se mistura com terra.
De esquilos nem sinal. Devem estar abrigados, intrigados, no alto dos cedros ou dos pinheiros, esperando que chegue a noite para virem cá a baixo tentar perceber o que se passa. Mas devem andar na zona mais baixa do terreno, que foi onde o meu marido viu o último. Já devem ter percebido que aqui em cima há arraial todo o santo dia.
O dia esteve muito bom, não excessivamente quente. À tarde a luz está dourada. Tenho tirado poucas fotografias pois, quando estivemos no Algarve, levava quer o cão quer a máquina para a praia. Colocava a máquina dentro do cesto. Mas foi naqueles dias de calores excessivos. O urso felpudo, encalorado, coitado, escavava freneticamente até encontrar areia molhada para nela se deitar. Nesse exercício de escavação, atirava areia pelos ares a uma velocidade e distância consideráveis. Muita dessa areia entrou para a cesta, mais concretamente para cima da máquina fotográfica. Resultado: o zoom não funciona, deve ter grãos de areia no mecanismo. Ora tirar fotografias sem usar a objectiva é coisa contranatura, não dá.
Os figos ressentiram-se com os calores excessivos. Não cresceram. Estão muito pequenos embora doces. As folhas estão a cair como se estivéssemos no fim do verão. Há vários cachos de uvas que também sofrem do mesmo mal. Os bagos pequenos, já quase secos. Não chove.
Para o jantar de ontem fiz douradas assadas e uma salada de choco com tinta. Acompanhou-se com batatas roxas cozidas com casca e, no final, temperadas com azeite, alho picado e coentros. Para o almoço de hoje, voltei a fazer uma salada de verão. Para o jantar fiz ossobuco.
Fiz assim o ossobuco:
De manhã, no tacho (um dos maiores que tenho), coloquei azeite, vinho tinto, cebolas cortadas grosseiramente, dentes de alho, folhas de louro, um pouco de alecrim e um pouco de sal. Tapei para a carne ficar a marinar. Eram várias rodelas assaz grandes de osso com carne em volta. Perto das quatro da tarde, juntei salsa, coentros, 2 alhos franceses, mais cebola, e liguei o lume. Depois de levantar fervura, baixei. Ficou até às sete e tal a cozinhar em lume fraquíssimo. Depois desliguei o lume e ficou a repousar.Perto da hora de jantar, escorri o líquido do molho, juntei uma pinga de água para ficar a ser o dobro da quantidade de água. Juntei duas cenouras aos bocadinhos, salsa. Deixei que fervesse um bocado para amaciar a cenoura. Juntei uma maçã aos cubinhos (para cortar a gordura do molho) e juntei o arroz. Depois de ferver, baixei o lume e deixei a cozinhar até o arroz absorver todo o caldo.
Entretanto, tirei as rodelas de carne para fora do tacho, tirei o pauzinho do alecrim e as folhas de louro e, com a varinha, triturei as cebolas, a salsa e os coentros, os alhos franceses. Ficou um molho espesso. Juntei um pouco de vinagre balsâmico e mexi bem. Voltei a colocar a carne no tacho, agora mergulhada no molho espesso.
Acompanhou a carne quer o arroz, quer salada de alface a canónigos quer metades de pera em calda.
Quotes Of Albert Einstein _ An Intelligent Person Avoids 3 Things
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Fotografias feitas aqui, in heaven
Gautier Capuçon interpreta o O oboé de Gabriel do filme "A Missão" (Ennio Morricone)
NB: A tecla do H continua renitente em colaborar. Por isso, se derem por falta da letra já sabem do que é: mais uma greve de verão.
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Desejo-vos uma boa semana a começar já nesta segunda-feira
Saúde. Serenidade. Paz.
Uma boa semana!
ResponderEliminarObrigada, Diogo!
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