sexta-feira, agosto 19, 2022

6 hábitos sedutores que deixam os outros doidos

 


Quando fiz 17 anos e fui para a universidade, meti na cabeça que não podia continuar em casa. Ao contrário de todos os meus colegas, a mim pareceu-me imprescindível emancipar-me. A rua onde morávamos, em que toda a gente se conhecia, era ambiente claustrofóbico demais para mim. As regras que os meus pais me impunham eram um sacrifício que eu também já não conseguia suportar.

Os meus pais não entendiam que eu, de repente, precisasse de estar ao lado da faculdade e que quase fizesse depender disso o meu sucesso escolar. Não lhes parecia razoável isso. Sobretudo, conhecendo a peça, temiam que eu andasse demasiado à solta, em especial tendo eu um namorado que era perdido por mim. Provavelmente, temiam que eu me perdesse. Foi uma luta, árdua, cheia de cenas gagas, mas consegui. Depois de ir conversar com uma das minhas professoras e de ficar convencida de que o lugar para onde ia era uma casa de estudo e respeito a minha mãe conferenciou com o meu pai e lá fui.

Detestei. Ao contrário do que eu imaginava e precisava, aquilo tinha muitas regras. Pior: as minhas companheiras eram obedientes. Ninguém protestava ou subvertia. Felizmente durou pouco. Mas, enquanto lá estive, tive que me submeter a alguns rituais. Um deles era o julgamento das caloiras. Toda a gente estava sentada no chão e, num dos cantos da sala, uma secretária em que estavam duas veteranas e a directora da residência.

Depois de um interrogatório duro e intimidante, havia as penas. Umas tinham que cantar, outras tinham que fazer habilidades que lhes fossem conhecidas, coisas assim.

A mim o que calhou foi dar uma aula de sedução pois fui acusada de ter demasiados pretendentes. 

Não sei porquê pois, se fosse um ou dois anos depois, poderiam apontar-me o namorar dois ao mesmo tempo ou ter alguns outros em volta de mim. Mas naquela altura eu queixava-me era da penúria de homens interessantes. No meu curso era tudo gente marrona e esquisita. Para passeatas, idas ao cinema ou tertúlias, via-me aflita para arranjar companhia. Por isso, não sei onde foram buscar aquilo. Não me lembro bem do que disse, só me lembro de ter sido apanhada de surpresa e de ter tido que falar de improviso sobre matéria que, para mim, era mais de intuição do que se razão. Mas lembro-me de estar de pé a falar para uma sala cheia de raparigas sentadas no chão que me ouviam com muita atenção.

Na altura, também tinha pouca experiência nessas coisas mas lembro-me de que, por vezes, constatava a tremenda falta de jeito que algumas das minhas amigas tinham. Dava-me muito com uma que era uma simpatia, éramos muito amigas. Nunca tinha namorado, ela. Tinha muitos amigos, volta e meia apaixonava-se perdidamente mas nunca conseguia que a coisa se desse. Eu fazia de tudo para ajudar, armava-me em casamenteira. Ela esforçava-se mas havia alguma coisa na sua forma de actuar que não funcionava. Depois, quando ela desconsoladamente se lamuriava, eu enumerava as coisas que ela fazia que não eram cativantes. Sobretudo lembro-me de achar que ela era pouco subtil, penso que a excessiva simpatia e a franqueza bem como a forma algo primária como se expunha eliminavam o charme que, creio, são fundamentais nestes negócios da sedução. E era desprovida de malícia. E, quando eu lhe falava nisso e ela queria corrigir, colocando alguma malícia na conversa, a coisa saía-lhe desprovida de graça, sem aquele toque de subentendido que apimenta a imaginação. 

Havia uma outra que andava caidinha por um colega e que se arranjava para lhe agradar. Achava que era por aí. Quando sabia que dava para almoçarem juntos na cantina, caprichava na toilette. Mas arranjava-se de uma forma cafona, quase parecia uma matrona presumida, uma coisa forçada que não tinha a ver com ela nem com nada. Tentava despenteá-la, desabotoá-la, mas as minhas tentativas não resultavam, era velha antes de tempo. Uma vez consegui arrastá-la até aos Porfírios para ver se lhe dava um banho de ligeireza e de novos tempos. Debalde. Não quis nada, tudo aquilo lhe parecia de má qualidade. Tanta coisa que lá comprei e nunca me ocorreu analisar a qualidade do tecido ou a perfeição da confecção. Pois ela, queixando-se da luz e da música, pôs-se a dissecar as roupas, desdenhando de tudo. 

Há coisas que nascem com a gente. Mas há outras que se aprendem, há outras que se experimentam, outras que se praticam. 

O tema interessa-me. A sedução é das coisas boas desta vida. É desafio, é conquista, é chamego, é doçura, é coisa boa.

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6 Sexy Habits To Drive Someone Wild

Have you ever wondered which little habits or behaviors you could implement to attract people your way? There are some subtle behaviors that are often seen as sexy, some of which, you can make a habit of. You may be wondering what these are. Well, here are a few sexy habits that drive others wild with attraction.


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Pinturas respectivamente de Alexander Roslin, Palma Vecchio, Pedro Américo, Guido Reni e Antonio Xavier Trindate na companhia de Chris Isaak que, como não podia deixar de ser, interpreta Can´t Help Falling In Love
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Desejo-vos um dia à maneira
Saúde. Sedução. Brincadeiras a condizer. Paz.

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