Quando fiz 17 anos e fui para a universidade, meti na cabeça que não podia continuar em casa. Ao contrário de todos os meus colegas, a mim pareceu-me imprescindível emancipar-me. A rua onde morávamos, em que toda a gente se conhecia, era ambiente claustrofóbico demais para mim. As regras que os meus pais me impunham eram um sacrifício que eu também já não conseguia suportar.
Detestei. Ao contrário do que eu imaginava e precisava, aquilo tinha muitas regras. Pior: as minhas companheiras eram obedientes. Ninguém protestava ou subvertia. Felizmente durou pouco. Mas, enquanto lá estive, tive que me submeter a alguns rituais. Um deles era o julgamento das caloiras. Toda a gente estava sentada no chão e, num dos cantos da sala, uma secretária em que estavam duas veteranas e a directora da residência.
A mim o que calhou foi dar uma aula de sedução pois fui acusada de ter demasiados pretendentes.
Não sei porquê pois, se fosse um ou dois anos depois, poderiam apontar-me o namorar dois ao mesmo tempo ou ter alguns outros em volta de mim. Mas naquela altura eu queixava-me era da penúria de homens interessantes. No meu curso era tudo gente marrona e esquisita. Para passeatas, idas ao cinema ou tertúlias, via-me aflita para arranjar companhia. Por isso, não sei onde foram buscar aquilo. Não me lembro bem do que disse, só me lembro de ter sido apanhada de surpresa e de ter tido que falar de improviso sobre matéria que, para mim, era mais de intuição do que se razão. Mas lembro-me de estar de pé a falar para uma sala cheia de raparigas sentadas no chão que me ouviam com muita atenção.
Na altura, também tinha pouca experiência nessas coisas mas lembro-me de que, por vezes, constatava a tremenda falta de jeito que algumas das minhas amigas tinham. Dava-me muito com uma que era uma simpatia, éramos muito amigas. Nunca tinha namorado, ela. Tinha muitos amigos, volta e meia apaixonava-se perdidamente mas nunca conseguia que a coisa se desse. Eu fazia de tudo para ajudar, armava-me em casamenteira. Ela esforçava-se mas havia alguma coisa na sua forma de actuar que não funcionava. Depois, quando ela desconsoladamente se lamuriava, eu enumerava as coisas que ela fazia que não eram cativantes. Sobretudo lembro-me de achar que ela era pouco subtil, penso que a excessiva simpatia e a franqueza bem como a forma algo primária como se expunha eliminavam o charme que, creio, são fundamentais nestes negócios da sedução. E era desprovida de malícia. E, quando eu lhe falava nisso e ela queria corrigir, colocando alguma malícia na conversa, a coisa saía-lhe desprovida de graça, sem aquele toque de subentendido que apimenta a imaginação.
Há coisas que nascem com a gente. Mas há outras que se aprendem, há outras que se experimentam, outras que se praticam.
O tema interessa-me. A sedução é das coisas boas desta vida. É desafio, é conquista, é chamego, é doçura, é coisa boa.
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6 Sexy Habits To Drive Someone Wild
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