terça-feira, junho 21, 2022

Um presente para os amigos de Putin

A Rússia de Putin: a síndrome do ditador e o crescimento de um 'estado mafioso'

 

Os desagradáveis amigos de Putin têm a particularidade de serem tão boçais e cruéis como ele. Volta e meia aparecem por aqui para deixar o seu visco. De vez em quando, excepcionalmente, publico um ou outro comentário para que fique bem visível a sua má índole. Mas, de modo geral, vão para o caixote do lixo que é onde estão bem. 

Se o Putin invade países e os destrói até que não reste pedra sobre pedra e até que não reste um único opositor, os amigos de Putin ofendem, insultam -- e penso que apenas não maltratam fisicamente aqueles que condenam as invasões e agressões porque isto da internet apenas lhes permite fazer sangue virtual.

Têm ainda uma desconfortável particularidade: frequentemente dão erros ortográficos. E isso maça-me um bocado. 

Claro que nem toda a gente é obrigada a saber escrever e, para além do mais, por vezes a pessoa distrai-se e as letras saem-lhe trocadas. 

Mas com alguns amigos do Putin parece que é coisa recorrente, quiçá até endémica: é gente que não gosta dos outros, que não gosta da democracia, que não respeita a lei, que despreza a liberdade e que, ainda por cima, não gosta da língua portuguesa. Do piorio, portanto.

Por isso, ao partilhar aqui o vídeo do Guardian sobre a pérola que é o Putin e sobre o maravilhoso regime putinista, já estou à espera que os cobardolas e hipócritas -- que, desejando a rendição de um país independente às mãos de um regime ditatorial, oligárquico, corrupto e cruel, se pintam de branco para fingir que querem a paz -- aqui apareçam para me insultar.  

Mas que venham. Make my day. 

Quantos são, quantos são...?

E reparem como sou subtil. Poderia enfeitar o texto com ilustrações das paulas, das anas, dos miguéis, tiagos, filipes, jerónimos, pachecos, lúcios ou estátuas desta vida. Mas não. Fico-me por artistas de outro campeonato, gente fina como Trump, Bolsonaro ou Kim Jong-un, tudo grandes apoiantes de Putin. Olé.

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Um breve preâmbulo: o vídeo não é apenas interessante. Tem um atractivo suplementar: o sotaque de Irina Borogan, jornalista russa que fala inglês quase como os franceses do saudoso Allô, allô!

Putin's Russia: dictator syndrome and the rise of a 'mafia state'

O correspondente do Guardian, Luke Harding, narra os momentos decisivos no início da presidência de Putin que ajudaram a transformar a Rússia num 'estado mafioso' – desde a repressão da comunicação social independente, até assassinatos chocantes e o surgimento de movimentos democráticos pró-ocidentais na vizinha Geórgia e Ucrânia

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E, caso queiram deixar cair uma lagriminha e, ao mesmo tempo, refrescar a mente e pegar um jazzinho, recomendo que se deixem descair até ao post já aqui abaixo.

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3 comentários:

  1. Com sua licença, senhora UJM. Estou a entrar para, objectivamente, lhe perguntar: Qual seria o resultado se um país como o México hostilizasse abertamente os Estados Unidos? Ou se um país como o México afirmasse o desejo de vir a alinhar-se diplomática e militarmente com a China? Porque é que um país como Cuba não pode, racionalmente, fazer frente e colocar-se como adversária directa de uma superpotência como os EUA? Tê-la-iam os EUA aceitado como membro do Pacto de Varsóvia? Peço-lhe a fineza de me responder a estes quatro singelos quesitos. (se me disser que nada justifica a invasão, concordo, mas...) É com elevada consideração que, antecipadamente, lhe fico grato.

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  2. Ah, mais uma coisa, senhora UJM, não compare a invasão da Ucrânia com a da sua moradia. A primeira é de transcendência mundial, e só acabará quando os senhores Putin e Biden, ou interpostas pessoas, se reunirem à mesma mesa (mas não aquela branca com a superfície do Estádio Nacional) para conversar, a segunda é assunto comezinho, que a senhora UJM poderá resolver chamando a GNR ou dando umas cacetadas nos invasores.

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  3. Olá Caro Senhor Segismundo,

    Mas vê-me como uma fada...? Acha que adivinho o que se passaria se isto ou aquilo? Que faço milagres?

    Não. Não adivinho o futuro.

    De qualquer forma, se me deitar a olhar através de uma bola de cristal, diria que, aos dias de hoje, os Estados Unidos não desatariam a destruir o México, não desatariam a atirar mísseis, não desatariam a bombardear nem avançariam com tanques para arrasar tudo o que estivesse de pé, tudo o que mexesse. Não é que não haja gente bronca nos States. Claro que há. Veja-se o Trump, grande amigo de Putin... Bronco, narcisista e estúpido até dizer chega. Ele e a sua entourage são de a gente se esconder debaixo da mesa, nem que seja por vergonha alheia. Portanto, falando de forma generalista, não acho que os States seja uma repartição do céu, apenas habitada por anjinhos.

    Mas, em geral e abstracto, diria que, com gente que não é burra de todo, há erros que são irrepetíveis.

    Mas uma coisa constato com agrado: o Caríssimo acha que os invasores devem ser corridos à cacetada. Boa. Já é uma evolução.

    E, não leve a mal não ter incluído o seu nome na lista de amigos de Putin. Ole, acredite, não foi deliberado, foi mesmo esquecimento. Não leve a mal.

    Respondi às suas dúvidas? Se não, disponha.

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