Desde que esta guerra infame começou que venho recebendo mails ou comentários com conversas contra a Europa ou contra a Nato, a pôr as culpas da invasão na própria Ucrânia e, directa ou indirectamente, a desculpar a criminosa actuação de Putin ou, imagine-se, a ameaçar-me.
Obviamente não publico esses comentários, por muitas vezes que mos enviem nem respondo aos mails por insistentes ou desagradáveis que sejam. Não vale a pena estarem a perder o vosso tempo.
Embora já o tenha dito em algumas observações que coloquei na caixa de comentários, repito-o aqui para que não restem dúvidas: o Um Jeito Manso não é a casa da mãe Joana onde entra quem quer. Não. Aqui quem manda sou eu e só cá entra quem eu quero. Escrevo o que quero e publico os comentários que quero. E não sou isenta. Se gosto de uma coisa é dessa coisa que digo bem. Se não gosto, digo que não gosto. Tanto quanto possível, tento ser directa, inequívoca. Não procuro a equidistância. Procuro a clareza, a franqueza, a rectidão.
Podem mandar-me comentários cheios de maiúsculas ou com 14.000 almas (em alguns textos as almas são 15.000, noutros são 13.000), com árvores derrubadas, com os bebés do Saddam, com o que a Nato fez há uns anos aqui ou ali... ou com o que quiserem. Não publico.
N' Um Jeito Manso não verão propaganda a favor de criminosos, de bandidos, de assassinos nem verão conversa fiada a acusar as vítimas.
Para que não restam dúvidas: não gosto de ditadores, não gosto de tiranos, não gosto de gente que atenta contra a liberdade de expressão ou de opção, não gosto de quem manda envenenar opositores, não gosto de mitómanos poderosos que, para se sentirem os maiores, não se importam de humilhar ou matar os outros mesmo que esses outros sejam inocentes, crianças, doentes, velhos.
Por isso, não percam tempo. Aqui, neste blog, verão sempre uma intransigente defesa da justiça, da liberdade, da democracia, do direito ao respeito e à dignidade, do humanismo, da paz.
E penso pela minha cabeça, não pela dos outros. Podem mil leitores, mil comentadores, mil entrevistados na rua, mil vizinhas andar a dizer, a repetir, a papaguear uma coisa que eu, se não acreditar, não a papo.
Portanto, uma vez mais: não percam tempo.
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Luba and Volodymyr Skrypnuk lay their son Ivan to rest in Lviv, Ukraine.
Photograph: Alex Kent/REX/Shutterstock
Já agora, esqueçam todas as tretas que me enviam e reflictam no que a imprensa credível e internacional, em uníssono, vem reportando.
Completamente de acordo! Apoiado!
ResponderEliminarForça sempre !Concordo.
ResponderEliminarA.Vieira
Colaboradora fascista pirómana.
ResponderEliminarAcabarás com o cabelo rapado.....
Olá, UJM. Muitíssimo bem dito, apoiado!
ResponderEliminarBandidos como Putin ou outros que tais (e, pelos vistos, temos alguns cá dentro, designadamente na Assembleia da República...) devem ser implacavelmente denunciados, combatidos e escorraçados. Por todos os meios ao nosso alcance e sem tréguas!
Faz muito bem em proteger este belo espaço dos advogados e apoiantes daquele velho assassino do KGB. Ou são venais ou são estúpidos, não merecem respeito nem guarida. E viva a grande e heróica Ucrânia, Livre e Independente! Desejo-lhe, apesar desta desgraça, um bom fim-de-semana.
Sim, pense só pela sua cabeça, como deve ser, e não ligue às treta que lhe enviam, as que são "treta", naturalmente, mas também não escolha tão exacerbadamente os bons e os maus, o que é branco e o que é preto, pois há muito cinzento, mesmo nessa imprensa internacional a que se refere (e então na nossa!). Mas aconselho-a ler o que têm comentado, por exemplo, o Vital Moreira, o Boaventura Sousa Santos, o Miguel Sousa Tavares.
ResponderEliminarForça, UJM, sempre com coragem, publicando o que pensa!
ResponderEliminarNunca julguei possível assistir a tamanha atrocidade. Por muitos erros que todos - NATO, União Europeia, Estados Unidos - tenham cometido, nada pode legitimar ou, sequer, desculpar o que Putin e os seus generais domesticados estão a infligir a inocentes. Cada uma daquelas crianças que, na televisão, vejo a abandonar os locais onde nasceram e onde, como crianças, foram felizes, vejo cada um dos meus netos e, tal como a UJM, fico de coração partido. E, para quê isto, porquê? Como é possível que no século XXI, em que tanto já se avançou na ciência, no conhecimento, tendo-se vindo, por essa via, a aumentar a esperança média de vida, se acabe assim com tantas vidas que seria expectável serem mais longas que as dos que os antecederam!
A opinião pública vai ser muito importante no desenrolar desta guerra ignóbil, pressionando os políticos nos esforços diplomáticos que é imperioso manter. Por isso, é fundamental a UJM, como tantos outros, continuar a divulgar corajosamente aquilo que pensa.
Estou consigo!
Abraço
Filo
Subscrevo e, perdoe-me a expressão, "é cá das minhas".
ResponderEliminarE a sua cabeça já pensou que a condenável invasão ucraniana devia e podia ter sido evitada se os patrões da Ucrânia, dos EUA, da UE, se tivessem empenhado nisso, seriamente? Que estão eles agora, depois das mortes e destruições, discutir, para voltar à paz, que não podiam ter discutido antes? Ai, a vaidade, a hipocrisia, os interesses, a suposta democracia.
ResponderEliminarCaro Manojas,
ResponderEliminarVocê é daqueles que acha que uma mulher que foi violada o poderia ter evitado? Se não andasse com saia curta ou decote, se calhar não teria sido violada... certo...? Ou seja, em sua opinião, a culpa foi dela...?
Pois eu acho que não. Eu acho que as pessoas devem ser livres. E os agressores e violadores é que devem ser condenados.
Eu gosto de pertencer à União Europeia, gosto de ser portuguesa, e não quero -- jamais! -- estar sob a alçada da Rússia. E, lá por isso, o Putin pode invadir o meu país, arrasá-lo, matar e destruir? Se ele fizer isso, o Caro Manojas, virá dizer que eu o poderia ter evitado, que escusava de querer ser livre, europeia, mostrar que quero viver em democracia...?
Ora, ora.
Pense bem nisso.
Um bom fim de semana.
Caro/a Leitora/a da cabeça rapada,
ResponderEliminarPubliquei o seu comentário, a título excepcional, apenas para que toda a gente veja o tipo de ameaças ou insultos que recebo. E, ao mesmo tempo, para que se perceba o 'nível' de quem me insulta ou ameaça. E, também ao mesmo tempo, para que fique claro que palermices destas não me incomodam. Sempre achei que as parvoíces definem quem as diz ou faz. Portanto, divirta-se com o que escreve.
Um bom fim-de-semana. Paz.
Sem fantasiar, disse e repito que a condenável invasão ucraniana pelo condenável Putin podia e devia ser evitada se o Zozensky escolhesse a neutralidade em vez da guerra, se Biden, o patrão da NATO e pretenso dono disto tudo, exigisse tal escolha, e se a UE fosse mesmo uma União, fosse mesmo a patroa da Europa e não apenas uma subalterna dos EUA. Goste-se ou não, a Rússia é uma grande potência, e ainda por cima atómica, e humilhá-la (não se aceitou qualquer uma das suas reivindicações), pode pôr toda a humanidade em perigo.
ResponderEliminarMinha cara jeitosa mansa, longe de pretender, ou desejar pretender, perder, o meu ou seu tempo, muito ou pouco precioso que ele seja, não posso deixar de lhe recordar, outros conflitos passados, tão ou até mais gravosos e chocantes, mas menos manipulados: A invasão da Rússia czarista pela França do Napoleão, a invasão da Rússia czarista pela Alemanha nazi, a invasão da Polónia pela Alemanha nazi, a invasão da França pela Alemanha nazi, o lançamemto de duas bombas atómicas pelos EUA, sobre Hiroxima e Nagasaki, a invasão do Afeganistão e do Iraque pelos EUA, o que se passou no Kosovo, na Líbia, na Síria, o que ainda há pouco se passava em Moçambique, etc. Sim, eu sei, muita desta última gente nem sequer é branca e não acredita em Deus (para què?), mas vá lá, sejamos mais racionais e menos estupidamente emotivos.
ResponderEliminarManojas,
ResponderEliminarMas com essa conversa pretende o quê? Desculpar o Putin? Convencer-me que ele faz muito bem em destruir o país e matar toda a gente? Não estou a perceber.
Meu caro, ou minha cara, um jeito manso, se acha que, face ao que tenho escrito, o que pretendo é culpar ou desculpar o Putin. é porque não me leu ou não percebeu o que escrevi. Tentei explicar como devia ou podia ter sido evitado este conflito, e por quem, (o culpado não é só quem o desencadeou, mas também quem o provocou), e em seguida, para comparação, alinhei alguns conflitos passados, semelhantes, mais graves, mas com menos celeuma. Admito não ter sido feliz explicação. Paciência. Por aqui me fico, passe bem
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