A Nato não pode entrar em território não-Nato para o defender. Percebo. Com um maluco do outro lado, é melhor não correr o risco desta chacina se estender a todo o mundo.
Os capacetes azuis existem para defender a paz, não para entrarem em palcos de guerra -- bem mo recordam aqui em casa quando me insurjo por não avançarem tropas independentes para tentar salvar aquele país.
Além do mais, há decisões internacionais que, por meritórias que sejam, basta um membro integrante procrastiná-la ou vetá-la para a coisa não ir adiante. Parece-me, pois, ajuizado expulsar agora a Rússia de todos os Conselhos em que possa exercer direito de veto (apesar de todos os danos colaterais que isso tenha). Sabe-se que isso é provisório, durará apenas até que o criminoso seja apeado e que a Rússia volte a ser governada por gente de bem mas nada disto é imediato e, enquanto produz e não produz efeito, o cão raivoso vai continuando a destruir hospitais, escolas, igrejas, teatros, vai continuando a dizimar a população e o património ucranianos.
Por isso, até que o bandido seja neutralizado, há que tentar, por todos os meios, evitar a devastação e o extermínio.
Da mesma forma que os corajosos primeiros-ministro da República Checa, da Polónia e da Eslovénia foram até Kyiv (certamente fazendo o criminoso em série parar os bombardeamentos nos locais por onde passaram), penso que seria relevante e certamente ainda mais impactante que Francisco circulasse entre os locais mais afectados e mais sacrificados.
A minha voz, bem o sei, é débil, não chega onde eu gostava que chegasse. Mas não me interessa. Faço o que posso: é como se gritasse a plenos pulmões a ver se alguém me ouve. Nos últimos 7 dias, aqui no Um Jeito Manso, houve centenas de visualizações a partir da Rússia. E vários milhares dos Estados Unidos e de França. E centenas da Alemanha, do Canadá.
Por isso, na esperança de que alguns dos meus Leitores consigam passar a palavra para que ela chegue ao Papa Francisco, aqui fica o meu apelo:
Para que, pelo menos durante uns dias, com a sua presença,
- parem os ataques e se consiga alimentar, abastecer, tratar e/ou retirar as populações em risco bem como enterrar os seus mortos,
- para que se desgaste a moral e desmobilize ainda mais a força de guerra russa
- e, não menos importante, para ver se a população russa acorda para os hediondos crimes de guerra que Putin, o cobarde e mitómano ditador que os governa, está a levar a cabo,
apelo a que Francisco vá à Ucrânia, ande pelos locais mais críticos, tente salvar este sacrificado País, tente salvar os que ainda tentam resistir, honre todos os que deram a sua vida pelo direito a serem um País livre.
____________________________________________
-- Lá em cima, a fotografia mostra "A firefighter works at a site of a fire in Kharkiv, as Russia's invasion of Ukraine continues -- Photograph: Reuters e provém do Guardian
-- O vídeo lá em cima mostra: Iryna Manyukina, an Ukrainian Pianist Plays A Final Rendition Of Chopin In The Ruins Of Her House
A Ukrainian pianist has been filmed playing a final rendition of Chopin in the ruins of her house after it was badly damaged by Russian shelling. In a video recorded by her daughter, Iryna Manyukina is seen playing the piano in their home in Bila Tserkva, some 80 kilometers from Kyiv.
Dancers Fled Russia - March 2022 - Olga Smirnova, Xander Parish, Tissi, Soares, Caixeta, etc.
Many famous ballet dancers left Russia in March 2022, including Olga Smirnova, Xander Parish, Jacopo Tissi, David Motta Soares, Victor Caixeta & Bruna Gaglianone
Andrew Forest on Investing in Russia: "Get Out Now. It is Blood Money." | Amanpour and Company
Putin’s war has already produced multiple unintended consequences. It has reframed the conversation on climate change, showing it to be a matter of equal urgency for global security as for the health of the environment. Australian mining titan Andrew Forrest says the time to stop buying Russian oil and gas is now. He’s also pulled back from his renewable energy interests in the country, saying any profits to be made there would be blood money.
Tenho lido também alguns artigos publicados em "A Estátua de Sal" que me têm ajudado a perceber melhor como aqui chegámos!..
ResponderEliminarÉ sempre possível explicar tudo. Como dizia há pouco tempo o Pedro Correia no Delito de Opinião até há juízes que condenam as mulheres violadas por acharem que se usavam mini-saia é porque estavam a pedi-las.
ResponderEliminarSe um dia a Rússia invadir Portugal porque queremos pertencer à UE e à Nato, se calhar essas pessoas que hoje condenam a Ucrânia vão dizer que nós, Portugueses, também estávamos mesmo a pedir para sermos destruídos com a mania que temos em ser portugueses e europeus.
Excelente, esta dica para Francisco. Por todos os motivos. Desde salvar vidas, evitar mais sofrimento, a evangelizar.
ResponderEliminarE com precedentes. Leão I foi ao encontro de Átila, evitando assim a morte dos habitantes de Roma.
Caro Manuel Pacheco,
ResponderEliminarQueira desculpar mas não publico o seu comentário pois não publico propaganda pró-Putin. O texto que me enviou que já me apareceu, mais coisa menos coisa em vários comentários, circula por todo o lado. Há gente que defende Putin e há outros que actuam como propagadores dessa propaganda. Nunca será o caso deste blog.
Podem enviar-me mil mails ou mil comentários mas estarão apenas a perder tempo. Não os publico.
Quem arranja e inventa desculpas (ou contribui para as propagar) para justificar os crimes tenebrosos que Putin está a levar a cabo só merece o meu repúdio.
Caro Manuel Pacheco,
ResponderEliminarNo próprio texto que enviou aparece que o autor é outro e não o que refere no 2º comentário. Convém que leia o que envia para não se baralhar a atribuir autorias erradas.
Depois deve haver uma confusão da sua parte: isto não é um jornal mas um blog, ou seja, um site pessoal. Aqui escrevo o que penso e publico o que quero.
E tem razão: não sou isenta. Sou absolutamente contra ditadores, tiranos, assassinos, bandidos.