sexta-feira, fevereiro 25, 2022

Rússia versus Mundo Civilizado
Uma questão de testosterona descontrolada...? Um mitómano à solta...?
Um bando de pré-humanos amestrados por um outro pré-humano...?
O quê...?

 

  • Não, Caro Leitor, não desvalorizo as guerras mais recentes
  • De facto, não desvalorizo nenhuma guerra. 
  • Não, não confundo nenhum episódio de guerra (como, por exemplo, os que referiu) com um vulgar fait divers. 
  • Não, não é como se não se passasse nada
  • E, sim, é uma vergonha, tudo isto é uma enorme vergonha para todos

Quando disse que a guerra é coisa datada, coisa fora de moda, estava a ser irónica. Simplesmente, acho as guerras uma manifestação de perturbação, de loucura, de estupidez, de atraso mental, de atraso civilizacional. 

Por muito que se fale em estratégia de longo prazo ou em ambição de refazer o império por parte de Putin o que eu vejo ali é uma coisa impensável à luz da civilização e do humanismo que me parece que deveriam caracterizar os tempos que vivemos.

Poderia dizer que acho que todos os que avançam para a guerra como Putin o tem feito mostram que são uns trogloditas, uns energúmenos, uns seres cavernícolas. Talvez assim fosse mais explícita. Mas, perante a imensidade da estupidez, temendo não ter palavras para falar da situação com a rudeza que me parece devida, apeteceu-me antes usar a ironia

Mas concordo: a ironia não será o registo certo. Talvez o desprezo. Talvez a estupefacção. Talvez a preocupação. Talvez a rejeição. 

Mas, Leitor, não tenho arte e engenho para tal. São muitos mixed feelings, todos no mesmo sentido e todos muito fortes. Não sei esculpir as palavras para que transmitam tudo isso na forma certa.

Um fulano que não respeita a soberania legítima, que não respeita fronteiras, que se marimba para o direito internacional, que se está nas tintas para as vidas que se vão sacrificar e para o abalo que vai causar em todo o mundo parece-me alguém que está doido ou que é estúpido. Poderia dizer é um ditador, um mitómano, um tresloucado, um estupor, um monstro, uma besta quadrada. Mas acho que não estaria a defini-lo bem.

Portanto, por ora, nada mais digo.

Acrescento apenas que quem defenda o que a Rússia está a fazer é por mim avaliado pela mesma bitola. Sem excepções e sem tirar nem pôr -- e sem qualquer vestígio de ironia. 


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Até já

9 comentários:

  1. A Invasão do Iraque em 2003, que começou a 20 de março de 2003 e terminou em 1 de maio do mesmo ano, foi a primeira etapa do que se tornaria um longo conflito, a Guerra do Iraque.

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  2. Sinceramente, pensava eu, com 65 anos, não ter que viver uma vergonha tal. Que se aprendeu com a 2a guerra Mundial?
    Exércitos pesadíssimos, tanques, soldados armados até às unhas, invadem outro país sem qualquer escrúpulo ,nem humanidade! Invadem as nossas casas imagens que, em toda a verdade, me parecem anacrónicas, indignas deste século. Sinceramente....

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  3. Já o meu tetra, tetra, etcc... avô dizia: ( O meu avô era muçulmano.)


    Exércitos de cristãos vieram do Norte da Europa, arrasaram Lisboa e mataram tudo o que encontraram pela frente, cristãos incluídos.

    Nota: O Vaticano apoiou e até fez observações elogiosas no Observatore Romano.

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  4. https://henricartoon.pt/pecado-mortal-1499604

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  5. Francisco de Sousa Rodriguesfevereiro 25, 2022

    A pulsão pelo poder absoluto é algo tão primário, tão desumano, mas é isto eles andam aí e por vezes (des)governam países.

    Sempre com as palavras certas, Riqueza.

    Os prazerosos trabalhos já estão mais aligeirados, vou-me baldar menos ao UJM.

    Aquele abraço ☺️

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  6. Condenar a invasão da Ucrânia e apoiar esse país contra essa ignomínia sim. Alinhar em clubites, não! Que mais não seja, porque pode ser muito perigoso! A propósito, junto link que julgo muito pertinente. Abaixo a Guerra! ,

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  7. Em comentário anterior esqueci-me de indicar o link que anunciei. Peço desculpa: https://lidermagazine.sapo.pt/liderancas-em-guerra-a-esperanca-das-nacoes-unidas/

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