Começo por dizer que, por alguma ordem divina superior -- seja lá o que isso significar --, estou sem internet em casa e sem televisão. Já cá esteve um técnico que não conseguiu resolver o problema. Diz que pensa que é na rua e que, assim sendo, é com outra equipa. Só que, dado o adiantado da hora, hoje já não virá. Quando virá, ele não sabe.
Portanto, aqui, a salvo do regabofe que por aí deve andar pelas concelhias, distritais e sedes nacionais tudo com as televisões atrais (nb: não é gaffe, é mesmo assim, para rimar), resolvi que, por quem sois, falo e comento eu.
É que, parecendo que não, até sinto uma certa falta de acompanhar o frisson nacional. Sem conseguir testemunhar a azáfama e o entusiasmo que hoje deve grassar nas redacções e sem conseguir assistir aos orgasmos síncronos e assíncronos dos comentadores que, a esta hora, certamente ululam pelos balcões em que se serve comentário a copo, tenho que me contentar com o que euzinha tenha para dizer.
Crise para eles é melhor que viagra. Upa la-la. Umas atrás de outras.
Enfim.
Para colmatar a pecha, poderia ver televisão no computador? Poderia. Mas não seria a mesma coisa. Portanto, não quero.
Ou seja, perdoem-me mas o meu conhecimento hoje é francamente limitado, mais limitado ainda que nos outros dias. Vejam se pode. O que sei é apenas o que os onlines disponibilizam. E, como a maior parte dos conteúdos requerem que se seja filiado e subscritor, fico de fora. Ou seja, o que sei é pelas gordas. Imagine-se. Pelas gordas.
Tivesse havido pancadaria no Parlamento, quiçá entre o Jerónimo e a Mortágua ou entre a Joacine e a Catarina, aí, sim, aí talvez já houvesse alguma breve. Agora assim, tudo no maior pacifismo, querem lá eles saber disto...? E, para mais, a esquerda a auto-devorar-se...? Bahhhh, que seca, ... déjà vu. Filme visto mil vezes, acaba sempre da mesma maneira. Tudo ao tiro e, no fim, morrem todos. Dá é sono.
Quem se importa somos nós, os portugueses, que não perdoaremos por, de novo, os traidores do PCP e do Bloco se terem juntado à direita (Chega incluido!) para, uma vez mais, colocarem areia na engrenagem, provocando uma inútil baderna, gastos desnecessários, prejudicando a estabilidade governativa e a trajectória de crescimento e recuperação que estava em curso.
Tudo está agora nas mãos de Marcelo. E eu sempre estou para ver o que vai ele fazer. Tenho ideia que gosta de fazer habilidades quando está na confortável situação de espectador e comentador mas que não se sente a jogar em casa quando a bola e a estratégia de jogo está nas suas mãos.
Portanto, se Marcelo gosta de andar a semear ventos, mesmo que diga que não, que gosta mesmo é de sol na eira e chuva no nabal, agora está a ver que está uma tempestade a querer entrar-lhe pela porta dentro. Nos idos da TVI ele deitar-se-ia a construir cenários, destilando vantagens e desvantagens e temperando com pontos de vista. Só que agora a pauta é outra. Não é hora para cataventices ou confidências a simularem beijinhos e selfies. É hora, sim, para se pensar com a cabeça no sítio -- e boca calada até se ter a certeza do que se vai fazer.
Li que esta quarta-feira janta com o Costa e com o Ferro. O Costa, para além de chateado, deve andar esfalfado por aturar tanta cretinice e cheio, cheio, cheio de sono. Se fosse comigo sei bem o que diria mal me visse lá chegada: Pardon my french mas bardamerda para esta cagada em três actos; se o PCP e Bloco querem brincar aos politicozinhos da treta que brinquem sozinhos; Senhor Presidente e camarada Ferro não me levem a mal mas vou é para casa dormir que para este peditório já dei foi demais. Ciaozinho e bon apétit.
Não sei qual a ementa nem o que vai ser falado durante o jantar mas imagino que agora seja o Marcelo que está no mesmo papel em que a choramingona da Catarina se pôs antes de votar, quando até parecia estar a implorar que a ajudassem a sair desta. Acredito que o Costa e o Ferro o ajudem a pensar e a ver com alguma clareza. Mas, perdido no labirinto dos cenários que constrói, não sei se o Marcelo tem comedimento para pensar sensatamente nem consigo antever o que vai fazer sair daqui sem ficar associado a esta chachada.
O que espero é que, para bem de todos nós, ainda venhamos a dizer que há males que vêm por bem. Por isso, daqui lhe desejo: boa sorte, Sr. Presidente.
E não é apenas ao Presidente que o desejo, é a todos nós: boa sorte!
.... e bola para a frente!
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Bem.
E agora vou mas é ver se pesco por aí algumas notícias ou, talvez melhor, se me atiro à netflix para ver se me divirto
E dá-lhe.
Música, maestro.
UJM no seu melhor.
ResponderEliminarVamos lá ver o que vai dar.
Um belo dia.
A geringonça desfez-se porque tal "caranguejola" nunca teve programa para o país.
ResponderEliminarSó existiu porque ali todos se uniam no ódio a Passos Coelho.
A.Vieira