Já há algum tempo que não ia espreitar as estatísticas das visitas a esta vossa humilde casa. Hoje lembrei-me de vir ver. O blogger disponibiliza número de visualizações por horas, por países, etc. O que mais desperta o meu interesse são as expressões que algumas pessoas escrevem nos motores de busca e que, por motivos que sempre me surpreendem, levam os algoritmos a encaminhá-las para aqui.
Outra curiosa é: mulheres sem cuecas. Não aparece nas estatísticas de hoje mas do último mês e por várias vezes. Por algum curioso motivo, quando alguns carentes vão ao computador à procura de qualquer coisa mais apimentada ou amalucada, os algoritmos pensam: Ora deixa cá ver onde é que este camarada vai encontrar material que lhe agrade... bem.... talvez no Um Jeito Manso.
Poupem-me. Mulheres sem cuecas aqui? Algumas vez...? E a corrente de ar que vos atingiria...? Não senhores, jamais. Zelo muito pela saúde dos meus Leitores.
Ou seja, estou com uma reputação algo duvidosa junto dos meus amigos algoritmos. Tenho que ver se, durante algum tempo, me porto bem para ver se eles me mandam para cá pessoas que escrevam no google: 'como nos tornarmos pessoas mais piedosas' ou 'como nos vestirmos sem chamar atenções' ou, ainda, 'mulheres que usam cuecas de gola alta, que nunca mostram mais do que devem e que gostam muito de gatinhos'. Isso, sim, é que era.
Mas, enfim, pode alguém ser quem não é...?
Uma outra recorrente tem a ver com a gafe da Ana Lourenço. Volta e meia aparece-me: 'Ana Lourenço broche'. Nas primeiras vezes fiquei admiradíssima. Hom'essa! Desconhecia o facto, apenas fiquei a saber depois de ver esta expressão a aparecer-me nas estatísticas. Ora porque é que os algoritmos encaminhavam as pessoas para o Jeito Manso? Acaso aqui se costuma falar de pregadores peitorais ou outras joias? Não tinha (nem tenho ideia). Só depois fui saber o que é que ela tinha andado a pôr ao peito. E percebi: tinha-lhe acontecido um daqueles lapsus linguae que a gente teme e, infelizmente, não controla.
E isto fez-me lembrar uma vez em que fui eu que cometi uma gafe das valentes e, ainda por cima, ao pé dos meus filhos e dos meus pais. Ainda hoje, volta e meia, quando tenho algum almoço mais de cerimónia ou responsabilidade (isto é, quando tinha, naquele pré-mundo que existiu antes do advento do corona), o meu marido me avisa: 'vê lá, não te ponhas a falar no Ney Mete-o-Grosso'. E, como sempre, inevitavelmente desato a rir pois lembro-me da vergonha por que passei.
Mas isto para dizer que a inteligência artificial tem coisas que a inteligência natural desconhece. Na volta, é certo e sabido que quem quer ver meninas mostrando mais do que devia ou mulheres sem cuecas ou bois e GNRs e coisas afins aqui, no santuário da Santa Ujota M., encontra coisa que, se não for assim, é assado. E se non è vero, è molto ben trovato.
E, portanto, nada mais a dizer: aos costumes digo nada.
Hehehhehe.
ResponderEliminarEstas manhas dos algorítmos têm muito que se lhe diga.
Um dia muito divertido!
Instruíram o algoritmo que “não é com vinagre que se caçam moscas”, pelo que ele deduziu que uma boa caça é com um jeito manso.
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