Tenho a certeza que é muita insensibilidade da minha parte não vir para aqui carpir sobre as agruras nacionais. É mesmo. Toda a gente lamenta coisas. Toda a gente e eu, que não sei se sou gente, se sou bicho, também. Como, estando eu imersa neste pequeno rectângulo sobrelotado de gente lamentando-se, não me deixo contagiar...? É muita insensibilidade. Muita.
Como, por exemplo, não estar aqui a lamentar que o Chicão, esse menino mais fofo, esteja agora a ser maltratado pelo Adolfo e demais amigos? Logo o Chicão, esse destemido gaiato com uns olhinhos azuis mais lindos. Devia lamentar, que o momento é de tristeza e chicana. Mas não me ocorre o que dizer.
Também me parece insensível da minha parte não fazer um reparo ao conselho amigo que Mário Machado, essa incontornável e cadastrada figura, líder de movimentos sobejamente tintilantes, veio fazer ao Ventura para que modere a agressividade e a conversa potencialmente apelativa à violência. Parece-me um gesto bonito, bonito demais, e auto censuro-me por não estar aqui a louvar estes actos de coração. Mas dizer o quê? O que se diz numa situação destas... Que é a lei da vida...? Que branco é galinha o pôs...? Não sei...
Claro que poderia falar da meia-irmã da costureira da prima da cunhada da amásia do padrasto do presidente da Junta de Freguesia de Caganita de Baixo que se abifou com uma vacina já meio morna. Mas quê? Pôr-me a fazer concorrência à impoluta e suportável Sandra Felgueiras...? Ainda se eu fosse como o colega dela e soubesse praticar aquela eloquente e histriónica língua gestual, se me faltasse a parte detrás da cabeça, se tivesse orelhas de abanico e conseguisse falar como se estivesse sempre a ponto de apanhar com um míssil no missing toutiço... Mas não. Eu sou só eu. Fazer o quê...? Nada, né? É que, para falar a verdade, ninguém merece.
Portanto, na presença de tão grande insensibilidade e na ausência de ter mais o que dizer, calo-me já.
E que entrem os convidados.
Pois, tambem não sou muito de lamurias, mas nesta fase em que todos vivemos com medo , por nós e sobretudo pelos mais novos, revolta-me que a tv publica dê cobertura a gente que só desinforma, alarma, atiça a opinião publica.
ResponderEliminarO que é permitido Sandra Felgueiras fazer não é jornalismo. Ela e muitos outros, mas outros são de canais que lutam por audiencias a qualquer custo.
Assim cada vez mais me recuso, a ver debates que depois de espremidos não adiantam nada, mastigações aos comentarios que outros já fizeram, noticias dadas da pior maneira, shows de realidades que deviam pagar multas por existirem. Mas será disto que o povo gosta, como dizia o outro?
Tenho muitos livros que me dá gozo reler muitos anos depois de comprados, sacos de lãs por inventar destino, dvs por recordar, caixas de fotos por organizar, musicas por ouvir, embora estas me deixem uma nostalgia e me levem a tempos de uma vida cheia de encontros, passeios, descobertas que já não se repetirão.
Mas tudo, menos demagogia, alarmismo e incitamento a dizer mal de tudo e todos sem respeito pelo seu trabalho e dedicação.
Pronto, já disse de minha justiça e agora vou inventar um almoço/lanche pois deitarmo-nos tarde leva á mudança de habitos e horarios.
Um bom fim de semana com invenções boas, até que o Sol brilhe e nos traga esperança em dias melhores.
Um beijinho e bom fim de semana
Olá Pôr do Sol,
ResponderEliminarQue dias mais lentos e vazios não é? E as televisões só a darem desgraças, só perseguições, só problemas e tristezas. Apetece-me ver outras coisas, abstrair-me dos mil problemas que as televisões parece que querem fazer crer que nos estão a cercar. Mas é difícil.
Sabe que, depois dos dias da semana passados a trabalhar de manhã à noite, chego ao fim de semana e não me apetece fazer nada. Aliás, nem sei se é por isso ou se é pelo que me parece a inutilidade de fazer coisas, estando aqui fechados.
A ver se, ao menos, o tempo levanta. Faz-me falta o sol, poder andar sem frio. Com este tempo e sempre fechados em casa (tirando quando fazemos a caminhada) é, para mim, uma tremenda maçada. Gostava de ir à praia, para a minha casa no campo, andar in heaven. Enfim. Lá chegaremos, não é?
Beijinhos, Sol Nascente. Saúde. Alegria.