No post abaixo, confessei que sabia e demonstrei que, se eu sabia, obviamente o meu marido também sabia. E, se não sabia, é igualmente grave porque aí perguntar-se-á que mais não sabe ele. E, portanto, mais do que certo, a esta hora eu e mais uma data de gente já estamos cada vez mais afogados na lama da suspeição pública pois, se o meu marido sabia, os colaboradores directos dele também sabiam e se eles sabiam, as mulheres deles também. E se as mulheres sabiam, as mães delas também. E, se as mães também, não me venham dizer que os pais não. E, se meio mundo sabia, que dizer então do papagaio-mor do reino? E se todos sabiam como é que não disseram? Grave, gravíssimo.
Claro que tudo baseado na premissa de que eu sabia, coisa que não está provada (embora isso, claro, seja amendoim, pormenor). E isto já para não dizer que não se sabe bem de que é que se está a falar. Até porque o crime de verdade aqui, cá para mim, foi mesmo o roubo (?) ou o deixar roubar ou o não agir quando houve o aviso de que ia haver o roubo (?) ou as conivências à volta do roubo (?). Etc. Mas isto sou eu a dizer.
Mas, aqui chegados, temos então a magna questão: quem é, de facto, o papagaio-mor do reino que, esse sim, sabia?
Toda a gente assumiu que o papagaio-mor do reino só podia ser o Presidente. Não sei porquê pois, que eu saiba, ele pode ser o rei das selfies ou dos beijinhos a granel e, quanto a nicknames, que eu saiba ele dava era pelo nome de catavento, mas não o tenho por papagaio. Ná. Nem pó. Mas, para meu espanto, o próprio Marcelo enfiou o barrete e veio dizer que não é criminoso. Surreal, surreal.
E agora, para minha surpresa, que o tinha em melhor conta, foi o Alpakas que apareceu a dizer que o Presidente está acima de qualquer suspeita e que foi tudo mais um SãoBentoGate para desviar atenções a mais não sei o quê e, portanto, também ele veio publicamente dar como certo que o papagaio-mor é o nosso Marcelo.
Não atina, o Alpakas. Não apenas surpreendeu o País mostrando que não tem boa índole, como que, ele sim, é o verdadeiro catavento. E, ainda por cima, provou à saciedade que não tem pingo de inteligência. Nem de vergonha.
E eu, embora de forma encriptada, venho aqui esclarecer: tenho para mim que o papagaio-mor não é o Marcelo. Read my lips. Acho que não é.
Gostava de aqui vos dizer quem penso que é mas acho que é melhor não senão ainda poderia ver-me metida em trabalhos e ainda ter que provar como é que sabia, E era o que faltava. Como não me canso de dizer, sou maluca mas não sou parva. Aliás, eu até é mais bolos.
O que posso dizer é que, se for quem penso que é (e reparem que digo 'penso' e não que 'sei'), todos vocês o conhecem. Tenho até ideia de que eu própria já o tratei por papagaio. Posso também ainda dizer que, se for, as suas penas não são encarnadas, nem cor-de-rosa nem azuis nem verdes, são da cor que falta. E posso ainda acrescentar, para vos ajudar a descobrir -- porque se o descobrirem terão sido vocês a descobrir e não eu a dizer -- que se o tal Brazão, ao falar com a irmã, se tivesse referido ao dito passarão como um passarinho talvez já alguém tivesse mais ou menos desconfiado. Pensem bem. Quem é, quem é? O papagaio pouco louro e de bico mais do que amarelo? Pensem, pensem. Quem é que sabe sempre tudo de tudo e papagueia tudo a propósito de tudo? Pensem, pensem.
(Já adivinharam?)
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Quando ao script dos factos, os verdadeiros, os relevantes, a ver se ainda cá volto para vos contar. Tudo imaginação minha, claro. Imaginação ou o que vou sabendo por aqui e por ali -- que eu, prestem atenção, não tenho acesso a processos nem trabalho no Correio da Manha (sem til, obviamente). Estou é com sono e tenho que me concentrar. A ver.
Na volta ainda encontram um papagaio verdadeiro, com penas e tudo, azuis, verdes, vermelhas e amarelas e tudo se esclarece!
ResponderEliminarJá Marcelo, estou de acordo consigo, nunca deveria ter reagido como reagiu. Ficou mal na foto. Mas, é lá com ele. Precipitou-se, coisa que não se esperaria dele, sempre cuidadoso com as palavras. Nervos? Ou outra coisa?
Como digo, acredito que um passaro qualquer, ou passarão, assim às cores, acabará por ser encontrado e o caso do "Mor-do-Reino" fica resolvido.
- "Como te chamaes o bicho?"
E o passaroto, com aquela voz de falsete responde, batendo as asas: "Papagaio-Mor-do-Reino!"
E pronto! Caso encerrado.