O meu marido madruga e eu, quando ouço o despertador dele, sei que ainda posso dormir um pouco mais. O pior é quando tenho que me levantar mais cedo que habitualmente e, quando toca o meu, ainda estou a meio do meu segundo sono. Nessas alturas anseio por quando deixe de ter compromissos, avisos no telemóvel a lembrar-me que a reunião começa dentro de uma hora, maçadas assim.
Lembro-me de um colega que já se reformou que, para aí uma meia dúzia de anos antes, entrou em modo phasing out, auto-atribuindo-se mordomias que deixavam toda a gente com um sorriso no canto da boca. Uma vez disse-me que quando ia para o emprego, passando na autoestrada por volta das onze e meia da manhã, ficava admirado por ver tanta gente: 'Mas, àquela hora, onde é que vai aquela gente toda? Trabalhar?! Que eu faça um horário destes ainda se percebe, agora a malta toda...? Não percebo...'. Depois trabalhava até às duas, voltava a casa para almoçar e dormir a sesta e regressava por volta das cinco e tal. Dizia que à tardinha era quando se trabalhava melhor.
Lembro-me de um colega que já se reformou que, para aí uma meia dúzia de anos antes, entrou em modo phasing out, auto-atribuindo-se mordomias que deixavam toda a gente com um sorriso no canto da boca. Uma vez disse-me que quando ia para o emprego, passando na autoestrada por volta das onze e meia da manhã, ficava admirado por ver tanta gente: 'Mas, àquela hora, onde é que vai aquela gente toda? Trabalhar?! Que eu faça um horário destes ainda se percebe, agora a malta toda...? Não percebo...'. Depois trabalhava até às duas, voltava a casa para almoçar e dormir a sesta e regressava por volta das cinco e tal. Dizia que à tardinha era quando se trabalhava melhor.
Quando se reformou, os colegas ofereceram-lhe um despertador. Achou imensa graça. E disse que ia oferecê-lo à mulher, que ela se queixava que não havia um relógio a sério em casa.
Não sou como ele, longe disso, mas também não sou daquelas pessoas que, dizendo que é para fugirem ao trânsito, começam a trabalhar bem antes das oito. Acho isso quase doentio. E essa pancada é ainda mais evidente quando tenho reuniões fora. Faço pontaria para me levantar a horas que cheguem para tomar banho, vestir-me, ir tomar o pequeno almoço, voltar ao quarto, arranjar-me como deve ser, sair e fazer o check out e chegar a horas ao local da reunião. Pois tenho colegas que conseguem, antes disso, ainda fazer uma hora de corrida ou uma hora de ginásio e piscina. E ali estão frescos e sem pitada de sono mesmo que saiamos do hotel às oito e picos. E o que me maça ainda mais é que se ponham a gabar-se disso, querendo evangelizar os outros, quase como se eles fossem os trabalhadores e nós, os normais, uns preguiçosos.
E isto para vos dizer que, se um dia calhar terem que ficar a dormir em vez de irem trabalhar e a única desculpa que vos ocorrer for que se sentiram mal e estão no hospital, e o vosso chefe for picuinhas a ponto de vos pedir um comprovativo, podem fazer assim:
E. já agora, para o post não ficar sisudo, um vídeo de um exímio trabalhador que chegou atrasado para trabalhar:
E pronto, para amanhã não perder tempo, vou ali pôr a jeito a minha toilette. Optei por um vestidinho simples, cor de rosinha-chá, já que a reunião é só com homens que têm a mania que são muito homens e eu, nestas coisas, apesar de ser muito discreta, gosto que percebam que chego bem para eles.
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Vou tentar ainda aqui voltar para responder a comentários e para fazer outro post para vos mostrar uma coisa feita para millennials mas que serve bem para toda a gente,
Sim senhora, rico vestidinho! Para arrasar!
ResponderEliminarAh!Ah!Ah!
Já viu, Isabel, que vestidinho mais discreto.. Estou a imaginar-me a entrar para uma reunião, numa sala cheia de homens, e com aquela ondulação empinada... Nem imagino a cara deles, a sentirem-se inferiorizados e a pensarem 'a dela será maior que a minha...?'
ResponderEliminar(Ai, sorry, Isabel... a esta hora a minha censura interna já não funciona.)
:)
beijinhos.