quinta-feira, abril 25, 2019

25 de Abril sempre


A questão é que estou um bocado resfriada, com pingo, capaz de cair para o lado -- uma pancada total (e ainda nem sequer me tratei). 

E tive o pessoalzinho cá em casa, os pequeninos, e até fomos com eles para a rua, para um lugar de festejos. Depois voltámos porque estava frio. E mantiveram-se acordados até os pais os virem buscar. 

E fiz entrevistas aos meninos sobre o 25 de abril e disseram coisas engraçadas e até aprendi uma coisa, como aquilo de um senhor que esteve preso oito anos e depois preso outra vez e escreveu um livro que se chama Barrigas e Magriços -- e, quando perguntei quem foi, soube que foi o Senhor Bordalo Cunheiro. E eu disse que nunca tinha ouvido falar nem no livro nem nesse senhor e o menino de seis anos ficou contente por estar a ensinar-me coisas. A irmã disse que não era nada esse o nome, que era outro, mas ele insistiu e ela também não soube dizer qual era.

E ela contou que o Salazar fez uma ponte e deu-lhe o nome dele mas, quando foi o 25 de Abril, mudaram-lhe o nome da ponte para 25 de Abril. E que esse senhor, que era contra a liberdade e não deixava as pessoas usarem certas palavras como por exemplo 'chato e... etc.', caíu da cadeira, ficou doente da cabeça e veio o Marcelo Caetano que, quando foi o 25 de Abril, teve muito medo e fugiu para o Brasil.

Mas, hélas, não posso pôr aqui os filmes porque se mexem todos tanto que ora aparece a cara de um, ora aparece a de outro, ora o bebé quer roubar-me a máquina para ser ele a fazer a reportagem, ora é o meu marido que, sem perceber que decorriam filmagens, irrompeu pelo cenário adentro falando normalmente.

Portanto, como geralmente acontece, muito trabalhinho para nada.

E, agora, não levem a mal que volte a não conseguir responder a comentários e que o post não passe disto mas tenho mesmo que ir ali cair para o lado. Mas, antes, vou tomar um comprimido daqueles do tipo boa-noite-cinderela e, com certeza, vou dormir horas a fio. E, se tudo correr bem, fico boa. Ah, e vou também ali  pôr uma fralda no nariz. Com licença.

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E as fotografias não têm a ver com nada mas foi o que vi de apresentável ao querer uma mulher com um cravo não propriamente real mas talvez metafórico -- quiçá uns lábios em rouge, um chiffon amachucado em carmim suave a cobrir a pele nua, quiçá um little dress em carnation abstracto. As de John Heyes não me pareceram mal.

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E a Grândola não podia faltar, claro está


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25 de Abril sempre, anyway

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