E se eu estava a precisar de dormir até vir a mulher da fava rica. Mas não. Cedíssimo, sozinha na cama -- que o meu marido (felizmente) madruga -- comecei a ouvir uns ruídos não identificados. Tentei apurar o ouvido mas não consegui reconhecer que sons eram aqueles. Depois comecei a ouvir a voz do meu marido. Falava. Mas só ouvia a voz dele. Ouvi: não encontro a chave. E ouvia mexer em chaves. Passado um bocado, ouvi um batalhão de homens no corredor, a passar-me à porta do quarto. Nada de novo a não ser que não esperava que viessem tão cedo. O meu marido tinha-me dito que eu podia dormir porque eles iam lá para cima, não me incomodariam.
Eles eram os homens que vinham arranjar o tecto da parte antiga da casa, uma parte onde estavam os quartos dos meus filhos e uma pequena saleta, parte esta que hoje é pouca usada. Quando choveu mais, notámos que a escada de pedra estava molhada, vinha água desde lá de cima. O tecto, que é de madeira, precisava de ser levantado numas partes.
Acontece que a porta da rua que daria acesso quase directo a essa parte da casa é uma porta que há anos não é usada.
O senhor que volta e meia vem cá fazer arranjos e que vinha com mais dois, tinha-se lembrado que dava jeito entrarem por essa porta e não pela habitual para não terem que atravessar a casa com escadote, madeiras, ferramentas e, então, tinha vindo mais cedo para limpar as teias de aranha que se tinham formado do lado de fora e era esse o ruído, de uma vassoura a raspar na porta e no telheiro, que me tinha acordado. E o meu marido andava a experimentar chaves do lado de dentro e ele do lado de fora. Por isso só ouvia a voz do meu marido (que, às tantas, dizia que, era uma chatice, mas que a chave se deveria ter perdido).
Só que, às tantas, já depois de ter deixado de ouvir a voz do meu marido, ouvi a voz do tal senhor a dizer para um dos que o tinha vindo ajudar: olha lá, se for preciso, sabes rebentar o canhão de uma fechadura?
Aí, dei um salto da cama, enfiei a roupa às três pancadas, fui à gaveta onde tenho o molho completo de chaves da casa e fui experimentar. Uma era a daquela porta. A seguir cruzei-me com o senhor e acho que nem o cumprimentei: Já abri a porta. Viu o meu marido? E ele: se calhar já foi lá para baixo.
Fui à rua: estava com aquelas proteções nas pernas, a roçadora ao ombro, e ia lá para baixo. Já devia ter andado nos seus passeios ultra matinais pelos campos, veio a casa para abrir a porta aos homens e agora ia roçar o mato nascente. Ficou admirado por me ver: o que é que aconteceu? E eu: Achas que se consegue dormir com aquela barulheira? E se não me tenho levantado à pressa ainda destruiam a porta. Já encontrei a chave, já lhes abri a porta.
Não ligou. Está um camponês. Ia para a sua lida. Disse-me que também já tinha andado a cortar ramos altos com aquele serrote telescópico que o filho lhe ofereceu. Deve ter-se levantado às seis da manhã.
Não ligou. Está um camponês. Ia para a sua lida. Disse-me que também já tinha andado a cortar ramos altos com aquele serrote telescópico que o filho lhe ofereceu. Deve ter-se levantado às seis da manhã.
Entretanto, já os homens estavam a entrar e sair pela porta que não era aberta há anos, e muito barulhentos, uma algazarra pegada.
Portanto, acordei cedo e sobressaltada. A seguir, depois do meu marido ter cortado tojo e silvas, e de eu ter dado um breve passeio, fomos ao supermercado.
Ir ao supermercado à vila mais próxima é, para mim, um exercício de paciência. Tudo muito lento. Por exemplo, quase não há carne embalada. Tem que ser no talho mas há sempre umas vinte senhas à frente. E o pior é que cada pessoa leva carradas de carne, tudo cortado na hora. No peixe é a mesma coisa. Com a agravante de as empregadas serem vagarosas, cumprimentarem toda a gente, estarem a arranjar o peixe na calminha enquanto olham para as clientes, e conversam umas com as outras e com as clientes, tudo no maior vagar. Um desespero.
Regressámos. Fiz uma máquina de roupa, fiz arrumações. Por volta da uma, eles acabaram o trabalho. Mas o senhor, o principal, disse que voltava depois de almoço para acabar lá uma coisa.
Entretanto, também já tinha feito o almoço: pescada fresca cozida com batata, cenoura, feijão verde, ovo.
O meu marido tinha trazido um queijo de ovelha e, quando o abriu, achou que cheirava mal. Cheirei. Cheirava a curral. Talvez demais. O meu marido disse que era impossível comer um queijo que cheirava a m... Se tivesse sido mais barato, ia para o lixo e está a andar. Mas tinha sido caro e, sobretudo, era uma questão de princípio. Por isso, contrariado e irritado, foi ao supermercado.
Eu estava KO: deu-me um sono brutal. Pensei: vou deitar-me lá fora, na espreguiçadeira, e dormir um bocadinho.
O meu marido tinha trazido um queijo de ovelha e, quando o abriu, achou que cheirava mal. Cheirei. Cheirava a curral. Talvez demais. O meu marido disse que era impossível comer um queijo que cheirava a m... Se tivesse sido mais barato, ia para o lixo e está a andar. Mas tinha sido caro e, sobretudo, era uma questão de princípio. Por isso, contrariado e irritado, foi ao supermercado.
Eu estava KO: deu-me um sono brutal. Pensei: vou deitar-me lá fora, na espreguiçadeira, e dormir um bocadinho.
Como o senhor tinha dito que voltava, fiquei em casa, foi só ele. Pensei: o portão está aberto, o senhor sabe o caminho e talvez nem venha já, vou deitar-me ao sol, vou dormir.
Tinha eu acabado de arranjar a espreguiçadeira, toca a campainha. Era o senhor. Resolveu não entrar sem se fazer avisar. Começou a conversar. E a conversar. E a conversar. A contar-me dos filhos, dos netos, dos primos, dos cunhados, de um comendador que era dono de uma fábrica noutra aldeia e que tinha filhos de duas camadas, da primeira e da segunda mulher, e do que tinha uma oficina e da professora que tinha um portão eléctrico e que o tinha chamado. E.... e... e... . Eu mal me tinha de pé, perdida de sono, exausta -- e ele, uma simpatia, a falar em contínuo. Por fim lá pegou na escada e lá foi completar o que cá o tinha trazido.
Sentei-me na espreguiçadeira a ler. Achei que, com ele por ali, não devia deitar-me. Passado um bocado chamou por mim. Estava em cima do telhado. Tinha reparado que o solho no que antes era o quarto do meu filho, na direcção da escrivaninha, estava mais escuro, prova de humidade. Então tinha ido ver o telhado. Disse-me que havia ali uma zona que precisava de ser impermeabilizada. Eu pensava que ele se deveria estar a referir ao chão de madeira, ao soalho. Nunca tinha ouvido chamar solho ao soalho mas agora já vi no dicionário que, de facto, se pode dizer. Aprendo imenso com ele, imenso mesmo.
A questão é que espertei. Quando estou perdida de sono e não consigo dormir, depois já não consigo.
A questão é que espertei. Quando estou perdida de sono e não consigo dormir, depois já não consigo.
Quando o meu marido regressou, estava ele a sair. Fui para dentro, recostei-me no sofá, comecei a ler e pensei que ia adormecer. Mas não adormeci.
Li. O livro, interessante. A ver se amanhã falo dele.
Depois fui caminhar, fotografar. A lua branca, já por metade. Translúcida, num céu límpido. A vaporosa florzinha do eucalipto. A casca de ovo muito branca, partida ainda de fresco, com outro bocado de ovo lá ao pé. Não sei a que pássaro poderá pertencer. Tão grande. Não é um ovinho de passarinho. Menor que o ovo de uma galinha mas maior do que os ovos de passarinho que costumo ver nos ninhos. E tão branco. E o gato amarelinho que me olhava de longe, um gato silencioso que me observa enquanto ando e que me deixa sempre surpreendida pois não sei de onde vem nem para onde vai (aquela velha questão mas agora aplicada ao gatinho cor de mel). E a flor encarnada, linda. E o bicho espantoso, também encarnado mas com efeitos em preto e branco, espectacular, um daqueles seres vivos que se vêem e em que não se acredita. E um outro pinheirinho despontando numa outra rocha. E tudo tão bonito e sereno.
Depois fui caminhar, fotografar. A lua branca, já por metade. Translúcida, num céu límpido. A vaporosa florzinha do eucalipto. A casca de ovo muito branca, partida ainda de fresco, com outro bocado de ovo lá ao pé. Não sei a que pássaro poderá pertencer. Tão grande. Não é um ovinho de passarinho. Menor que o ovo de uma galinha mas maior do que os ovos de passarinho que costumo ver nos ninhos. E tão branco. E o gato amarelinho que me olhava de longe, um gato silencioso que me observa enquanto ando e que me deixa sempre surpreendida pois não sei de onde vem nem para onde vai (aquela velha questão mas agora aplicada ao gatinho cor de mel). E a flor encarnada, linda. E o bicho espantoso, também encarnado mas com efeitos em preto e branco, espectacular, um daqueles seres vivos que se vêem e em que não se acredita. E um outro pinheirinho despontando numa outra rocha. E tudo tão bonito e sereno.
E fiz o tapete (desforrei-me a fazer enquanto o meu marido via o seu Sporting a ser campeão de uma Liga de que eu nunca tinha ouvido falar, a Liga de Inverno. Ainda lhe perguntei que liga era aquela mas limitou-se a responder: esquece, não ias perceber e eu não insisti porque sei que não ia mesmo perceber), e li e vi televisão. Ainda não adormeci mas já estive várias vezes quase. Espero dormir bem esta noite. Estou mesmo, mesmo, mesmo, a precisar de dormir muito porque sei que a semana que aí vem vai ser de me deixar a rebentar pelas costuras e, se não recarrego baterias, nem sei como vai ser.
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Mas queria era falar de um livro novo. Não do que estive hoje a ler mas de um outro, um muito bonito, com poemas manuscritos. Eu que gosto tanto de estudar a escrita caligráfica das pessoas fiquei logo rendida ao livro.
Não faço aqui a análise porque seria deselegante fazê-lo mas mostro-vos a do Daniel Jonas (uma letra que me agrada muito e que me deixa contente pois gosto muito da poesia dele) e a do Nuno Júdice (uma letra que espelha bem a pessoa que penso que ele deve ser)
Fotografei os livros que comprei a semana passada (uma pequena recaída) em cima do tapete que estou a fazer na cidade. Se comparem com a fotografia de há dois meses até parece que não andei muito mas, como já referi, como a barra é quase da cor da juta, na altura não reparei que boa parte do preenchimento da barra estava por fazer. Agora já está todinha e já vou para aí num quarto do preenchimento do fundo (a azul escuro).
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Lamento, uma vez mais, não ser capaz de responder aos comentários.
Desejo-vos a todos um feliz dia de domingo.
Obrigada por essa lua tão inefável, UJM.
ResponderEliminarO tapete está lindo. Eu, se pudesse, faria tapetes de arraiolos com aqueles desenhos antigos do século não sei quê e estilo não sei quantos. Mas não posso. E fico daqui a invejá-la vagamente. Lembro-me da juta que comprei, e das lãs e do desenho simples que escolhi para aprender, quando supunha que podia fazer vários tapetes. E nem um. Enfim...
As obras em casa são uma chatice, mas há problemas tão grandes e sem solução que logo nos passa o aborrecimento desses pequenos nadas terem existido.
E olhe que não acredito que quem a comenta espere resposta:). A senhora escreve, escreve, escreve. Mas nem por isso gosta de responder. E quem a lê de hábito e gosto, já lhe sabe esse lado.
Olá:- Se lutar assim todos os dias, "pobre" do maridão que a encontra sempre cansada, e daí... dieta ( brincando)
ResponderEliminar.
Saudações poéticas
*** Mulher, fio de amor, no equilíbrio da vida ***
Estes são os meus post favoritos (estou a repetir-me, eu sei!). As fotos estão lindíssimas e a conversa simpática! Gosto imenso. E ficamos a conhecê-la mais um bocadinho.
ResponderEliminarO seu Heaven é mesmo um céu! Eu adoro a praia, mas se fosse rica, o que eu gostava mesmo era de uma casinha com um espaço verde à volta, ao lado do mar! Existe, não existe? Nem que seja só em sonhos. Realmente, quem tem um espaço desses tem mesmo que recarregar baterias. Maravilha!
Beijinhos e um bom domingo:))
(Qual é o livro que aí tem, que não consegui ver bem, com os nomes da Paula Rego e Agustina. Pode dizer-me ou mostrar melhor, por favor. Gostava de ver porque me interessou. Obrigada)
Para já, se não dormiu para terminar por nos deixar estas fotos, pelo menos algumas delas, como a da Lua, a do belo exemplar felino, etc., a que se adiciona este seu relato, como algo de que sou praticante de mim para mim mesmo, então também tenho de dizer que, ao menos para mim foi uma bênção poder partilhar desta sua relativamente comum e transversal experiência pessoal/familiar/humana, ainda que com as suas naturais especificidades...
ResponderEliminarEm suma e apesar de ou até por tudo deixo os meus votos de bom resto de Domingo, desde logo de bom sono e respectivo restabelecimento energético/mental, sem excluir o bom restabelecimento da habitação.
Parabéns e obrigado
Abraço
VB
Que lindo tapete em construção! Domingo feliz in heaven!
ResponderEliminarAna
Bea, olá, boa tarde!
ResponderEliminarTem toda a razão mas... sabe o que é? Só pego no blog à noite. Estou a abrir uma exepção por sua causa, já viu? Mas, dizia eu, só pego à noite, para aí às dez. Volta e meia pego mais cedo enquanto o jantar está ao lume, depois janto, arrumo a cozinha, etc, e depois pego de novo. Mas pego porque me apetece dar larga aos dedos. Como também quero fazer o tapete, escrevo e vou para o tapete e vice-versa. Responder aos comentários fica para depois porque gosto de responder como deve ser e já sei que se me puser primeiro com os comentáios fico sem tempo para o resto. E acontece que, no fim, volta e meia já não consigo. Mas fico sempre com sentimento de culpa e sempre na dúvida se não seria mais correcto fechar os comentários. Só que a seguir acho que é bom saber o que os leitores pensam e que não devo fechar apesar de correr o risco de parecer (e ser) indelicada.
Olhe, Bea, sabe uma coisa: sabe qual o chá (ou melhor, a infusão) que agora ando a beber mais? Erva-príncipe. Tão bom.
E não faz o tapete porque não tem tempo? Ou porque lhe doem as mãos? Pergunto isto das mãos porque tenho um bocado de medo de um dia ficar com artroses ou coisa do género que me impeça de ter a força que é precisa.
Um bom domingo, Bea!
Olá Gil António,
ResponderEliminarJá me ri com o seu comentário.
Eu e o meu marido já vivemos juntos há tantos mil anos que os nossos ritmos já estão bem coordenados: ele madruga e eu durmo até horas normais, ele adormece cedo (antes da meia-noite, imagine-se) e eu, a essa hora, pego no blog. Portanto, pelo meio estamos ambos bem acordados.
Ao fim de semana, volta e meia preciso de carregar baterias E ele também. Portanto, mais coordenado que isto é difícil.
Quanto a dietas, nem um nem outro tem disciplina para tal ou vocação para sofrer.
A vida é um equilíbrio, sim, um bailado e um caminhar no fio da navalha e eu percorro-a melhor a dois. E na boa. Ou seja, numa boa onda.
Um belo domingo, Gil António.
Olá Isabel.
ResponderEliminarUma casa assim existe com certeza mas talvez seja mais fácil se, em vez de mar, for rio. Ou, então, jogue no euromilhões e compre duas casas: uma na praia e outra na montanha. Olhe, esta semana há um big jackpot...
O livro é 'As meninas', Agustina e Paula, uma maravilha, uma graça.
Ando a ver se me aguento em jejum de comprar livros mas volta e meia não aguento a abstinência. No outro dia vi, da porta, que estavam com uns em saldos. Entrei mesmo só para ver. Como não vi nenhum me agradasse, afoitei-me a entrar mais, convicta de estar curada. Mas o pior foram as novidades. Fui vendo livros que, em circunstâncias normais, não me escapavam. Mas fui resistindo. Ficaram lá. Mas depois estes quatro que se vêem na fotografia tiveram mesmo que ser.
O pior é o tempo para os ler. Ontem li parte de um, a ver se logo falo nele. E a ver se depois de responder aos comentários vou outra vez pegar nele. Mas durante a semana é quase impossível,
Um beijinho, Isabel. Um bom domingo.
Olá Vítor, boa tarde,
ResponderEliminarGosto imenso de fotografar, de escrever, de passarinhar no campo, de bordar, de ler. Por isso, ao fim do dia, se puder partilhar um pouco das minhas vivências, fico contente. E, se isso é agradável de acompanhar por quem aqui me visita, ainda mais contente fico.
E dormi bem e já me sinto descansada. O meu metabolismo é assim: recarrega facilmente. Às vezes estou estafada, parece que não aguento nem mas um bocado. Durmo menos de meia hora e fico fresca como uma alface. A minha filha admira-se comigo. Deito-me, fecho os olhos, e adormeço instantaneamente. A seguir, se tiver que acordar, parece que dormi uma noite inteira.
Ou seja, sob várias perspectivas, sou um bocado anormal. Numas coisas a anormalidade não é má de toda, noutras não sei bem dizer... :)
Um bom domingo, Vítor!
Olá Dona Ana, Senhora de Vasconcellos,
ResponderEliminarEstou a reatar o meu prazer de fazer tapete de arraiolos. Aqui onde estou agora, no campo, in heaven, estou a fazer uma passadeira que não tem nada a ver com o que estou a fazer na cidade, este é coisa simples, puro ir fazendo. É um prazer e um entretenimento, uma tranquilidade, um desligar do dia a dia, uma operação de abstracção.
Um belo domingo, Ana!
Que lindo gato! Dessas cores tenho um felpudão, com quase 8 kg, com os olhos da mesma cor desse seu amigo e também tenho uma tigresa pequena, que tem os olhos da cor do pelo.
ResponderEliminarCuriosamente também começou a aparecer pela quinta aqui por detrás um gatarrão pardo que, apesar de ter ar de bem tratado, passou a contar com bebedouro e comida por nossa conta - todas as manhãs está lá batido.
Fora os dois gatos que falei, tenho mais quatro e cães tenho 19.
Uma boa semana.
Obrigada pela informação.
ResponderEliminarEu já desisti de querer deixar de comprar livros (também não tentei muito, diga-se em abono da verdade!), porque não consigo resistir. É mais forte que eu. E depois para não ficar com remorsos, penso: "Que se lixe! Não fumo, não bebo, não jogo (só às vezes, nas raspadinhas), não compro maquilhagem (só perfume e uns cremezitos), bolas! Tenho que ter algum vício!" É este! Livros e revistas, embora revistas compre um pouco menos (praticamente só de trabalhos manuais e decoração).
Enfim, é isto! Temos que ser felizes!
Beijinhos e continuação de bom domingo:))
Satisfazendo a sua curiosidade: pois as artroses não são impeditivas de bordar. É que olhar para baixo me está praticamente proibido e também me é difícil. Qualquer coisa na linha do olhar é mais fácil. Mas um tapete...
ResponderEliminarFrancisco! Está a brincar? Só pode. Repita, se faz favor porque acho que não percebi. Vive num gatil e num canil? Explique-se, se faz favor. A sério. Não pode ser. Compreendi mal.
ResponderEliminar6 gatos? 19 cães? Não pode ser. Diga lá, outra vez, a ver se desta vez percebo.
Abraço. Uma boa semana!
Olá Isabel,
ResponderEliminarEstá como eu: trabalho para quê se não for para me conceder um ou outro pequeno mimo? Ando nesta labuta para nem um ou outro livro poder comprar. Ora...
E pronto, lá vai vindo um ou outro livrinho...
Beijinho, Isabel, e uma bela semana!
Bea, isso é que é pior. Que difícil deve ser. Uma pessoa habitua-se a tudo mas deve ser condicionante e enervante. Tomara que seja coisa passageira ou que se cure.
ResponderEliminarSe não for, pois que não se incomode muito com isso.
Uma bela semana para si, Bea.
Ó rica UJM,
ResponderEliminarLeu bem: 19 cães (10F e 9M) e 6 gatos (4F e 2M).
Um abraço.
Francisco! Que até me assusto!
ResponderEliminarMas como é possível? Como se alimenta tanto cão e tanto gato? E não brigam uns com os outros? E tem-nos à solta? Entram em casa? E volta e meia reproduzem-se, não...? E sabe o nome de todo? Estou parva...
Senhores, nem imagino...
Na volta, já são eles que mandam em si, não?
Tantos! E de raças diferentes? Ou é tudo da mesma família?
Ai... Não se sinta na obrigação de responder, Francisco... Sou muito cusca, eu sei.
Respondo, respondo.
EliminarCom perguntinhas tão bem feitas, mais fácil é.
É possível e é maravilhoso, a bicharada é uma alegria.
Alimentação cerca de 150€/mês, as vacinas são anuais e em meses díspares, consoante o cão (e os veterinários aqui não são ao preços de Lx, nem pouco mais ou menos, além disso a "nossa" clínica faz desconto de família numerosa).
Estão divididos por afinidades, assim não brigam à séria. Um dos cães fica em casa, tenho três gatos em casa e outros três no sótão (que é independente).
A maior parte dos cães foram apanhados na rua ou apareceram aqui à porta.
Há dois que aparecerem em tempos distintos mas claramente são da mesma ninhada. Tenho 4 de outra ninhada de 6 que veio com a mãe, apesar de ter dado todos menos um e a mãe, três acabaram por ser devolvidos.
Tenho 5 cadelas de uma tia minha que teve de ir viver para um apartamento e que também deixou 5 gatos (dois entretanto morreram de velhice).
A maior parte dos cães são cruzados, mas tenho uma Épagnol Bretain das da minha tia e um Bichon Maltês, que apanhámos há uns meses, bem velhinho já. Tenho arraçados de podengo, de pointer, de labrador, vão dos 5 aos 40 kg.
Não se reproduzem pois as cadelas estão esterilizadas. E os gatos também.
Sei o nome deles todos, claro, alguns além de nomes, têm diminutivos e, mesmo, alcunhas... Os bichos que eram da minha tia foram quase todos rebatizados, pois tinham cada nome mais tolo.
Em termos de tratar, dar de comer e limpar os espaços, a máquina está tão bem oleada que a coisa fica em uma hora/dia.
Brevemente porei na pasta das fotos algumas para os ver.
Um abraço.
Olá Bea,
ResponderEliminarIsso é que é pior. Então tem mesmo que poupar a vista. Sempre ouvi dizer que com os olhos não se brinca. Esqueça o tapete!
Abraço, Bea.
Olá Francisco Braveheart,
ResponderEliminarLi com admiração o que escreveu. Que coragem, que bondade, que pessoa boa que tem que ser para aceitar tratar de tantos animais.
Estou curiosa com as fotografias. Os animais são bons companheiros, são seres generosos e sensíveis. E quem lida com tantos só pode ser tudo isso também.
Obrigada pelo esclarecimento, Francisco!