Só para dizer que neste momento não posso estar concentrada no que estou a escrever. Tenho os olhos e os ouvidos noutra coisa. Ou seja, a minha cabeça está tomada pela atenção a uma coisa de que não posso falar aqui e, portanto, os meus dedos, que dançam sobre o teclado, estão por sua conta e risco. Não respondo por eles.
E isto para dizer que estava para falar daquele Marta Soares que acha que isto da Protecção Civil é a mesma coisa que o Sporting nos bons velhos tempos do outro maluco -- guerras intestinas, esquemas, bocas foleiras e ameaças feitas à cara-podre, badernas e tareias encomendadas. Ouvindo-o a incendiar os bombeiros, com total ausência de sentido de responsabilidade, só me ocorre que ele está bem é como líder das claques. Líder da Juve-Bombeys, por exemplo. Mas não tenho cabeça para isso pois estou noutra. Gente corporativista como este Marta Soares não interessa nem ao mais pintado.
Também tinha pensado falar na patareca da May, essa pobre desengonçada mental que desde o início mostrou não ter cabeça, pulso, fibra, pedalada ou endurance para levar a cabo um dos maiores disparates de que há memória. Qual brexit qual carapuça: os ingleses enfiaram um barrete até ao queixo votando numa coisa que nem sabiam o que era e, agora que os que se meteram nisto fugiram todos, ficou ela com o abacaxi nas mãos. Se fosse esperta já tinha tido tempo de tirar a malta deste beco sem saída, desta saia mais do que justa. Mas não: para ali anda, atarantada, sempre a pôr-se a jeito para que o Reino Unido seja motivo de galhofa geral. Mas, enfim, não falta muito para que esta pobre coitada da Theresa May passe à história -- pelo que não vou desconcentrar-me do que hoje me tem presa.
Também me ocorreu falar do Macron, armado em Papai Noël, a distribuir dinheiro limpinho ao pessoal, a pedir aos patrões que também sejam o Santa Claus e paguem um prémio limpinho de impostos aos coletes, aos amarelos e aos outros. Mas não vou dizer nada. Que a malta precisa de dinheiro limpinho não se questiona. O que me deixa sem palavras é a coerência de tal bodo, rendimentos não tributados, na sequência do vandalismo nas ruas. Jingle bells, jingle bells, tudo bem, é o clima natalício, black friday para todos -- mas agora vai ser assim? A malta não gosta de uma coisa, vai para a rua partir montras e incendiar carros e vem ele, cara de anjinho ou de menino jesus, e, para ver se eles se portam bem, dá-lhes dinheiro limpinho? É que nem sei o que dizer. Só isto: Macron is coming to town. Binga, binga, jinga, jinga.
E há bocado também ouvi o Vara na TVI a dar a entender que foi vítima de uma cabala, de uma vingança mórbida e que os jornalistas deveriam analisar o processo a ver se encontram matéria de facto. E também deu a entender que isto foi tramóia do Super-Judge Alex, fornicado (pardon my french) por não ter sido ajudado -- ao que percebi para ser chefe das secretas. Que aquele so called Saloio de Mação não é flor que se cheire e que tresanda a ressabiamentos e invejinhas pouco brancas, isso já o próprio nos deu a saber através de entrevistas em que, querendo basofiar-se, deu uma data de tiros em cada pé. Mas chegar a ponto de sacanear os que não o levaram ao colo para onde ele queria isso parece coisa suculenta demais para ser deixada passar em claro. O Miguel Sousa Tavares que anda outra vez com o bichinho da informação que agarre o pitéu, se faz favor. E, portanto, fico-me por aqui à espera que a coisa se esclareça. Agora uma coisa é certa: mais depressa compraria um carro em 2ª mão ao Vara do que ao Saloio.
E pronto. É isto. Também já despachei o tema no qual estava focada. Agora vou pôr creme nas mãos, vou fazer o tapete e vou ver se, entretanto, me ocorre algum tema interessante.
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As fotografias mostram o que abaixo descrevo e que retirei do The Guardian:
In her elaborate self-portraits, Cecilia Paredes hides within colourful, patterned fabrics. Based in Philadelphia, the Peruvian-born artist started the series in 2005, when she moved to the US from Costa Rica and was trying to “blend in”. “I wanted to really get along in my new environment and literally become part of the landscape,” she says. The materials she chooses have a personal connection: a pattern involving orchids, for example, the national flower of Costa Rica, symbolises her past life there. Paredes is then painstakingly painted by her assistants. “The day of the shoot is very precise,” she says. “You don’t want any disturbances. I cannot move, and the painting can be from 7am to 3pm, so it’s a very long process.”
Portfolio Series: Cecilia Paredes is at the Museum of Latin American Art, Long Beach, California, until 30 December
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PS: Volto aqui, depois de ter dado o post por encerrado, só para confessar a minha desatenção. Então não é que tenho estado aqui no maior esforço a puxar a agulha e ela sempre a escorregar-me? Isto de ter posto creme nas mãos antes de me atirar ao tapete foi mesmo mal alembrado. Que destreino, este meu.
Isto só lá vai mesmo com uma pitada de humor.
ResponderEliminarDo cacique de Vila Nova de Poiares, ao "Breixit" (agora deu-me para pronunciar a arrozada assim) e a atarantada Mrs. Teté May, passando pela arruaça francesa que desembocou num M. Macron em modo Tia Jonet mas em "cash"-"mufunfa"-"argento"-"carcanhol", isto anda mesmo tudo a precisar de se deitar no divã, não sem antes tomarem uma boa dose de um eficaz neurolético.
Um abraço!
Olá Francisco,
ResponderEliminarOra explique lá, Senhor Doutor: posso depreender das suas palavras que, às vezes, para manter alguns doentes mais agitados sossegadadinhos no divã, tem que pô-los meio a dormir...?
E essa do Macron feito Jonet também está boa. Já me fez rir, Dr. Freud.
Uma bela quarta-feira, Francisco!
Olá UJM,
ResponderEliminarA brincar a brincar...Mas não deixando de ser verdade que nalguns casos a medicação pode ser um bom alidado para se poder avançar com uma psicoterapia, especialmente em casos na orla da psicose, em situações de risco suicidário ou de grande sofrimento depressivo.
Ahahah, o Macron em modo Jonet, mas com a inovação do pilim, porque para as Jonets dar dinheiro aos "pôbrezinhos" não se pode, porque esse povaréu não se sabe governar. Todas devotas da Santa Odete Roitman e da Santa Laurinha Figueirôa.
Um bom serão!
Belíssimas as imagens! (e não só...)
ResponderEliminarBem haja!