sexta-feira, maio 18, 2018

Bruno de Carvalho à beira do precipício.
Miguel Relvas responsável pela área de política e sustentabilidade de empresa especializada em blockchain


Enquanto as televisões, todas contentes,
- contentes como madeireiros incendiários depois dos incêndios --
esfregam as mãos com directos e mais directos, reportagens e comentários a granel sobre a hecatombe a que se assiste no Sporting,  espreito os jornais online.

Saí de casa muito cedo e cheguei muito tarde e, durante o dia, não consegui saber do que se passava. Soube agora que o doido varrido diz que vai processar meio mundo e parece que só o Marcelo é que escapa. Com o Sporting a arder, este outro incendiário continua sem perceber que o seu fim já chegou. Está numa de fuga para a frente mas à sua frente já só há o abismo e parece que só ele é que ainda não percebeu isso. Não vai ser bonito de ver.

Do que leio e vejo na televisão, só me fica perplexidade. Uma instituição com a história e prestígio do Sporting desfaz-se desta maneira...? Violência, suspeitas de corrupção... Um concentrado de vergonha.

O espírito sportinguista pode manter-se mas, financeiramente, a queda pode acontecer e pode não haver condições para o que quer que seja. E não nos esqueçamos da muita gente que trabalha lá, funcionários, desportistas. Como tenho vindo a dizer, é minha séria opinião que, ou alguém muito urgentemente se chega à frente e agarra aquilo, ou podemos estar em presença de uma implosão.

Com tanto jurista ligado ao Sporting, alguém há-de saber quais os mecanismos para afastar o Bruno de Carvalho (que só pode estar com algum problema que lhe afecta o intelecto porque uma pessoa normal não faria o que ele está a fazer) e como se pode evitar a derrocada que pode acontecer se esta crise se prolongar. 

Estou agora a ver esse tal André Geraldes a sair do tribunal com a cartilha lida. Acusado de uma data de crimes. Cara de rapazola. Outro que tal. Como é possível que tanta gente inteligente tenha apoiado esta tropa fandanga? Isso é que me deixa banzada.

Nisto da corrupção, certamente com telefones sob escuta e tal e coisa, não me espantaria que o próximo a ser chamado à pedra fosse o Bruno de Carvalho. E deve ser por saber (ou temer) isso que ele também deve estar nesta espiral de loucura. 

Entretanto, estando com um olho no burro e outro no cigano, li outra notícia extraordinária. Transcrevo do DN:
Miguel Relvas, ex-ministro e antigo secretário-geral do PSD, tem um novo cargo na empresa norte-americana Dorae. O português é o responsável pela área de política e sustentabilidade da empresa especializada em blockchain, tecnologia que serve de base para criar moedas digitais como a bitcoin, para cadeias de fornecimento. (...)
A empresa norte-americana foi fundada em 2014 para desenvolver blockchain e inteligência artificial. Tem escritórios em Silicon Valley, na Califórnia, nas Ilhas Caimão e Londres.
Pasmo. Pasmo. Pasmo. O Vai-Estudar-ó-Relvas na Inteligência Artificial? Não pode ser... Numa empresa em que um dos três escritóros é nas Ilhas Caimão? Uma empresa ligada a bitcoins? 

Please. Belisquem-me. Segurem-me no queixo. Please. Poupem-me. Só falta que ainda nos apareça armado em candidato a sucessor do Bruno. Teria graça. (Sem ter graça nenhuma, claro)

O mundo está outra vez a andar para trás e de patas para o ar. Caneco.

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Para ajudar à minha incompreensão, acabo de saber que Graces Jones faz amanhã 70 anos. É o cúmulo. 70 anos?! Dá para acreditar? Não. Não dá. Não é possível.


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