Bem. Estava eu a ir de carro quando ouço alguém a falar espanhol com um sotaque macarrónico. Apurei o ouvido. O converseio e a voz eram-me familiares. Pensei: 'Mas querem lá ver que agora já por aí anda a discursar em espanhol?' Exacto. Era mesmo. O nosso incontornável Marcelo estava a dar uma aula numa universidade em Madrid. Louvava a geringonça com todo o salero de que era capaz e com um à vontade de quem estava em casa. Pimbas. Espanha já no bolso.
E que à noite ia jantar com os reis, dizia o repórter.
À vinda, ouço as notícias das oito. O Marcelo já estava no banquete.
Curiosa para ver a cena, fui ao site da ¡HOLA! e, olé!, já lá estavam. Marcelo como se, de novo, também em casa a distribuir charme. Dona Letizia, como sempre, apenas esboçando um ar de simpatia não vá o sorriso causar-lhe alguma indesejada ruga, e firme e hirta, o garfo ainda entalado no gasganete. Dom Filipe igual a si próprio, esfíngico, simpático e nulo.
Mas o que me chamou a atenção foi que alguém emprestou a farpela ao nosso Marcelo e ninguém se deu ao trabalho de ajustar as peças ao recheio. Calças largueironas e a cairem-lhes aos folhos pelos artelhos abaixo. Lá está. Em linha com o que dizia há pouco, se isto fosse festa de pobrezinhos, não faltaria quem lhe alinhavasse uma bainha, quem o fizesse andar para ver como ficava, etc, ninguém querendo que o pobre coitado fosse fazer má figura. Assim, toda a gente caguou para o pormenor (calma: não disse nenhuma grosseria, fui fina no trato, disse caguou): vai com as calças de rojo e vai fantástico.
A fralda também demasiado de fora mas, enfim, por um ou dois dedos a mais também não vou fazer caso. Agora as calças, senhores, no mínimo um número acima na barriga e um palmo a mais no tamanho.
Consta que a tiara da Rainha também é especial, um tal Diadema de Cartier. Coisa quase a roubar a atenção do arejamento que o vestido apresenta nas cavas.
Mas o que me chamou a atenção foi que alguém emprestou a farpela ao nosso Marcelo e ninguém se deu ao trabalho de ajustar as peças ao recheio. Calças largueironas e a cairem-lhes aos folhos pelos artelhos abaixo. Lá está. Em linha com o que dizia há pouco, se isto fosse festa de pobrezinhos, não faltaria quem lhe alinhavasse uma bainha, quem o fizesse andar para ver como ficava, etc, ninguém querendo que o pobre coitado fosse fazer má figura. Assim, toda a gente caguou para o pormenor (calma: não disse nenhuma grosseria, fui fina no trato, disse caguou): vai com as calças de rojo e vai fantástico.
A fralda também demasiado de fora mas, enfim, por um ou dois dedos a mais também não vou fazer caso. Agora as calças, senhores, no mínimo um número acima na barriga e um palmo a mais no tamanho.
Consta que a tiara da Rainha também é especial, um tal Diadema de Cartier. Coisa quase a roubar a atenção do arejamento que o vestido apresenta nas cavas.
Ana Pastor, então, foi mais longe e arejou os bracitos todos. Pelo ar da guapa señorita, o malandreco do Marcelo devia estar a dizer-lhe um piropo, deixando os senhores da direita da foto a fofocarem, meio incrédulos.
Pelo contrário, a senhora que ia com Mariano Rajoy (e que não creio ser a mulher mas, talvez, a sogra) vai bem agasalhada. Não se esmerou foi muito no penteado que aquilo mais parece o carrapito de uma minhota que se penteou à pressa, com um gancho de cada lado.
Quem avançou formosa e segura foi a Tejerina, mais concretamente Isabel García Tejerina, ministra da agricultura e das pescas. É ver o olharzinho encantado do nosso ministro Augusto Santos Silva, olhando a forma sinuosa do corpinho deslizando pela passadeira, todo ele com um sorrisinho de quem está a ensaiar uma boquinha filosófica para se armar ao pingarelho na primeira oportunidade.
E quem me parece ver ali com um traje meio estranho, saia justa em beige e camisa de renda preta com o cinto caído saia abaixo é a Teresa Leal ao Coelho, talvez na qualidade de Embaixatriz já que me parece ver a cara redonda do Embaixador a assomar por detrás da paisagem.
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E, dado o adiantado da hora, me quedo por aquí. As fotos são, como referi, da ¡HOLA!
Amanhã, com vossa licença, falo sobre a reportagem relativa ao Caso Sócrates. Não falei hoje porque quero deixar assentar. Prefiro servir a coisa depois de a ter assimilado, destilado, processado, whatever.
E queiram continuar a descer que, já a seguir, tenho um grande texto sobre a Síria que vivamente recomendo. Não foi escrito por mim mas tenho pena: enviou-mo Leitor amigo que sabe da coisa.
Logo a seguir, tenho umas certas e determinadas Divinas, coisa com alguma transcendência.
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