Este domingo, domingo de Páscoa, o meu blog ultrapassou os dois milhões de visitas.
Há cerca de dois anos este vosso espaço ultrapassou o primeiro milhão. Para esse dia, segui a recomendação do meu marido e dei-me a conhecer melhor pois, como leitor, dizia ele que é natural que quem aqui me acompanha regularmente sinta vontade de saber quem é a autora das palavras que lê. Nessa altura, pegando-lhe na palavra, dei a volta ao texto e pedi que me apresentasse ele. E, de caminho, pedi também aos meus filhos que dissessem aos leitores do Um Jeito Manso como vêem a mãe. Ler o que escreveram emocionou-me e divertiu-me e, creio, terá dado a conhecer melhor a mulher que aqui escreve e a quem, por estas bandas, tratam por UJM.
Não é coisa que me interesse muito isto pois não me dedico ao blog para me dar a conhecer. Todas as noites aqui me ponho a escrever porque gosto, porque sim, porque as palavras me fascinam, porque comunicar, através da escrita, com quem não conheço tem tanto de misterioso como de atraente, porque partilhar músicas, pinturas, vídeos ou qualquer outra forma de arte me dá prazer, porque falar de livros é levar aos outros um gosto que acho que só ganha em ser partilhado. E mostrar, através das minhas fotografias, o que os meus olhos vêem é uma forma de levar essas paisagens a quem não tem oportunidade de as ver por si. E porque, desde que me conheço, sempre fui pela noite adentro fazendo qualquer coisa: lendo, pintando, bordando ou tricotando, escrevendo, fazendo tapetes. Porque gosto da noite, gosto de ficar por aqui já a casa em silêncio, escrevendo, ouvindo música, lendo. O silêncio da noite fascina-me.
E a verdade é que, enquanto aqui estou, tenho sempre companhia. Enquanto escrevo, seja a que hora for, há sempre leitores a ler. Por exemplo, neste preciso instante cento e três pessoas estão a ler as minhas palavras. E isto, para mim, tem qualquer coisa de mágico. Não sei quem são e quem me lê também não sabe quem sou. E, no entanto, as palavras ligam-nos. E isto para mim é que está bem -- as palavras valerem pelo que são, sendo irrelevante o nome ou o rosto de quem as escreve.
Ainda hoje não consigo deixar de me sentir surpreendida com o número de pessoas que aqui vêm. Não sendo eu conhecida nem seguindo regras, etiquetas, géneros e frequentemente tendendo para o politicamente incorrecto, espanta-me que tantos de vós me procurem. Mesmo sabendo pouco de mim e, creio, nunca sabendo bem ao que vêm.
Contudo, no outro dia, Leitor assíduo a quem desde já agradeço a diária simpatia, enviava um mail para familiares e amigos, comigo em conhecimento, com um link para o que eu tinha escrito e dizendo que o Um Jeito Manso caminhava para os dois milhões de visitas. E acrescentava que esperava bem que eu, nesse dia, não me esquecesse dos leitores.
Ainda hoje não consigo deixar de me sentir surpreendida com o número de pessoas que aqui vêm. Não sendo eu conhecida nem seguindo regras, etiquetas, géneros e frequentemente tendendo para o politicamente incorrecto, espanta-me que tantos de vós me procurem. Mesmo sabendo pouco de mim e, creio, nunca sabendo bem ao que vêm.
Contudo, no outro dia, Leitor assíduo a quem desde já agradeço a diária simpatia, enviava um mail para familiares e amigos, comigo em conhecimento, com um link para o que eu tinha escrito e dizendo que o Um Jeito Manso caminhava para os dois milhões de visitas. E acrescentava que esperava bem que eu, nesse dia, não me esquecesse dos leitores.
Caro Eugénio, nunca me esqueço dos meus leitores e hoje, em particular, como vê estou a pensar nas suas palavras sempre tão simpáticas. Por isso, o post de hoje é para si e para todos os leitores que, aí desse lado, fizeram com que os dois milhões de visitas tivessem sido ultrapassados.
Acresce que, quando perguntei ao meu marido como achava ele que eu assinalasse os 2.000.000, respondeu a mesma coisa que há cerca de dois anos: dá-te a conhecer melhor.
Como sempre a minha primeira reacção foi: nem pensar. Mas depois ocorreu-me devolver-lhe de novo o desafio -- que me fotografasse ele.
Aceitou a ideia com prazer. Claro que, como estão a ver, nunca me desoculto completamente. A minha posição mantém-se: não me interessa promover-me.
Mas se quero mostrar o meu agradecimento pela vossa companhia, acho natural que vos dê ainda um pouco mais de mim. Por isso, aqui vos mostro algumas das fotografias que ele me fez. Agora que as selecciono para aqui as incluir, rejeito ainda algumas das que ele escolheu. Ele acha que não dá para ver quem sou mas eu olho e reconheço-me. Portanto, no último minuto rejeitei algumas das que ele mais gostou.
E, como ele achava que os leitores queriam conhecer-me melhor, lembrei-me também de lhe pedir que me entrevistasse.
Contudo, isso, então, foi uma festa. As tentativas que fizemos... nem dá para acreditar. Aliás, na maior parte das vezes, desatei a rir e não consegui nem passar daí. Começámos num dia em que vínhamos de carro. Ele já estava passado. A cada pergunta que ele me fazia, mal eu ia responder, desatava na risota e não conseguia atinar. Ele já pedia: 'Esquece.'
Então, no fim de semana, fomos para a beira do rio, para o Ginjal dos meus encantos, e tentei concentrar-me. Só que, entre as tentativa goradas por ele ter feito perguntas inconvenientes que me deixavam perdida de riso ou aquelas em que ele achava que as perguntas eram inocentes mas em que as fazia como se estivesse a falar com uma criança, deixando-me também perdida de riso, o tempo foi passando e ele ficando cada vez mais impaciente.
Claro que eu poderia ter aprendido a fazer edição, corta e cola, entre as várias gravações, escolhendo os melhores bocados de cada uma. Mas não tenho paciência para me pôr a aprender essas artes. Portanto, agora vi-me aflita para escolher uma das versões. Esta que aqui vos deixo ainda é capaz de ser aquela em que a coisa corre melhorzinho. Não liguem a alguns pontapés na gramática (ex: 'as situações pelas quais vivi...' -- acho que ia dizer 'pelas quais passei' mas saíu-me assim, credo). Penso que os posso atribuir à maluqueira da iniciativa. É que, não sei se estão bem a ver, mas ele, para ajudar à festa, não queria estar ali naquilo, os dois sentados nas pedras à beira-rio, eu de telemóvel em punho a gravar a conversa e a sistematicamente interromper para ver se a coisa corria melhor da próxima.
Claro que as imagens estão tortas, tremidas, etc, e pela tão dramática falta de qualidade vos peço desculpa, mas o objectivo não é tanto o filme, claro, mas a conversa.
Depois, apeteceu-me ser eu a entrevistá-lo a ele. Pior um pouco. Não queria. Depois, a cada pergunta que lhe fazia, ele recusava-se a responder, achava que a pergunta não lembrava ao diabo. Aqui fica a versão que me parece mais recomendável embora, como poderão ouvir, também não tem ponta por onde se pegue pois a verdade é que, talvez pela parvoíce da ideia, as perguntas me saíam, de facto, completamente 'ao lado'. Aliás, tantas foram, ao todo, as tentativas que, aqui, repito temas que já tinham sido objecto de conversa. Além disso, como esta foi feita em casa, não sabia o que filmar. Por isso, filmei o tapete de Arraiolos que tínhamos aos pés, obra minha do período pré-UJM. Uma tremideira que até parece que vamos em alto mar.
Resumindo: relevem a má qualidade do produto final e não fiquem a pensar que sou ainda mais maluca do que sou na realidade. É que a intenção até era boa, acreditem...
Um dia destes, volto à carga e talvez saia uma entrevista a preceito. Nessa altura, venho aqui e troco.
E se vos agradeço a todos a vossa presença aí desse lado, desta vez o meu agradecimento maior vai para ele por sempre me apoiar e acarinhar ao longo das minhas caminhadas, incluindo nesta aqui no Um Jeito Manso (mesmo quando não concorda, não aprecia, não compreende ou me acha excessiva). Obrigada do fundo do coração, amore mio.
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Esta, Caros Leitores do Um Jeito Manso, sou eu.
Aceitou a ideia com prazer. Claro que, como estão a ver, nunca me desoculto completamente. A minha posição mantém-se: não me interessa promover-me.
Mas se quero mostrar o meu agradecimento pela vossa companhia, acho natural que vos dê ainda um pouco mais de mim. Por isso, aqui vos mostro algumas das fotografias que ele me fez. Agora que as selecciono para aqui as incluir, rejeito ainda algumas das que ele escolheu. Ele acha que não dá para ver quem sou mas eu olho e reconheço-me. Portanto, no último minuto rejeitei algumas das que ele mais gostou.
E, como ele achava que os leitores queriam conhecer-me melhor, lembrei-me também de lhe pedir que me entrevistasse.
Contudo, isso, então, foi uma festa. As tentativas que fizemos... nem dá para acreditar. Aliás, na maior parte das vezes, desatei a rir e não consegui nem passar daí. Começámos num dia em que vínhamos de carro. Ele já estava passado. A cada pergunta que ele me fazia, mal eu ia responder, desatava na risota e não conseguia atinar. Ele já pedia: 'Esquece.'
Então, no fim de semana, fomos para a beira do rio, para o Ginjal dos meus encantos, e tentei concentrar-me. Só que, entre as tentativa goradas por ele ter feito perguntas inconvenientes que me deixavam perdida de riso ou aquelas em que ele achava que as perguntas eram inocentes mas em que as fazia como se estivesse a falar com uma criança, deixando-me também perdida de riso, o tempo foi passando e ele ficando cada vez mais impaciente.
Claro que eu poderia ter aprendido a fazer edição, corta e cola, entre as várias gravações, escolhendo os melhores bocados de cada uma. Mas não tenho paciência para me pôr a aprender essas artes. Portanto, agora vi-me aflita para escolher uma das versões. Esta que aqui vos deixo ainda é capaz de ser aquela em que a coisa corre melhorzinho. Não liguem a alguns pontapés na gramática (ex: 'as situações pelas quais vivi...' -- acho que ia dizer 'pelas quais passei' mas saíu-me assim, credo). Penso que os posso atribuir à maluqueira da iniciativa. É que, não sei se estão bem a ver, mas ele, para ajudar à festa, não queria estar ali naquilo, os dois sentados nas pedras à beira-rio, eu de telemóvel em punho a gravar a conversa e a sistematicamente interromper para ver se a coisa corria melhor da próxima.
Claro que as imagens estão tortas, tremidas, etc, e pela tão dramática falta de qualidade vos peço desculpa, mas o objectivo não é tanto o filme, claro, mas a conversa.
Depois, apeteceu-me ser eu a entrevistá-lo a ele. Pior um pouco. Não queria. Depois, a cada pergunta que lhe fazia, ele recusava-se a responder, achava que a pergunta não lembrava ao diabo. Aqui fica a versão que me parece mais recomendável embora, como poderão ouvir, também não tem ponta por onde se pegue pois a verdade é que, talvez pela parvoíce da ideia, as perguntas me saíam, de facto, completamente 'ao lado'. Aliás, tantas foram, ao todo, as tentativas que, aqui, repito temas que já tinham sido objecto de conversa. Além disso, como esta foi feita em casa, não sabia o que filmar. Por isso, filmei o tapete de Arraiolos que tínhamos aos pés, obra minha do período pré-UJM. Uma tremideira que até parece que vamos em alto mar.
Resumindo: relevem a má qualidade do produto final e não fiquem a pensar que sou ainda mais maluca do que sou na realidade. É que a intenção até era boa, acreditem...
Um dia destes, volto à carga e talvez saia uma entrevista a preceito. Nessa altura, venho aqui e troco.
Mas uma coisa é certa: apesar de tudo, divertimo-nos imenso. Mesmo agora, ao escolher e ao voltar a ouvir tanta palermice, fartei-me de rir (e ele, embora muito menos efusivamente que eu, também).
E se vos agradeço a todos a vossa presença aí desse lado, desta vez o meu agradecimento maior vai para ele por sempre me apoiar e acarinhar ao longo das minhas caminhadas, incluindo nesta aqui no Um Jeito Manso (mesmo quando não concorda, não aprecia, não compreende ou me acha excessiva). Obrigada do fundo do coração, amore mio.
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Esta, Caros Leitores do Um Jeito Manso, sou eu.
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Espero que continuem a gostar de aqui vir.
Um abraço a todos.
Muito obrigada.
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Espero que continuem a gostar de aqui vir.
Um abraço a todos.
Muito obrigada.
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Muitos parabéns e obrigada por nos dar a conhecer um pouco mais de si
ResponderEliminarGosto muito de vir aqui
um abraço
Gabriela
O que já me ri aqui com vocês... :-)
ResponderEliminarParabéns, é uma 'avózinha' muito fresca e com bom ar.
E o seu marido deve ser um tipo muito charmoso e bem disposto.
Que bom serem um casal assim.
Obrigada
L.
Parabéns Jeitinho.
ResponderEliminarParabéns também ao maridão.
Tambem tenho o gosto pela noite a desoras. Este é um tempo só meu, depois da canseira do dia de hoje, da alegria de casa cheia e da arrumação de fim de festa, aqui assim descanso.
Gostei das suas entrevistas, mas curiosamente acho que já a conhecia. Imagino, contudo a sua voz diferente, como é natural na gravação.
Aqui, já o tenho dito, encontro muitas vezes ajuda, na sua companhia e pelos seus relatos de vida.
Continue a presentear-nos com as suas palavras.
Um beijinho e votos de uma boa semana.
Olá UJM!
ResponderEliminarParabéns pelo seu blog , pelos seus textos , pela sua lucidez, pela sua paciência, pela sua tenacidade, pela luz que irradia, por TUDO !
Joaquim Castilho
Olá UJM,
ResponderEliminarGostei muito de a ouvir. Tenho sempre um certo receio em conhecer mais quem conheço apenas na minha cabeça, com medo que a santa tenha pés de barro, mas quase sempre descubro que afinal a santa tem pés de gente e as unhas pintadas a cor de vida.
Bjs para si e para o seu marido, porque a paciência que ele tem para os seus vícios é também paciência que ele tem para connosco. Rita
Olá:
ResponderEliminarFaço parte do número dos seus visitantes
e muitas vezes silenciosamente.
Mas quando me levanto, já viciada, venho
ver o que inseriu.
Gostei de ver os seus vídeos.
A sua voz parece ser de uma pessoa
muito jovem.Surpreendeu-me.
É um blogue feito com paixão e mtº.bom.
Os meus cumprimentos e parabéns.
Irene Alves
Parabéns pelo número redondo dois milhões é obra...
ResponderEliminarIncluo-me nesse número, embora nem sempre consiga comentar,
adoro vir aqui beber informação sobre leituras e ene coisas
que me agradam imenso.
Continue a privilegiar-nos com a sua escrita.
Adorei ouvir as entrevistas, imagino-vos um casal maravilhoso!
Livros a mais?? Não!
Desejo Muitos Sucessos para si e toda a Família.
Lia
Parabéns, UJM!
ResponderEliminarEu cá venho diariamente fazer uma visita para ler ver e ouvir aquilo que gosto.
E olhe que eu, sendo um rapaz sexagenário, também andei pelos tapetes de Arraiolos (tenho cerca de uma dezena no meu activo), mas depois deixei porque privava-me de dar as minhas passeatas que me fazem muito bem! Ando a ver se apanho coragem para voltar a eles, mas por enquanto cá ando a tratar do meu quintal, leio meia dúzia de blogs para andar informado, dou os meus passeios e brinco com os netos...
Desejo-lhe muitos anos de vida junto de quem gosta!
UC
Parabéns.
ResponderEliminarMai nova que eu. Fico inbejosa. E os chapéus? Tou que nem posso!!!
Abraço
PS. Para o ano que a fasquia suba.
Olá
ResponderEliminarGostei muito de os ouvir. A UJM é muito bem disposta, como aliás se nota no modo como escreve.E parabéns pelos milhões.
Beijinhos
Parabéns pelos 2.000.000, pela jovialidade.
ResponderEliminarContinue com essa perseverança e aproveite o apoio do seu marido porque ele finge que a Tá é exagerada mas tudo isto também lhe dá um certo gozo.
Felicidades para si e para todos os seus por muitos anos.
Abraços
Caríssima UJM
ResponderEliminarMuitos parabéns pelos 2.000.000 de visitas e pelo que escreve.
Tudo de bom para si e família
Boa noite e um abraço
HB
A Todos,
ResponderEliminarMil vezes obrigada.
E às Leitoras que perceberam que o meu marido é charmoso, um dia destes a ver se sou eu que o fotografo e o entrevisto não a propósito do blog mas dele mesmo. Poderão ver que não se enganaram...
E agradeço a vossa simpatia e a vossa presença aí desse lado. Espero que vão gostando e que, por vezes se aborrecerem comigo, relevem e voltem de novo pois pode ser que me cure.
Um big abraço a todos!!!
PS: Não são uma graça os meus chapéus...? Love, love, love hats.
Posso?
ResponderEliminarAinda posso?
Olhe se não puder... paciência
Parabéns
Beijinhos
e um presente
http://bestanimations.com/Nature/Flora/Daisies/spinning-daisy-gif.gif
GG
ah esqueci de dizer
ResponderEliminartambém tenho chapéus e para a troca que se quiser
GG
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Cara UJM
ResponderEliminarDepois da estadia pascal no Reino Maravilhoso,e desligada da net por opção, hoje fiquei surpreendia com a sua revelação, mas eu já a conheço pelo que escreve. Sou visita diária, já muito antiga, porque gosto muito do que escreve. Escreve bem, sobre os mais variados assuntos que me interessam, diverte-me, faz-me pensar, faz-me bem! Para mim continuará a ser UJM.
Parabéns!
E tenha dias muito felizes!
Um abraço amigo da
Leanor
Leanor!!!!!! Que bom saber de si!
ResponderEliminarNem imagina como fiquei contente de a saber por aí. Há tanto tempo... Volta e meia pensava no que seria feito de si. Bom saber que está bem.
E espero que com os seus tudo esteja também na maior.
Gracias, Leanor. Um big abraço.
Dias felizes para si!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Parabéns pelos 2.000.000!!!
ResponderEliminarContinuo a ler o que escreve, sempre com prazer.
Um abraço
MCP
Parabens. Atrasados, mas sinceros
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