Quis ir ver o mar. Dia de chuva, vento e frio. Mas acordei com esta ideia: queria ver o mar. Pensei que talvez conseguisse caminhar cá em cima, vendo a rebentação. Que não, impossível. E eu que sim, que talvez. Que não dava, nem daria para abrir o chapéu-de-chuva. Que talvez desse. Que íamos ficar encharcados. Que não, que também não estava assim tão mau.
Lá chegados, ninguém, só nós. Logo: claro que mais nenhum maluco se lembrou de vir para aqui num dia destes. Não respondi. De facto. Uma ventania. Não se conseguia ter o chapéu de chuva aberto. Muito frio. O mar nem assim tão mau. Mas impossível. Quase sem se conseguir andar. Meia dúzia de passos, meia dúzia de fotografias.
Mas a alma lavada. A necessidade de ver o mar (quase) satisfeita.
Poema de Sophia do livro Mar
Maria Bethânia interpreta Poema Azul
Ode ao Mar, Pablo Neruda, na voz de Tomás Galindo
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Acordei com a mesma vontade,amo chuva e amo o mar! Delícia para navegar nos sentimentos raros que nos fazem acreditar que o hoje tem um porque para ser.
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