terça-feira, novembro 08, 2016

Volta e meia precisava tanto de uma demãozita de photoshop...
[E, de bónus, A Canção do DRH]


Eu conto. 

Mais ninguém na família e arredores tira fotografias. Eu tiro. Se não for eu a registar os momentos, o mais que fazem é pegar no telemóvel e disparar. Portanto, há fotografias de toda a gente e poucas minhas.

Volta e meia o meu marido fotografa-me. 

Mas há uma coisa. Desde há algum tempo vê mal ao perto. No entanto, só leva os óculos quando vai trabalhar. Caso contrário tem-nos na mesa de cabeceira para ler. Ou seja, quando me fotografa, geralmente não tem os óculos por perto ou, se os tem, não está para se dar ao trabalho de ir buscá-los.

Resumindo. Grande parte das fotografias fica desfocada. 

Quando um dos netos foi baptizado, como eu estava ocupada, foi ele que fotografou parte da 'cena'. Resultado: grande parte das fotografias desfocada. A minha filha goza que se farta e imita o pai a afastar a máquina, a franzir os olhos e, trás, a fazer fotografias desfocadas.

Claro que ele desvaloriza e diz que até os grandes fotógrafos desperdiçam montes de fotografias -- para se aproveitar uma, tiram mil. Pronto, ficamos assim, não vale a pena.

Mas isto para dizer que, se nem em ver bem ele se preocupa, muito menos se preocupa em apanhar os melhores ângulos ou dar atenção a aspectos relacionados com a roupa e com o cabelo.

Quando vejo as fotografias que me tirou, frequentemente fico passada: 'então não viste que a blusa estava completamente mal arranjada?' ou 'bolas, não podias ter dito para eu ajeitar o cabelo?'. Diz que não reparou e que está bem assim.

Não vale a pena. É escusado.

Como tenho poucas fotografias minhas e parte delas não me favorece já pensei em recorrer a photoshop.

Já pensei até em enviar ao James Fridman, que é mestre nessa arte -- mas tendo muito cuidado com o pedido pois ele é especialista em levar à letra o que lhe pedem. As suas obras são de antologia. E nem quero pensar o que ele me poderia fazer. Portanto, assim como assim, fico com as obras não retocadas.

Tão bom como o que ele faz é o que ele escreve, ao dar por concluído o seu trabalho.

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Bem.

Para que os meus Leitores mais compenetrados não fiquem a achar que gastaram o dinheiro no bilhete e que, afinal, não houve espectáculo, aqui está, para vos compensar, uma música muito assisada, um hit, um futuro clássico, algo que deveis cantar e dançar quando na presença do director de RH da vossa empresa.

A canção do DRH (ie, Director de Recursos Humanos)




Extracto de "Frère animal", um romance musical por Arnaud Cathrine e Florent Marchet 

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E tenham, meus Caros Leitores, um dia glorioso.

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2 comentários:

  1. Mas faz alguma diferença ter o casaco torto ou estar um pouco despenteada? Dizia um colega meu que ver as nossa fotos más 20 anos depois é que é. Vamos achá-las bonitas; portanto, nada de as atirar fora. É problema que quase não tenho, reduzo-as ao estritamente necessário. É certo, depois nem sei como era. Mas sabermos como éramos e já não somos, vale o que vale.

    Como eu compreendo o seu marido. Tem boa vontade, gosta de a fotografar.

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  2. Olá de novo bea,

    E as que eu lhe tiro a ele, ao meu marido...? Lindo, lindo. Tenho cuidado, foco-o bem, enquadro-o bem, escolho os melhores ângulos. Lindo.

    E eu desfocada, desarranjada.

    Já viu? Até parece que ele é mal empregado para mim. E tudo culpa da falta de cuidado dele. Não é justo, não é.

    Uma bela noite, bea!

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