O ambiente mediático está contaminado com o Orçamento de Estado 2017 e com as lágrimas e suspiros* das viúvas pafianas que, desorientadas, já não sabem o que dizem. Manda a prudência que só se meta a ser mentiroso quem tenha inteligência para sustentar as aldrabices e boa memória para não se auto-desmascarar. Não são essas as características dos ainda seguidores dessa descabelada ideologia que deu forma ao saudoso PàF: não se lhes conhece nem inteligência nem boa memória nem moral. Nem sequer vergonha na cara.
Quer Passos Coelho, o destituído que de bom só se lhe conhece a vocação para abrir portas, quer a biscateira Maria Luís Arrow Swap Albuquerque, o sorridente joker Montenegro, o nóia-catraio que acha que consegue passar por comentador isento ou um ou dois eternos jotas-mentais, quer, do outro lado, a putativa Sexy Cristas, candidata a jet-seteira, e mais um ou outro discípulos do irrevogável Portas (que, como sempre, teve a esperteza de se pôr ao fresco) por aí andam, como galinhas sem cabeça, a correrem de um lado para o outro, cacarejando arrazoados sem nexo. Mentem, ensaiam sound bites pueris, distorcem a realidade, tentam reescrever a história, esforçam-se por ser engraçadinhos e enfeitam-se com fitinhas cor-de-rosa mas, todos, a cada coisa que dizem, mais a gente lhes vê o raciocínio cariado e a moral esburacada.
A economia em Portugal continua anémica, não há investimento. É verdade -- mas nada disso é de estranhar já que não há dinheiro que se veja em Portugal, quase não há empresários endinheirados, e a banca foi deixada, pela súcia pafiana, como se sabe (por fora parecia razoável mas, por dentro, uma desgraça, o underware roto e sujo). A única maneira de ultrapassar isto é atrair investimento estrangeiro. Mas não é virem comprar o que existe (muitas vezes com crédito na banca nacional), levar os centros de decisão para fora. Não. É o contrário: é vir dinheiro de fora para construir fábricas, é instalar centros de inovação, centros de serviços: ou seja, é injectar desenvolvimento na economia, é criar postos de trabalho, é criar condições para exportar. Mas isso não se consegue em meses. Pode levar anos. Há que procurar oportunidades, trabalhá-las, criar condições a vários níveis, transmitir confiança (... e mostrar que há estabilidade fiscal) -- ou seja, requer um trabalho continuado para dar frutos.
Portanto, virem agora os infelizes psd's e cds's mostrar-se ofendidos com alguns dos novos impostos indirectos ou dizer que a economia não cresceu muito só mostra os ignorantes que são. Ignorantes e descarados. Durante quatro anos não fizeram outra coisa senão napalmizar tudo em que tocaram e agora, armados em chico-espertos, sacodem a água do capote e criticam os que, apesar de terem chegado há tão pouco tempo, já estão a ser capazes de fazer alguma coisa de jeito.
Mas, enfim, não me alongo e passo aos vídeos de Luís Vargas que esses são auto-explicativos.
Os anos da perseguição fiscal
Eu sei o que fizeste na legislatura passada.
Pedro Passos Cambalhotas Coelho
Em 2011, Passos preferia impostos indirectos em alternativa ao directos. Em 2016, numa cambalhota despudorada, os indirectos são agora injustos. Passos é basicamente um político sem qualquer orientação política. Qual catavento, dirá sempre o que lhe parecer mediaticamente mais favorável.
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(Usar, neste contexto e a propósito destes artistas pimba o título em português de um grande filme de Ingmar Bergman é quase como atirar pérolas a porcos mas, enfim, foi o que me ocorreu e agora não me apetece mudar.)
As imagens provêm do blog Rói Ossos.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma semana muito feliz a começar já por esta segunda-feira.
Saúde, sorte, alegria e amor para todos -- é o que vos desejo.
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Acho que se está a fazer um esforço honesto, com compromissos políticos que merecem respeito, para que o País continue, devagar, mas solidamente, a tentar conseguir sair do pântano a que foi atirado durante o governos dos tratantes Passos/Portas/Gaspar/Albuquerque. Os compromissos que o permitiram, entre os Partidos envolvidos nas negociações deste OE e que constituem a base de apoio do actual governo são louváveis. É certo que este OE não é o do PS, do BE e da CDU, mas é o que foi possível conseguir entre todos. Não será, longe disso, o melhor, mas é bem melhor do que aqueles do passado recente, ao tempo da tal maioria sinistra PSD/CDS. Sem querer ser ingénuo, acredito que devagar lá sairemos do marasmo em que nos deixou Passos Coelho (e esse outro que tal, Portas). Que as hienas da Direita resmunguem, que é para o lado que durmo melhor!
ResponderEliminarP.Rufino