Homero na Expo - uma odisseia

Não li e duvido que alguma vez leia a Odisseia de fio a pavio, devagar, com muito cuidado, estudando e reestudando, pensando, repensando - e chegando ao fim com a sensação de dever cumprido. Não atingirei, pois, os requisitos mínimos. Manter-me-ei no nível quase zero da literacia. E, como agora se fiz: na boa, sem stress.

Cada vez mais me convenço de que, muito provavelmente, até ao fim dos meus dias me manterei mentalmente indisciplinada como tenho sido até agora. É que antes ainda encarava algumas das minhas atitudes como defeitos que, um dia, haveria de corrigir. Agora não, agora acho que não deverei usar os meus dias para me forçar ao que quer que seja. Faço aquilo que me apetece sem pretensões a moldar-me à imagem de outros, sejam eles quais forem.

A nível de leituras, nunca fui certinha e cada vez o sou menos. Portanto, voltando à Odisseia: quando me apetecer, abri-la-ei ao acaso, se não me agradar folhearei até que um ou outro verso me agarre e me leve pela página fora, depois fecharei os olhos, e assim até que me canse (ou por me parecer que já chega ou por gostar demais).

No entanto, ela vem ter comigo das mais diversas maneiras. Ainda hoje.

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E, depois, mais à frente, um outro Ulisses pedalava pela avenida enquanto se penteava, talvez indo ao encontro da sua Penélope

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Para todos os gostos. 

EX ITHACA CUM AMORE Oδύσσεια 

(FROM ITHACA WITH LOVE THE ODYSSEY)

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Os painéis de azulejos são, como deu para ver, de Leonel Moura

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A ver se esta noite ainda consigo publicar um outro post, no qual contarei a história do elefante grandão e da estaca, estaquinha. E não é uma história para crianças, não.

Contudo, dado que este sábado foi um dia dos valentes (com encontros imediatos de terceiro grau -- mas isso ainda tenho que decidir se conto ou não) e que apenas cheguei a casa para cima das quinhentas, pode acontecer que apenas consiga publicá-lo no domingo de manhã. Uma mulher não é de ferro.

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