sexta-feira, abril 22, 2016

Catroga mete "cunha" para ser negociador de Costa.
Vende empresas, vende o País, se necessário vende a família, vende o que for preciso
-- desde que ele ganhe o dele e, provavelmente, desde que, em cima, ainda receba umas pratas*, umas porcelanas, uns cabazes -- talvez até um chapéu
(vidé os índios da Porta dos Fundos)


Catroga no momento em que fala a Costa sobre um eventual papel de "negociador", esta quarta-feira na cerimónia da EDP  |  ANDRÉ KOSTERS/LUSA

Podia ser anedota mas não é. Na fotografia Catroga insinua-se, oferece-se. Bem o conheço. Aliás, o País bem o conhece. Amigo do Cavaco, ex-ministro PSD, vendilhão do templo, de qualquer templo. Um dia que alguém lhe percorra os meandros do CV perceberá as habilidades da criatura. Onde fareja dinheiro, aí aparece a velha ratazana. Depois pode dizer que não, que não fez, que não disse. Pois, pois. Já o topamos. Gente desta dá mau nome aos portugueses. Se lhe cheira a meter empenhos, a negociar uns entendimentos, a ganhar uns trocos, aí ele até se arrepia por antecipação, ui, que bom. Pruridos? Ora, ora. 

Transcrevo do DN (e merece transcrição integral):

Catroga mete "cunha" para ser negociador de Costa


"Se você precisar de mim para dar aí alguns entendimentos eu disponho-me a isso", disse o antigo ministro a António Costa em cerimónia da EDP


António Costa esteve esta quarta-feira na sessão 'Prémios EDP Solidária 2016', onde agradeceu à empresa por suportar maior fatura devido à tarifa social da energia. Após a cerimónia, no Museu da Eletricidade, em Lisboa, o primeiro-ministro foi acompanhado na saída por várias das personalidades que marcaram presença na ocasião, nomeadamente Eduardo Catroga, que é atualmente o presidente do conselho geral da EDP.

Catroga, que já foi ministro das Finanças do PSD e assumiu o papel de "negociador" do partido nas conversações com a troika para definir o memorando de entendimento do último resgate financeiro, não quis limitar-se a conversar com Costa sobre as matérias que dizem respeito à EDP.

Sublinhando que os acionistas da empresa gostariam de falar com o primeiro-ministro, foi ainda mais solícito e, abraçado a António Costa, disponibilizou-se para, mais uma vez, servir de "negociador ". O momento foi apanhado pelas câmaras da SIC: "Se você precisar de mim para dar aí alguns entendimentos eu disponho-me a isso". Costa tentou escapar, percebendo que estava a ser filmado, e deu apenas resposta de circunstância, anuindo. E Catroga voltou à carga: "Porque eu tenho essa visão da política, que não é partidária", dizia, tentando meter uma "cunha" ao PM.

Sem se alongar, Costa continuou a dizer apenas "muito bem, sim senhor", e seguiu o seu caminho. Resta saber se irá aceitar a proposta do antigo ministro.


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Poderão dizer que sou uma ingénua, uma parva, que o combustível que faz mover o mundo é o dinheiro e mais a gente que não se importa de nele sujar as mãos. Pois. E eu não sei disso? Sei, sei muito bem. Agora não consigo é aceitar isto como banal, não consigo ficar calada, não consigo compactuar. Posso até ser prejudicada que não me importo. Nas tintas. 
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Esta de este Catroga andar sempre disponível para, a troco de cinco réis de mel coado, vender o que for preciso até me dá vontade de aqui incluir o último vídeo da Porta dos Fundos.


Colonizado


Conta a lenda que, há pouco mais de 500 anos atrás, o índio Apuã era ótimo na caça, na pesca, nas pinturas, nas batalhas de passinhos indígenas, mas péssimo em negociações. Um dia, Pedro, um português safado, querendo fazer um troca-troca de mercadorias, chamou exatamente Apuã para fechar negócio e se livrar de suas quinquilharias. Pedro propôs Apuã trocar 8,5 milhões de km² por espelhos e tecidos. O restante da lenda é meio confuso, surreal e escroto, não vale a pena continuar, afinal faz muito tempo e não tem mais nada a ver. 

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De outra notícia do DN, (Catroga desdramatiza recebimento de prendas no Natal), transcrevo:

(...) No seu depoimento ao tribunal, Eduardo Catroga afirmou que ao longo dos 40 anos em que exerceu funções de responsabilidade na área de gestão empresarial sempre recebeu prendas.

"Era uma prática usual sobretudo no Natal, e de vez em quando na Páscoa, oferecer e receber algumas prendas de fornecedores, clientes e bancos", referiu, acrescentando que, "malcriadamente", nunca agradeceu uma prenda, porque considerava isso um ato normal.

Questionado pelo advogado de José Penedos sobre o tipo de prendas que recebia, Catroga disse que se tratavam de artigos de consumo e decorativos, desde livros, caixas de vinhos, peças de prata e de cerâmica, cabazes de Natal e às vezes produtos das próprias empresas.

Apesar de admitir que quando era ministro das Finanças, a sala da sua residência ficava cheia de "montinhos de prendas", e após ter saído do Governo, "as prendas já cabiam debaixo da árvore de Natal", Catroga disse que nunca interpretou isso como uma tentativa de condicionamento.(...)
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma sexta-feira muito feliz.

4 comentários:

  1. Este Avô Cantigas é um pedaço de asco! Aqui há tempos tive a desagradável situação de o ter perto da minha mesa de restaurante num jantar. Fez-me azia aquela proximidade.
    P.Rufino

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  2. É um velho asqueroso este Catroga. Não sei como ainda o chamam para determinados lugares. Cambada de imbecis é o que é.
    L.

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  3. GG, P. Rufino e L,

    Catroga é um arteiro, pedaço de asco, asqueroso.

    Boa?!

    Um abraço aos três!

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