segunda-feira, julho 13, 2015

Depois de um dia feliz in heaven: moda para quem pode, maquilhagem com muita pinta e onde é que se deve aplicar o perfume - temas em contra-corrente (... isto enquanto assisto, pela televisão, à humilhação da Grécia)


Estive o domingo inteiro in heaven, um dia bom, bom, bom, dia de casa cheia, dia de algazarra, brincadeira, mesa grande, sol e alegria.

A menina mais linda, sempre graciosa,
mesmo quando anda a apanhar pinhas
Não é o homem do saco mas o meu filho
a recolher pinhas e ramos secos para levar
para casa dele
(seguido pelos sobrinhos e pela filha)


O ex-bebé, sempre um intrépido aventureiro,
aqui no meio do matagal
(que está mesmo a precisar que para lá vamos apará-lo)
O bebé já está um grandão,
esperto que só visto, falador, despachado
(aqui a abrir a porta para ir para a rua,
enquanto o primo mais velho monta uma mula saltitona)

Os três rapazes a afiar paus no chão para os transformar em instrumentos de caça
(ideia do meu filho, claro), sob a supervisão da minha filha.


Para rematar o dia, lembrámo-nos de, na vinda, parar nos bombeiros da terra para ver se havia caracóis. Mas não, tinham-se acabado. Recomendaram-nos uma tasca junto a uma bomba de gasolina. Escusado será dizer que estava lá uma dúzia de pessoas postas em sossego quando entrou a turbamulta. Não vale a pena ter ilusões: é gente ruidosa mesmo. Bastam as crianças (que parece que andam sempre esfaimadas, logo a porem-se a encontrar lugar, cada uma a trepar para sua cadeira, prontas para a amesendação) para que a desestabilização comece. Mas houve que juntar várias vezes, um reboliço total ali armado. Entretanto, os comensais viram que havia não apenas caracóis mas toda a espécie de petiscos: choco frito, queixada, molhinhos. E vá de vir tudo para a mesa e mais torradas e mais bebidas e vá de vir mais e mais. 'Tenho que me alimentar, não é, Tá?', perguntava o mais crescido que estava ao meu lado. Os outros nem isso diziam, focados que estavam nos caracóis, no choco frito, na carninha e demais petiscos. Remataram com gelados. As pessoas que nos cercavam, e entretanto chegaram mais, em vez de conversarem uns com os outros ou verem a televisão que estava ligada, não tiravam os olhos daquele grupo ruidoso e animado, uma gente que comia como se não houvesse amanhã.

No meio daquilo, o meu filho disse, 'Vá, mãe, hoje podes. Atira-te ao osso'. Disse que não, que ideia, mas eles insistiram e eu, que sou doida por roer ossos, acabei mesmo por pegar numa queixada e comer a carninha escondida nos recantos. A minha filha, toda divertida, tirou-me uma fotografia e, sabendo como embirro com o exibicionismo do facebook, gozou: 'Vai já para o Face. Esta é a minha mãe a quem devo muito e tal e coisa, um texto todo muito sensível'. E enviou a fotografia para a minha mãe dizendo qualquer coisa como 'Olha as figuras da tua menina'. E cada um gozou para seu lado. O meu marido disse: 'Põe no blog: Não queriam tanto ver como é que eu sou? Olhem, cá estou, a lambona que aqui vêem'. Não quero saber, soube-me mesmo bem. A seguir, foi o meu filho, meio às escondidas. Quem sai aos seus, não degenera. Também se pela por roer ossos - e lá ficou mais uma queixada toda limpa. 

Resumindo: a bem dizer, estou a milhas de tudo o que se passa pelo mundo. Agora, a sopa já feita, algumas coisas já arrumadas, um breve cochilo no sofá, estive aqui a dar uma volta pelos jornais e a ouvir um bocado de televisão.

A humilhação da Grécia continua e só ouço falar em hipóteses escabrosas. Tudo doido. Cambada. Mais valia que a Grécia pedisse para sair do euro, sair pelo seu próprio pé, ou seja, pedisse um tempo e apoio para mandar catar toda a cambada de anormais que desgoverna esta Europa armada em aristocrata cagona.



Enfim. Como fazer a transição de um dia da maior animação in heaven para as altas esferas europeias em que parece que pensam com os pés, é duro demais, se me permitem vou antes, mostrar coisas que não têm nada a ver. Sou assim, uma alienada.


1. Onde é que uma mulher deve aplicar aquelas gotas sagradas de perfume para que dure o dia inteiro?


Apenas in between como Marilyn Monroe, devota do Chanel Nº5


Não, senhor. O esquema abaixo, explicita quais os lugares que melhor recebem e guardam a essência.






2. Dolce&Gabbana Make up: Alta Moda Fall/Winter 2015

 



3. Não é de agora mas não é coisa que passe de moda -- Alta Moda: Dolce and Gabbana's Haute Couture in Capri 


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E agora vou pensar se escrevo alguma coisa sobre aquilo a que estou a assistir sobre a Grécia ou se me deixe disso.

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