Com o dia que tive, não consegui ouvir, ver ou ler o que foi apresentado pelo PS. Apenas vi agora de raspão nas notícias o João Tiago Silveira que foi a pessoas escolhida pelo PS para o momento de grande visibilidade mediática.
E neste momento começo a vê-lo na TVI com o Paulo Magalhães. Fala bem e o discurso é articulado (como não poderia deixar de ser), é convincente, as propostas são boas, fazem sentido.
Mas, ó senhores do PS, ele já de si tem aquela voz de betinho que não me parece a mais indicado para credibilizar uma proposta que se queira impor ao País -- mas aquele cabelinho...? Não pode ser... tenham dó.
Pode ser normal num escritório de advogados ou numa universidade. Mas como porta-voz de um partido da oposição que se queira fazer respeitar no País, ou o PS escolhe alguém, homem e mulher, que tenha, de alto a baixo, um aspecto mais comum, mais gente normal, ou a coisa estraga-se logo na imagem.
Não faz sentido colocar à frente das câmaras de televisão ou das objectivas dos fotógrafos alguém cuja imagem nos distrai do que diz. Deverá ser alguém carismático mas minimamente sóbrio no aspecto. Não assim, quase só faltou fazer totós...!
Estou a ouvi-lo: fala da área da Saúde, fala bem. Mas com esta voz de betinho, este sorriso de menino bem, este cabelinho obnóxio.... será que os operários, as cozinheiras, os jovens desempregados, os agricultores, pescadores, os reformados, gente quadrada como eu e etc, o levam muito a sério?
Tenho dúvidas, mas é que tenho mesmo muitas dúvidas. O PS ainda não terá ouvido dizer que a imagem conta...?
E já nem quero falar na evidente falta de jeitinho que Ferro Rodrigues tem nos debates com o Passos na Assembleia da República. Levar ao tapete o Passos Coelho com um sopro deveria ser brincadeira de crianças. Mas não, a tropa fandanga da coligação sai de lá sempre a rir. E as noticias mostram sempre aquelas tiradas (sérias, honestas, bem intencionadas) do Ferro Rodrigues mas que se prestam a segundas leituras se extirpadas do contexto.
António Costa, se quer soltar as amarras e partir para uma maioria absoluta ouça o que lhe digo: não sacrifique a qualidade, não sacrifique a honestidade intelectual, a lealdade, o carácter mas, por favor, arranje uma equipa que impressione favoravelmente o País. Rodeie-se de homens e mulheres que falem alto e bom som, com clareza, com sentido de modernidade, com visão humanista, etc, etc, mas, please, please, que tenham bom ar, que sejam claros na voz e no raciocínio, e se vistam e penteiem com sobriedade. E que tenham carisma, caraças, que as pessoas lhes fixem a cara, a voz, as ideias. Será assim tão difícil...? Façam um casting, senhores.
Este rapaz mais o seu penteado vai a membro de governo PS. Auguro-lhe esse futuro!
ResponderEliminarQuanto a maiorias, aqui discordo de si, minha estimada UJM. Espero que o PS não a tenha. E que a dita coligação apanhe no toitiço. Acho que ambas as coisas vão acontecer. Fartei-me de maiorias. Tendem a resvalar ou conviver, tarde ou cedo com alguma arrogância.
Quanto ao programa do PS, sendo substancialmente melhor do que esta destruição levada a cabo pelo governo, está ainda longe de me entusiasmar.
Ainda ontem ouvia Bagão Félix a laborar no mesmo erro que muitos do PS para já nem falar do governo, sobre termos de seguir o que nos diz o tal “Tratado Orçamental”. Sobre esta matéria subscrevo inteiramente o que Viriato Soromenho-Marques refere, no seu livro ”Portugal na queda da Europa”, aliás uma excelente obra, embora discorde da “cura” que propõe, o tal Federalismo: “…Portugal e os outros países resgatados assinaram o TO com a pistola da bancarrota apontada à cabeça. Em vez do princípio da atribuição, assistimos a um princípio de coacção, que só faria sentido em países em estado de guerra, entre vencedores e vencidos, e não entre Estados amigos onde impera o primado da Lei. Economicamente, o TO condena a Europa ao colapso…etc.” Ora, o PS não põe em causa o TO, ao que sei. Nem tão pouco a prática do BCE, de apoiar a banca privada em vez de ajudar, com juros baixos, os países da zona Euro em dificuldades, pois o dinheiro que o financia vem do bolso dos Estados e contribuintes da Zona euro.
P.Rufino
Gostei de ouvir o Joao Tiago Silveira . Falou muito bem e tem boa presença. Parece que a inteligência não vem do cabelo que por sinal até tem bom... Acho mais ridículo um careca deixar crescer as ridículas falripas e colá -las no alto da cabeça tipo capacho... Conheço um...
ResponderEliminarEsse teve o cuidado, um dia, após a queda de um cavalo, de as cortar, ou melhor, de aceitar que lhe as tivessem cortado, para o operarem á cabeça. Coitado. Mas, bom tipo! Quanto ao tal JTS, tem futuro político. Ao que parece. Vamos lá ver o que os eleitores vão decidir sobre o PS. À volta, ou à esquerda, também o horizonte não parece brilhante, pelo que, quem sabe, Costa, com jeito e boas propostas e credibilidade, consiga o que muitos duvidam hoje, a tal maioria absoluta. Até Setembro/Outubro, muita coisa pode, ainda, mudar. O que para já parece longínquo, a tal maioria absoluta, pode deixar de o ser, nessa altura. A ver vamos.
ResponderEliminarP.Rufino