sexta-feira, fevereiro 27, 2015

António Costa, que ainda está na fase dos baby steps, já conseguiu espalhar-se ao comprido, armando-se em pupilo do Cavaco e do Passos para chinês ver. Não correu bem, definitivamente não. A ver se atina para a gente não ter que se zangar, ó seu Costa!


No post mais abaixo temos o momento diário de humor no Um Jeito Manso: anedotas e graçolas sobre velhinhos - e, por amor da santa..., nada contra velhinhos, tomara que todos cheguemos a velhinhos larocas, bem dispostos e bem humorados. 

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, tenho que me virar para o PS. Tenho pena mas tem que ser.

Numa altura em que 

  • o Governo leva tareia de todo o lado, com Bruxelas a puxar orelhas de toda a espécie: ele é a pobreza que tem sido desprezada, ele é o salário mínimo a alastrar como uma mancha de óleo nojenta, ele é o desemprego que não dá mostras de abrandar; 

  • e em que os médicos não param de demitir-se deixando os hospitais entregues ao caos em que o Macedo os colocou, 
  • e os alunos ficam retidos no mesmo nível para além do que é normal noutros países, 
  • e o investimento se encontra paralisado, e a economia apresenta um crescimento anémico, quase nada, abaixo do esperado,
  • e não se descortina alguma coisa de boa,

o António Costa, naquele encontro com os chineses, arranjou maneira de dizer uma pateguice tão despropositada que todo mundo se esquece da desgraça em que está o País para se entregar à discussão do que ele disse ou deixou de dizer.


Vem agora dizer que foi uma questão de defender o interesse do País face a investidores estrangeiros. Pois que o fizesse sem parecer estar a gabar a actual política governativa. Foi um tiro no pé e daqueles que deixa os seus potenciais apoiantes de pé atrás com medo da pontaria dele.

A Leitora JV, que é impetuosa e exprime os seus pontos de vista com uma energia transbordante, deixou-me um comentário sobre esta gaffe do António Costa (que espero bem que tenha sido episódio único) que passo a transcrever:
A UJM pergunta: "o ajustamento imposto a Portugal pelo Governo PSD/CDS com o apoio da Troika não era um sucesso do catano? Não éramos o bom aluno em que todos deviam pôr os olhos?" 
O António Costa responde: sim, sim, estamos muito melhor! http://expresso.sapo.pt/a-frase-de-costa-que-a-direita-aplaude-portugal-esta-melhor-que-ha-quatro-anos=f912386  
Pode vir o Pedro Santos Guerreiro (http://leitor.expresso.pt/#library/expressodiario/25-02-2015/caderno-1/opiniao/o-melhor-esta-sempre-para-vir) dizer que é uma questão de comunicação, que António Costa se referia apenas ao investimento direto estrangeiro, mas eu que sou leiga, nunca ouvi falar na "crise do investimento direto estrangeiro", apesar de precisarmos dele como de pão para a boca, assim como nunca ouvi falar na "crise do aumento do preço do passe" apesar de ele ter aumentado bastante, por isso, quando AC fala em "vencer a crise", entendo que é a crise em geral.
Não era AC que dizia que "se pensarmos como a direita pensa, acabamos a governar como a direita governou. A mudança necessária exige ruptura com a actual maioria e a sua política", dizendo que a austeridade não era para ser discutida em termos de ritmo ou dose, mas de oposição frontal (a citada "rutura")? Não foi assim que ele se demarcou do Seguro? 
Este governo não deixou ao cabo de 3 anos e tal o país num estado pior? Eu acho que sim e julgava que AC também. Se estamos melhor, se o caminho a seguir é o que tem sido seguido por este governo, se já vencemos a crise, para quê votar no PS nas próximas legislativas? Para quê mudar de Governo?  
Falhas de comunicação são sinal de muita confusãozinha na cabeça. Por que é que AC não dizia que agradecíamos aos amigos chineses pelo contributo numa fase difícil e que eles tinham feito bem em apostar em Portugal, pois teriam com certeza o seu retorno, até porque se avizinha uma mudança no panorama português com as legislativas, aproximando-nos cada vez mais da fase da retoma? Sei lá, qualquer coisa assim... agora dizer que vencemos a crise...

Concordo com as palavras da JV. 

Já com as isenções de taxas ao Benfica parece que também há para aí qualquer coisa - que ainda não percebi bem. Mas, do que ouvi à Helena Roseta, a coisa também não me agradou.



Ainda falta algum tempo para as eleições, é certo. E não é morte de homem, também é certo. Mas há um caminho a percorrer. Se o António Costa tem mais imprecisões ou vacilos destes então desde já lhe digo que a coisa não augura nada de muito bom. A ver se atina. 

..

E desçam, por favor, para as anedotas.

..

4 comentários:

  1. Antonio Costa não me inspira, não me dá segurança, não sei bem porque, é o que sinto neste momento. Desejo muito que ele vença as eleições e votarei convictamente, uma vez que outra alternativa não há, e as forças tem que se unir e não distribuir, quero é que esta escumalha que nos desgoverna desapareça, desta vez para sempre.

    Receio que AC não tenha estofo para PM, numa situação delicada do Pais como esta, espero que arranje uma boa equipa, e alguns "braços direitos" de ferro que não o façam desistir, e muito menos curvar-se perante os abutres alemães!

    Falta sal à politica do PS neste momento, esta tudo um pouco insonso, ao estilo do ex secretário geral do PS, Seguro. Confio que mudará na hora certa. A ver vamos.

    Sei lá, talvez faltem Mulheres na política!


    Continuação de boa noite, UJM!

    V

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  2. Não podia estar mais de acordo com o comentário anterior.

    BFS

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  3. umas com pujança financeira (ou não) e outras a pedir para pagar o básico (saiu hoje) - https://dre.pt/application/file/66602969

    Bob marley

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  4. Bom comentário. AC revelou-se afinal, como disse num anterior comntario, um saco de vento. Estas suas ultimas declarações são lamentáveis e um cheque ao governo, que agradece e até a amioria já sobe nas sondagens (este povo é patético!). Devia ter deixado a presidência da câmara e dedicar-se a fazer oposição a sério e não com chavões vagos, como "temos de por a economia a crescer"!
    Este PS é um desastre, nem ideologia, nem um plano, nem um programa. Que país este entegue a este governo e esta oposição!
    P.Rufino

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