Na Casa dos Desgovernos, Teresa Guilherme chama ao confessionário Paula Teixeira da Cruz.
- Paulinha, filha, então como tem passado?
- Bem…
- Bem? Não me parece...
- Bem… Tem razão: bem, bem não será. Alguns transtornos.
- Transtornos? Não me diga que esteve com o TPM, querida.
- O que é isso, Teresinha…?
- Ó filha, não me diga que não sabe… Toda a gente sabe o que é o TPM, querida. Ora veja lá se adivinha, puxe lá pela cabecinha.
- Ai Teresinha, como é que quer que eu adivinhe uma coisa dessas… TPM… TPM... Totó do Primeiro Ministro…? Não me faça rir, Teresinha. Está-me a perguntar se eu estive com o Totó do Primeiro Ministro…? Ai Teresinha, não seja assim, tão mazinha.
- Não, filha! Transtorno Pré-Menstrual, filha.
- Ai Teresinha, que ideia. Não, nada disso. Estive foi com alguns transtornos na salsicha.
- Credo, filha! Repita lá! Na salsicha...?!
- Sim, Teresinha, na chamada salsicha jurídica.
- Jurídica? Salsicha jurídica...? Ai filha, essa eu nunca lhe tinha ouvido chamar.
- Ai Teresinha, sempre a pensar no mesmo: sexo, sexo, sexo.
- Ai filha, que assim ainda mais ajuda a dar mau nome às louras, filha. E não era para revelar já o seu segredo… Ai, todos tão burrinhos. Vá-se lá embora, querida. Para que é que já foi falar na sua salsicha? Ai, cabecinha oca... Olhe, querida, quer mandar beijinhos?
- Quero, Teresinha! Beijinhos para os senhores juízes, para os senhores advogados, para os réus, para as testemunhas, para todos, todos tão amigos dos seus amigos, e quero pedir desculpa pelos transtornos que a minha salsicha jurídica tem causado. nunca pensei que ela fosse engrossar tanto, juro, juro, Teresinha, nunca pensei, juro pela saúde do meu laparoto de estimação.
- Vá lá, filha, vá lá. E chame o Nuno.
Teresa Guilherme com Nuno Crato no confessionário
- Então Nuno, conte-me coisas.
- Sim, Teresa, diga lá o que quer que lhe conte. Mas antes deixe que lhe diga que está uma brasa, esse vestido fica-lhe a matar. Olhe, aqui só para nós, se a apanhasse à mão de semear, papava-a toda. E o babete capaz de até dar jeito.
- Credo, filho, que me deixa sem jeito. Papanços são dentro da casa e é para se despacharem que a gente quer é cenas que dêem canal. Mas só o vejo a engonhar. A ver se passa à acção, ouviu?
- Ouvi, Teresa, mas com quem?
- Ai isso eu não sei, com qualquer uma ou qualquer um. Olhe, não gosta da Paulinha...? Mas já lá chegamos. Agora vamos começar pelo principio. Então, conte-me coisas: como é que tem passado?
- Bem, Teresa, sempre na maior. Sabe como é…
- Sei filho…? Não sei. Conte lá…
- Já sabe que eu sou um engatatão, ninguém escapa ao meu mamar doce.
- Alto! Pára tudo!
- Então, Teresa, o que foi…?
- Mamar doce? Conte, conte, que estou a gostar. Quem, quando, onde? Conte-me tudo. Não me poupe aos pormenores sórdidos. Tudo!
- Espere aí, Teresa, em que é que já está a pensar?
- Eu, querido? Eu, nada. Você é que disse.
- Era uma maneira de dizer, Teresa, não sei bem o que aquilo quer dizer mas sua-me bem.
- Não é sua-me, querido, é soa-me.
- Se a Teresa o diz. Mas então, o que eu queria dizer e que já comecei a fazer lóbio.- Lóbio? Mas o que é isso, Nuno? Eduquês?
- Fazer lóbio é facilitar, lubrificar, não sei se está ver, Teresa.- Não querido, não estou a ver. Conte lá: quem é que você lubrificou?
- Mandei uma boneca com cara de Avoila ao Nogueira, mandei uma bandelete ao Santana Castilho, mandei alpista para os papagaios da televisão e, a títalo simbológico, mandei uma chamada salsicha educativa ao Fiolhais.
- Credo, filho! A títalo? Simbológico? Cruzes. E ao Fiolhais?! Ao Carlos Fiolhais? Uma salsicha? Mandou uma salsicha ao Fiolhais?
- Esse mesmo. Mandei a mando da Voz mas mandei entregar em mão. Em mão, não. Pela goela abaixo, a ver se o gajo e os outros todos se calam com essa gaita da investigação e da avaliação e de andarem sempre a pegar no meu pé, que já nem os posso ouvir. Chiça! Cambada de pica-miolos!
- Ai, filho, que você é mesmo mauzinho.
- Não sou nada mauzinho, Teresa, a salsicha era pequenina. Já era antes mas, nas minhas mãos, ainda mirrou mais.
- Mas mesmo assim, e mesmo que seja missão ditada pela Voz, você é mauzinho. Andar a maltratar o pobre do Fiolhais e os outros cientistas, investigadores, professores com salsichas educativas, por muito mirradas que sejam, é ser mauzinho, ó Nuno.
- Não sou mauzinho, sou é maoista.
- Maoista, querido? Mas disse isso aqui....?! Esse não era o seu segredo? Ai, credo, que burrinho me saíu, todos tão burrinhos, parece que foram escolhidos a dedo, credo. Olhe, quer mandar beijinhos, filho?
- Não, Teresa, que eu sou muito macho, só mando caneladas e encontrões, por minha vontade mandava era implodir esta merda toda. E preciso é de me despachar daqui porque parece que a Voz quer que eu vá aumentar o tamanho de algumas salsichas para as mandar entregar não sei bem onde, parece que é ao Palácio das Laranjeiras e ao de Belém.
- Ai, credo, filho, diga mas é à Voz para ir ao psicanalista. Que é que se terá passado com ele, no passado, para andar com essa pancada das salsichas e de aumentar salsichas, credo? Ele devia era tratar-se,
- Está bem, Teresa, vou já e eu digo-lhe que a Teresa disse para ele ir a um médico de tarados.
- Não disse bem isso, mas isso também agora não interessa para nada, diga o que quiser, querido. Até amanhã. Dê lá beijinhos aos seus colegas da Casa. E vá mas é consolar a Paulinha que me apareceu aqui quase a chorar, a queixar-se de transtornos na salsicha.
- Está bem, Teresa, vou ver se a meto no citius.
- Vá lá, filho, vá, Beijinhos!
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E, já agora, se falamos em aumentar salsichas, em Passos Coelho ou na Casa dos Segredos, let's Think Dirty
(Marty Feldman e a Hot Dog lady - Sexy, Funny, Saucy)
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E, assim sendo, desçam até ao post a seguir, meus Caros, que já aqui abaixo poderão espreitar pelo buraco da fechadura e assistir à sessão de psicanálise da Voz (digo, do putativo barítono Passos Coelho). Vamos ver de onde lhe apareceu esta da salsicha.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira
- e, de preferência, sem trombas de água que é para não culparem o António Costa
(mesmo que as ruas alagadas sejam as as Caldas da Rainha ou do Porto)
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Magistral!
ResponderEliminarP.Rufino
EH PÁ...Fosse este o guião da barraca dos segredos,aqui estava 1 fiel seguidor deste intervalo de completo esvaziar de raciocínio,que se exige a qualquer mente que ainda resiste e pensa !!!Se me permite,vou agora expressar um voto de desconfiança!Em quem???? A EX COLEGA DO BARROSO,COM QUEM COME E BEM...pelo anafado corpinho (muito bem), ANA DRAGO? não!ANA AVOILA? não!Não adivinham??? Podia ser a Ana bola...não é! ANA GOMES...CARAGO! Fiquei esclarecido,ácerca da idoneidade dos atuais jornaleiros da antena 1 que se devia reger pelo rigor e isenção! Qual quê...O sr MAICEDO,que devia ,mesmo tardiamente ,radiar com classe,brindou-nos com o seu companheiro,Luis SOARES,no cOnselho superior,com um momento de tempo de antena do a(tóninho)zito seguro,quando a pergunta era sobre a lavagem do rabinho do LÁPARO,cheio de maximatose!!! Oh ana,todo o crédito que arranjaste á custa do sr GUTERRES FOICE...Refiro-me á questão de TIMOR...META-SE COM OS SUBMARINOS,HÁ-DE LÁ HAVER MARINHEIROS JOVENS CARENTES DE CONSELHOS,E NÃO SÓ...
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