quinta-feira, agosto 14, 2014

Quando a diferença entre Rentes e Bentes é muito mais do que uma simples letra - ou de como um Quarteto que pede Meças feriu a susceptibilidade de uma benta senhora que sentiu 'repelência' pela 'esbórnia' de quatro folgazões



Sou leitora assídua do Tempo Contado, a barca capitaneada por J. Rentes de Carvalho. Por motivos vários admiro o autor e, por motivos óbvios, admiro o que escreve.


Ecléctico, acutilante e oportuno, pontiagudo nos reparos, animado na verve, perfeito na escrita, J. Rentes de Carvalho introduz uma vivacidade no seu blogue que permite que nunca nos vamos maçados do que ali encontramos.

Ontem transcreveu um excerto de um texto no qual relatou um animado, quase picaresco, encontro entre quatro folgazões: deu-lhe o nome de Quarteto. De tal forma achei piada (e pensei: os homens tendem a ser explícitos nas descrições que envolvem sexo) que resolvi escrever, de volta, um 'quase quarteto' em que, em contraponto, fui implícita na historieta que inventei. Mas eu sou coisa nenhuma quando comparada com ele e, na maior das ligeirezas, desato a escrever sem cuidados - pelo que o que eu escrevi nem sequer é para aqui chamado. Tive vontade, isso sim, por simpatia, de lhe fazer uma referência mas, depois de pensar, não lhe dediquei o texto porque seria ousadia e porque ele merece melhor e, também, porque, aos olhos de alguns, poderia até parecer que estava como que a querer pôr-me em bicos de pés. Mas ilustrei o texto com um fotógrafo que tive conhecimento através dele. Não tendo escrito nenhuma dedicatória, na minha cabeça era óbvio que o texto tinha nascido da leitura do Quarteto. Não me ocorreu ficar escandalizada com a 'esbórnia' ali contada, que ideia, e, muito menos, jamais me ocorreria vir para aqui ser insultuosa e despropositada, pondo até em causa a qualidade literária da escrita de J. Rentes de Carvalho.


No entanto, para meu espanto e pela leitura do seu post de hoje, fiquei a saber que uma Senhora de quem eu nunca tinha ouvido falar, Margarida Bentes Penedo de seu nome, se tinha dado ao trabalho de o insultar e, com enorme desfaçatez, escrever palavras desagradáveis, despropositadas. Poderia ter-se limitado a dizer que tinha ficado chocada com o tema ou com algumas palavras. Mas não, extravasou, e, ao fazê-lo, espalhou-se.

Confesso: fiquei pasmada com o que ela escreveu. Claro que cada um é livre de escrever o que muito bem lhe apetece no seu próprio espaço mas a verdade é que há qualquer coisa de pequenino em opiniões assim expressas. Uma pessoa lê e fica incomodada.

Já lá escrevi, no Gremlin Literário, o que achava das palavras e do gesto dela. Mas quero aqui, neste meu canto, deixar uma palavra de apreço por J. Rentes de Carvalho e pela sua escrita e, ainda, de apreço  pela superioridade (e nobreza) do seu gesto, convidando os seus Leitores a compartilhar a opinião da benta Senhora Bentes.


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1 comentário:

  1. Eu também fiquei pasmada.
    Eu também lhe deixei um comentário bento e manso.
    Eu também sou admiradora e seguidora do Rentes de Carvalho.
    E não pude deixar de aqui deixar um comentário.

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