Há bocado, ao ouvir as notícias, o meu marido dizia 'Estes gajos, realmente, estão a conseguir dar cabo disto tudo'.
Na televisão a reportagem falava da acentuada quebra de natalidade que se tem vindo a verificar nestes últimos anos.
A natalidade em Portugal está agora aos níveis de 1900. Este ano regista-se uma quebra de 10% até Setembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Entrevistavam algumas mulheres (... como se ter filhos fosse coisa só de mães... mas, enfim, esse não é agora o tema) e todas falavam da imprevisibilidade que é o futuro, da falta de esperança, de segurança, de futuro.
Uma senhora, que não reparei quem era, falava nas jovens que emigram e lá têm os filhos pois é lá que têm emprego, têm melhores apoios, têm melhores ordenados.
Há ainda os que eram imigrantes e que agora regressaram aos países de origem.
Tudo junto leva a um quadro que, se não for invertido, levará à catástrofe social.
É que um país só progride se tiver uma demografia equilibrada. Uma demografia equilibrada é a base sólida para o desenvolvimento económico, financeiro e social.
Quando a demografia se encontra em linha decrescente, o sistema de apoios sociais tende para o colapso.
Muitas vezes aqui o tenho dito: uma das maiores preocupações de qualquer governo que saiba o que é governar deveria fazer - mas com urgência e de forma aplicada e muito articulada (pois envolve acções em várias disciplinas) - era incentivar e apoiar a natalidade. Criar condições de toda a espécie para que voltem a haver nascimentos em Portugal a um ritmo que reponha uma curva equilibrada é vital para a sobrevivência do país enquanto nação soberana e democrática.
A não acontecer isso, todos nós, daqui por não muito tempo, não teremos pensões de reforma - mas é que nem com muito boa vontade.
A média de filhos por mulher que garante uma demografia saudável é de 2,1.
Em Portugal já está abaixo de 1,4!
Por isso daqui lanço um apelo a toda a gente em idade fértil: vá de fazer filhos (e de correr com este governo!) para ver se todos juntos ajudamos a construir um futuro agradável.
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Canção de embalar, José Afonso
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Antes de fazer filhos, convém correr com o governo e "esterilizar" a maioria.
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