Quem aqui me costuma ler já sabe a dificuldade que tenho para ver algum programa de televisão de seguida especialmente se no programa aparecerem protagonistas foleiros. Não é que eu os queira ver mas às vezes dava-me jeito ver um bocadinho para perceber a extensão da foleirice.
Hoje aconteceu-me isso (e não me estou a referir às vinte pessoas que ali estavam a fazer perguntas).
Por pouco não houve aqui uma pequena briga doméstica. Eu queria tirar uma fotografia a um artista que por ali se andava a pavonear e o meu marido, a cada dois segundos, fazia zapping e invectivava, não 'tou para ver este gajo!.
Mas, enfim, depois de muita luta lá consegui ver um bocado de seguida e tirar duas míseras fotografias.
Passos Coelho está na maior, nada lhe poderia ser mais favorável nesta altura do campeonato: as pessoas queixam-se e colocam perguntas - e ele, com aquela sua voz bem colocada, tom moralista, olhos compungidos, faz o número que fez para ganhar as eleições há dois anos. Dá razão às pessoas, percebe as dificuldades, diz umas lérias (e sempre a mesma conversa: estávamos na bancarrota, não há dinheiro, temos que fazer sacrifícios). E passa à pergunta seguinte. Ou seja, o ideal para ele: pode dizer as bacoradas que quiser que não há contraditório.
Fica a ideia que se sujeita a todas as perguntas e que responde a tudo.
Só que, não havendo contraditório, qualquer porcaria ou patranha que diga, com aquela sua voz de barítono, fica como a última palavra, irrebatível.
Ou seja, este programa de televisão é um barrete para épater le bourgeois.
Um provocador e um anormal! E é isto, esta caricatura de PM que nos governa. De forma cruel, desapiedada. Ainda hoje pude escutar, em duas ocasiões, uma numa tabacaria, outra numa farmácia, pessoas a queixarem-se desta situação, muitíssimo revoltadas, algumas a dizerem que seriam as futuras vítimas da TSU das Viúvas. Criticando e atacando Passos e Portas (essa feminina criatura da extrema-direita, juntamente com a Albuquerque). Estes tipos precisavam era de um Che-Guevara, alguém que lhes desse cabo do canastro! E depois todos a fugir para as off-shore, a ganir "caim-caim". Um bando de patifes. A sugar quem menos tem. Quem é mais pobre.
ResponderEliminarHoje sucederam-nos duas coisas, encontros entre amigos que já não se viam...desde a porra do inicio deste maldito governo e fez-me impressão ver a situação em que se encontravam, financeiramente. Gente boa, trabalhadora, na privada e agora a viver dificuldades inimaginaveis! a classe média aos poucos a desaparecer. Para pagar a um grupo de malfeitores - a Troika (ou, na versão efiminada, Triumvirato), com vista a que um dia este país fique um paraiso de investimento de baixo custo, submisso. Esta gente que nos governa é uma esterqueira! Ponto!
P.Rufino
O rapaz sentiu-se no Bairro Alto
ResponderEliminarSinceramente, "essa conversa da bancarrota"? Em que país vives tu?
ResponderEliminarInforma-te sobre as contas do estado, desde antes quando o Cavaco era primeiro ministro até ao Ingenheiro Sócrates. Se achas que o país tinha dinheiro antes deste governo precisas de voltar para a escola.
Ingenheiro?
ResponderEliminara desvantagem que tem comentar como anónimo, é que se um cromo comentar assim (que seja mais cromo do que eu), sou metido no mesmo saco.Isto por que já tardava neste blog ou deixou escapar.Mas o IP não engana-)))
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