Miguel Relvas, o expectável futuro ex-doutor, com a licenciatura a ir para investigação no Ministério Público, demite-se do Governo. Diz que não tinha força anímica (saberá ele o que isso quer dizer...?). Cai, portanto, o braço direito de Passos Coelho. A ver agora quem o vai substituir. Com o Tribunal Institucional à perna, sem plano B, aquele conselho de ministros que se antevê para o fim de semana deve ser uma coisa jeitosa...! Uma verdadeira macacada, cá para mim.

Saíu porque quis? Está bem, ó Relvas, a gente acredita mesmo em ti...

Saiu porque a bronca era grande demais para caber na gaveta do Crato. Muitas incoerências, muita rebaldaria dá o Crato a entender que foram encontradas no processo do Relvas. Parece que se licenciou com 4 exames e desses, azar!, nem todos foram feitos. Coisas do género: conversou com o professor sobre artigos do jornal e zás: aprovado. E diz agora o Crato à Ana Lourenço: houve muitas irregularidades, não foram só essas. A inspecção diz que assim não dá, que é coisa para o Tribunal Administrativo. 

Ou seja, com o processo da pseudo-licenciatura a ir para o Ministério Público, o que poderia o Relvas fazer? 

Esperar ser gozado de norte a sul, vai estudar ó relvas, vai estudar ó relvas...? Ouvir todos os dias todos os comentadores a dizerem na televisão que era um trambolho que Passos Coelho arrastava penosamente? Esperar que lhe anulem a licenciatura, tantas as trapalhadas, tanta a vergonha? 

Saíu porque não podia lá continuar. Tão simples como isto. Saíu in extremis quando perceberam, ele e o amigo, que a bronca ia estalar e ia dar cabo do resto de credibilidade do governo. 

E ainda vem gabar-se do que fez enquanto foi ministro... Coitado. O mal dos ignorantes é que não têm noção da sua ignorância. 

Depois de ter mandado fazer estudos e contra-estudos na RTP, lançado a confusão e ser obrigado a meter o rabo entre as pernas, o resultado é este: Relvas não fez nada. Felizmente.

Na TAP vendia e revendia, punha e dispunha e afinal só apareceu um, colombiano ou brasileiro ou polaco ou lá o que era, a concurso, um que não conseguiu provar que tinha dinheiro e que acabou por ser corrido. Resultado: Relvas não fez nada. Felizmente.

Fazia a reforma administrativa nas autarquias, reorganizava, fazia e desfazia. O que aconteceu? As autarquias ficaram na mesma, criou mais uns tachos incompreensíveis e só se meteu com os mais indefesos e menos onerosos: as freguesias. Resultado: o que fez, fez mal e, de resto, nada fez. Felizmente (não porque não precise de ser feito mas porque tudo o que ele fez, fez mal feito).

E fez ameaças as jornalistas, e vários foram corridos inexplicavelmente. E há aquele caso estranho com o seu amigo e colega de maçonaria, o ex-espião Jorge Silva Carvalho sobre quem recaem suspeitas desagradáveis.

E mais, e mais.

Ou seja: a passagem de Relvas pelo Governo de Passos Coelho foi um falhanço absoluto, uma nulidade. Foi dos ministros mais desclassificados que alguma vez passou por um Governo. Pior: foi uma anedota. Uma vergonha.

Saíu e saíu tarde. A bem dizer, nunca lá devia ter entrado. Mal dele? Não. Mal de quem o escolheu e de quem, apesar de tanta bronca, lá o manteve, ou seja, Passos Coelho.

O futuro ex-primeiro ministro e o já ex-ministro:
não me perguntem o que é que estão a fazer estes dois aqui, no meio desta macacada toda...

A ver agora quem o vai substituir. A ver se não é um ainda pior que ele. Com Passos Coelho tudo é de esperar.

Quanto ao Relvas, diz que vai ficar por aí. Quando o PSD sair do Governo é capaz de ir intermediar negócios angolanos ou brasileiros, ou, pelo menos, intermediá-los às claras. Até lá deve ir preparar as autárquicas para ver se não vai tudo ao ar. Coitado, como se ainda tivesse alguma credibilidade.

(Vocês ponham muitos pares de aspas à volta da palavra coitado, está bem?)

De resto, amanhã deve conhecer-se o resultado da apreciação do Tribunal Constitucional e deve ser giro ver o que aquelas baratas tontas vão fazer. Sem plano B, o Gaspar sem perceber nada de nada, Passos Coelho ainda pior, alguns ministros desertos para se porem a milhas e Paulo Portas com um pé fora e outro dentro, deve ser uma coisa jeitosa.

O Cavaco e a sua Maria já devem andar a Lexotans sem saber como sair desta sem terem que se maçar.

Assunto a seguir, portanto.

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Amanhã tenho que me levantar de madrugada, vou para fora, todo o santo dia em reuniões a norte, nem vou conseguir saber de nada destes carnavais. Nem sei se à noite vou conseguir escrever aqui alguma coisa ou se me deixo dormir quando aterrar no sofá.

Para o caso de já não conseguir aqui voltar hoje, despeço-me já.
Tenham, meus Caros Leitores, uma bela sexta-feira.
Nada de tristezas. Vamos mas é aproveitar para umas boas gargalhadas.

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Volto aqui apenas para dizer que, em maré de macacadas, hoje é dia de conversas malucas lá pelo Ginjal. Quando estou para aqui virada vou buscar a Adília Lopes. Não há como ela para dar cabo da cabeça a qualquer um com as coisas que diz. Seja como for, até me ri com as maluquices que escrevi. E, na música, a coisa também não podia ficar atrás. A cantora, no momento do clímax, faz uma pirueta em palco. Juro. 

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Divirtam-se, meus Caros. Isto está uma desgraça que mete dó mas, às vezes, é em momentos assim que as coisas começam a melhorar.