A ver se, lá no Ministério, os funcionários não confundem o Relvas com o camelo de serviço e - famintos e desesperados como devem andar - não o comem (qual camelo do Hollande)

As notícias dão conta de que Miguel Relvas ainda anda pelo Ministério como se fosse ministro. Mais estranho ainda que isso: aparentemente ainda é ministro. 

Dá para perceber?

Convocou uma conferência de imprensa, anunciou que se demitiu, um aparato, e afinal ainda lá anda como se nada se tivesse passado...

Será que isto é coisa dele que dali não sai, dali ninguém o tira até que lhe arranjem um lugarzinho maneiro?  

Ou não?

Será que Passos Coelho interpretou aquela boca dos 5 anos, em que Relvas disse alto e bom som que ao longo de 3 anos trabalhou para o pôr à frente do PSD e à frente do Governo, como uma ameaça e, piegas como é, ficou com medo?

Será que tem medo do que o Relvas vai fazer longe da sua vista e, por isso, o quer debaixo de olho?

Será que tem o Relvas ali preso, sequestrado?

Preso? Sequestrado? Debaixo de olho? What?!

Só espero é que os do ministério - depois destas cenas todas, do Crato a tripudiar do colega na televisão, de se saber que o Crato já andava a tratar do processo com o Passos há uma porção de tempo sem ele saber, de agora toda a gente ter ficado também a perceber que quem começou por escrever aquele maravilhoso discurso foi o Matos Correia, só trapalhadas e risadas, umas trás de outras - não tomem o Relvas por camelo e, com a redução de ordenados e aumento de impostos que já faz com que mal possam fazer face às despesas, não façam o mesmo que aquela família do Mali fez ao camelo que tinham oferecido ao Hollande: ou seja, não o comam...!

É que se isso acontecer, com a sanha e a tara cleptomaníaca de que consta que padece, ainda se vê Gaspar a correr com um osso do Relvas na mão, como aquele ladrão que tentou roubar o esqueleto do elefante oferecido pelo rei português D. Pedro II a Luís XIV.

(NB: Para não pensarem que endoidei de vez, podem conferir aqui)