E, então, os museus.
Gosto sempre de museus, sempre gostei, gosto do ambiente, gosto de ver objectos expostos, gosto de deslizar pelas salas e ver as outras pessoas que deslizam como eu, gosto de pensar que aqueles objectos foram feitos por pessoas que sobrevivem e nos sobreviverão através da sua obra.
Amesterdão respira arte.
Visitei apenas três museus, os quatro dias não deram para mais. Queria também ter visto a Casa de Anne Frank e não consegui. Mas não faz mal, quando gosto muito de um sítio gosto de ficar com motivos para lá voltar.
O primeiro museu que visitámos foi o Rijksmuseum. O site merece visita pois é muito completo e permite ver as obras expostas ouvindo esclarecimentos interessantes, como é o caso da pintura Nightwatch.
Por isso, mais do que mostrar-vos as obras que podem ser vistas no site, mostro-vos o ambiente, mostro-vos o ambiente tal como eu o senti.
Este é o museu onde se podem ver obras de Rembrandt, Frans Hals, Vermeer e outros. É um museu, tal como os demais, que transborda de vida. Dá gosto estar num museu assim, é o culto vivido em comunhão, é como estar numa missa.
Quando estou perto de obras que conheço de ver em livros ou em filmes fico ainda mais emocionada. Posso ver a técnica, posso perceber como resolveram os contornos, os volumes, deter-me com tempo a ver como conseguiram a luz e como sugeriram a sombra, como trataram os panejamentos, como desenharam as rugas nas mãos, a luz no olhar.
Vermeer é um dos mestres da luz: a forma como a luz incide nos rostos, nos objectos, nos brincos.
A leiteira que eu pensava ser um quadro de maiores dimensões, é, afinal, um pequeno quadro. Mas a perfeição, a perfeição, a perfeição sem tamanho.
Como sou um pouco míope (e não uso óculos senão para conduzir ou ver cinema) tenho que me aproximar para ver bem. Mas aproximo-me e fico tão próximo que só me apetece passar a mão e sentir a rugosidade da tinta sobre a tela.
Reparo agora que as mulheres e os homens retratados pelos pintores holandeses já pareciam felizes naquela altura, talvez seja, desde sempre, um povo feliz.
Rembrandt, que já antes eu tinha visto noutros lugares, está aqui, neste museu, em casa, e a sua obra, vista assim em conjunto, permite uma atenção mais detalhada às suas mais marcantes características, permite ver o cuidado virtuoso que tinha com cada pequeno pormenor e como, apesar do perfeccionismo, retratava com mestria a expressão de cada personagem e o ambiente em que se inseriam.
Como há sempre muitos grupos a visitarem estes museus e como estes grupos costumam trazer guias, deixo-me por vezes ficar por perto e vou ouvindo as explicações. Reparem na mão, reparem no rosto daquele que espreita, reparem na forma como a luz incide na prega do tecido. E ali estava um cão que foi depois apagado.
E eu vou ficando em estado de quase êxtase. Pode ser um pequeno quadro, pequeno mesmo, mas quanta vida naquelas cores, tanta vida naquela mão que toca o livro, tanta luz e tanto calor no veludo daquela capa.
A mão que acaricia o seio apertado pelo espartilho, o pudor da jovem alheia à multidão que a olha. Quanto sentimento nas expressões daqueles que um dia, há muitos anos, o pintor retratou.
Depois Vincent.
O museu Van Gogh está em reparação até Abril do ano que vem. As obras foram transpostas para o Hermitage Amsterdam. Este é um edifício maravilhoso de grandes janelas de onde se vê a rua, os canais, os barcos que passam nos canais.
Foi nesse belo museu que vi, pois, as pinturas de Vincent van Gogh.
Infelizmente aqui as fotografias são interditas. Fotografei a entrada e uma ou outra à revelia, tendo até sido admoestada numa das vezes.
Por isso, também aqui recomendo a visita do site.
Gosto muito, muito, de Van Gogh. As cores vibrantes, as texturas, a simplificação de motivos, o inesperado das perspectivas, tudo me encanta.
Neste museu existe uma outra exposição, a dos Impressionistas. O impressionismo é um dos movimentos que mais me agrada na pintura (e, portanto, delicio-me sempre no Musée d'Orsay em Paris).
Aqui é interessante ver a pintura de Gauguin depois de ver a de Van Gogh, sabendo-se que Gauguin chegou a viver em casa de Van Gogh e que tantas divergências artísticas e tantas discussões tiveram. E é interessante ver como pintores contemporâneos interpretaram o que os rodeava de formas tão distintas.
Mas sobre Van Gogh, Gauguin, Monet, Cézanne e outros, para meu desgosto, não poderei aqui mostrar mais pois as poucas fotografias que tenho ou estão tortas ou mal focadas.
A seguir um outro museu, fantástico, uma construção moderna, arrojada: o Stedelijk. Uma vez mais sugiro que visitem o site. O museu é enorme e merecem visitas quer as exposições temporárias quer, obviamente, a colecção permanente.
O movimento neste museu é incrível, é um entra e sai que só visto, as salas cheias de gente, uma animação extraordinária.
Se me sinto quase em êxtase perante a pintura de Rembrandt ou Vermeer, é, contudo, com a pintura moderna que mais me identifico. E este museu é todo ele moderno. Não são apenas as obras expostas: é também a forma como estão expostas, é a forma como as obras se agrupam e como as pessoas se relacionam com as obras.
Logo à entrada, uma pintura imprevista (e pouco favorecedora...) da Rainha Juliana prepara-nos para o que vai aparecer-nos daí para a frente.
Sendo um museu tão moderno, surpreende ver o elevado número de pessoas de mais idade. Esta é mesmo uma gente moderna.
Aqui as pessoas param, conversam demoradamente, olham, fotografam as obras expostas. Vivem a arte.
Se vos mostro agora todas estas fotografias (uma pequena parte das que fiz) é para que vejam que não exagero quando vos digo que, talvez como em nenhum outro lugar, eu vi tantas pessoas a conviverem tão de perto, com tanta naturalidade, com a arte. Novos, velhos, inválidos (vi várias pessoas em cadeiras de rodas), toda a gente vibra e dá mais vida às obras expostas.
Na fotografia acima não se percebe que aquela mancha de branco à volta da boca não é tinta branca mas, sim, uma luz que contorna os lábios. Mas reparem na quantidade de pessoas - e isto num dia útil.
Os bilhetes dos museus são caros, ou 15 ou 17.5 €. Mas, para o nível de vida holandês, isso não pesa. Contudo, o que se destaca é a informalidade e a habituação de toda esta gente ao convívio com a arte. E o convívio com a arte, já ontem o relembrei, transmite a sensação da paixão. E, portanto, é ver toda esta gente tão apaixonada, tão feliz...!
E há Chagall, o pintor do sonho, da magia, do amor romântico, várias maravilhosas e oníricas obras de Marc Chagall.
E há Picasso e o humor da sua pintura e dos títulos das suas obras, como esta mulher com chapéu em forma de peixe.
E há os retratos que parecem retratar os que passam e os olham.
E há os retratos que parecem olhar com suspeição os que os olham com suspeição.
E há os inesperados hologramas que se movimentam, que dançam numa coluna de vidro, pequenas figuras quase humanas que se transformam em luz e cor, quase tanta luz e cor como a do enorme quadro ali por trás.
E há os belos homens que fotografam as mulheres misteriosas das pinturas enquanto são fotografados por mulheres curiosas que gostam de observar os que observam.
E há as pinturas nas paredes que envolvem de cor e movimento as pessoas que ousam entrar em tão coloridos espaços.
Poderia ainda mostrar-vos as peças de mobiliário moderno, de design arrojado, ou instalações imprevistas, poderia mostrar-vos tantas coisas mais destes museus maravilhosos - mas sei lá se vocês ainda estão aí... às tantas já estão a dormir ou fartos de tanta conversa e tantas fotografias.
Por isso, fico-me por aqui. Se ainda aí estão, só posso desejar que tenham gostado.
Amanhã talvez vos mostre imagens dos canais, lindos, lindos nesta altura do ano.
**
E não me alongo mais. Tenham, meus Caros, um belo domingo!
Só sei que depois destes dois dias até eu estive em Amesterdão.
ResponderEliminarBoa e sentida reportagem.
Consigo Tá, é mesmo o é ou não é. Adoro a sua frontalidade e total exclusão de "cagancite".
Uma coisa é um pouco de vaidade que até assenta bem, outra é o fingimento e este a Tá não conhece mesmo.
Grande beijinho
Adorei esta visita guiada aos museus de Amesterdão! Não conhecia o Stedelijk Museum, e fiquei cheia de vontade de o visitar... (um dia). Também prefiro a arte contemporânea, sendo Chagall um dos meus pintores eleitos, mas a cor e o humor de outros, que nos mostrou, também me agradam.
ResponderEliminarTem razão: a arte provoca mesmo um estado de paixão ou, pelo menos, de enamoramento. Devíamos ir já a correr para um museu ou uma galeria! Na impossibilidade de o fazer, ler o seu blogue dá umas ideias e já ajuda. :)
Em Lisboa, destaco o Museu Berardo e o Museu do Design (Quanto ao Museu do Chiado, é instituição que não entendo. Não tem a respetiva coleção em exposição permanente, a loja é uma pobreza, está sempre às moscas.)
Gostei do passeio, aguardo agora o passeio pelos canais
Tenha um resto de bom domingo
Um beijinho
Olá,
ResponderEliminarAcabei de visitar estes museus lindíssimos de Amesterdão, através do seu doce olhar, tão natural, e com tantos conhecimentos que fiquei ainda mais a gostar de arte e a saber apreciá-la. Adorei esta sua mostra de fotos e os comentários (em rodapé) que fez em cada uma delas. Uma autêntica maravilha! Deliciei-me com esta sua observação "... os retratos que parecem olhar com suspeição os que os olham com suspeição"... e não é que a visitante fotografada é parecida com a lady retratada?... Que coincidência! A UJM estava lá com a sua máquina fotográfica e com toda a sua sensibilidade, no momento certo!
Parabéns, por estes posts belíssimos cheio de muita oportunidade, engenho e arte... A mim não me maça nada que os seus posts sejam grandes, pois quanto maiores forem mais me ensina.
Obrigada e bem haja por partilhar comigo tanto conhecimento.
Um beijinho grande
Que maratona cultural espantos, que resistência e que descrição soberba.
ResponderEliminarConfesso que nunca consegui visitar mais do que um museu por dia e lembro-me que só no Rijksmuseum estive 4,30 horas.
Abraço
Adorei o post.
ResponderEliminarGosto imenso de ver toda esta informalidade de quem observa.
E fico à espera dos próximos post.
Um beijinho e boa semana
Amiga:
ResponderEliminarPassei o dia a vaguear pelos Museus de Amesterdão, aqui e na Net.
Claro que ao vivo seria melhor. Mesmo assim, foi muito bom. Sinto-me bem dentro dos Museus. Acalma. E o que eu preciso de calma, meu Deus!
Ando completamente desfeita de nervos.
Já tremo quando o telefone toca.
Obrigada pela partilha.
Abraço grande
Mary
Olá Teresa-teté,
ResponderEliminarFico contente que me 'veja' assim. De facto é verdade. Não tenho 'peneiras' nenhumas, zero. Mas não tenho porque também não acho que tenha razões para ter. Acho que há milhões, biliões de pessoas muito, mas muito melhores que eu a todos os níveis pelo que ter cagancites porquê? Não é falsa modéstia, é sinceridade mesmo.
Gosto de partilhar o que sei e gosto de opinar e por isso aqui vou escrevendo isto. Não é para me vangloriar do que quer que seja até porque se há coisa de que tenho a certeza é de que é tudo tão efémero que alguém achar-se o maior do mundo só revela estupidez. Eu, pelo menos, penso assim.
Como acho Amesterdão uma cidade cheia de mundo e penso que há muitas pessoas que não conhecem e que, talvez assim, fiquem com uma ideia.
Obrigada pelas suas palavras amigas. Um beijinho, Teresa-Teté!
Olá Leitora de A Matéria dos Livros,
ResponderEliminarAquele Museu de arte moderna é uma alegria absoluta: é o espaço amplo, moderno, são as obras (e tem também mobiliário e objectos de design que fiquei com pena de não ter colocado no post, mas já estava tão comprido), é a vivacidade extraordinária daquela multidão que o visita, é tudo.
Espero que o consiga ir visitar um dia destes. Tem é que ser com uma companhia disponível para desfrutar. Quando lá estive há uns quantos anos, foi tudo tão diferente, parece que tão a correr que não foi possível a serenidade que nos permite reparar no ambiente geral mas, também, nos pormenores.
Concordo com o que diz dos nossos e, aos que gosta, junto-lhe a Gulbenkian, quer o CAM quer o edifício principal que também costuma boas exposições temporárias e que é, no conjunto, um espaço muito agradável.
Gosto muito do ambiente dos museus, galerias. E de jardins.
Obrigada pelas suas palavras, Leitora.
Um beijinho e uma boa semana para si.
Olá Maria Eduardo,
ResponderEliminarPois é, a senhora retratada parecia olhar de lado para a senhora que a olhava... e que parecidas que ela eram.
E a do retrato do senhor grisalho... era tal e qual o senhor grisalho que estava em frente, nem queira saber. Fiquei na dúvida se não eram a mesma pessoa. Que coisa!
O meu marido fica incomodadíssimo com a minha 'tara' pela fotografia, chama por mim, puxa-me e, com isso, impede-me muitas vezes de fotografar. Mas eu sou apaixonada por fotografia, estou a ver as coisas e a ver se é motivo para fotografar, se consigo ângulo sem apanhar as pessoas de frente pois gosto de captar a forma como agem ou a forma como ajudam a definir o ambiente (e não as pessoas em particular).
Uma fotógrafa de que gosto muito, a Annie Leibovitz escreveu que via a vida através da lente - e eu, salvo a devida distância, é quase a mesma coisa.
E, quando gosto muito de uma coisa, acho mal empregado estar lá e não fotografar. Acho que não teria gostado tanto de Amsterdam se não a tivesse captado em tantos pequenos apontamentos.
Depois vejo-me é aflita para ter tempo para ver as fotografias todas e para as escolher...
Obrigada pelo seu incentivo.
Um beijinho, Maria Eduardo!
Olá jrd,
ResponderEliminarFez-me rir...
Eu também não consigo mais do que um museu por dia e também preciso de os ver com tempo. No sábado fui à Biblioteca, no domingo ao Rijksmuseum, ao Van Gogh na segunda e ao Stedelijk na terça. Se tivesse comprimido mais, talvez tivesse tido tempo de ir ver a Casa da Anne Frank e um outro que me despertou curiosidade - há um museu com cópias das pinturas de Van Gogh e que é divulgado por toda a cidade. Estava com curiosidade, por graça.
Mas para isso teria que ter sacrificado o vagar com que percorri os outros, ou seja, não deu mesmo.
Fica para a próxima vez...
Um abraço, jrd.
Estimada UJM!
ResponderEliminarGostei muito de ler estes seus magníficos Post sobre Amesterdão. Descreve-nos e transmite-nos tanta coisa interessante e excelente dessa simpática, agradável e encantadora cidade, de gente bonita, civilizada, culta, afável, tranquila, que goza a vida com sereninade e alegria!
De algum modo, no meu caso, foi como que revisitar através da sua pena, muito do que vi, conheci e visitei.
UJM, permita-me que reitere: escreve e descreve magnificamente!
Amesterdão é uma cidade cativante, pois tem muito para oferecer, como aqui nos conta. Tem de tudo, ou quase tudo. Sim, é verdade, as tais velharias, antiquários, alfarrabistas, etc, etc e...Arte. E, como bem diz e reparou, as pessoas vivem e convivem com a arte. E, nesse capítulo, há muito, mas muito e de grande qualidade, para ver (e rever), como nos revela. Comungo igualmente das suas opiniões sobre esses grandes artistas, do Barroco aos Impressionistas e dos que se lhe seguiram, que aqui nos fala.
Também gosto e muito de visitar bons Museus e Galerias de Arte. E nunca me canso, sempre que a oportunidade se me oferece, de os revisitar.
Não me atreverei a acrescentar mais.
Foi um prazer ler o que aqui nos contou do que viu da sua visita a Amesterdão.
Fico agora à espera das suas excelentes “fotos” dos Canais!
Cordialidade,
P.Rufino
PS: quanto à Red Light Zone, aqui há uns 4 anos falava-se (contaram-me) que aquela zona da cidade iria ser objecto de um qualquer projecto de urbanização, mudando-se as “pequenas” para outro local da cidade. Mas, até ao momento, nada disso foi avante. Aquilo é um “must” de Amesterdão. Sem a Red Light Zone Amesterdão não seria bem a mesma coisa.
Olá Isabel,
ResponderEliminarSabe que os museus são tão 'abertos', há tanta gente, tão diversificada, tantas crianças, tantos jovens, tantos idosos, gente em cadeira de rodas, que tudo isso contribui para que o ambiente geral seja de informalidade, de contacto 'vivo' com a arte. Há muitas pessoas (e muitos miúdos) a fazerem reproduções ou a escreverem coisas, olhando para as obras.
Dá gosto andar ali. São as obras e é todo aquele ambiente. Gostaria de fazer um filme sobre as pessoas que vêem museus como estes pois é fantástico.
Obrigada, Isabel, e um beijinho!
Olá Mary,
ResponderEliminarFico muito contente por ter ajudado a distrai-la durante a tarde. Tento sempre que o que aqui escrevo sirva para distrair ou acrescentar alguma coisa junto de quem me lê.
Claro que, por vezes, a realidade é tão má que me vejo quase forçada a 'ir-me a eles'. Mas, de resto, gosto de pensar que seria bom se este cantinho fosse uma boa companhia.
De resto, Mary, tente descontrair, não pensar em coisas más. Tem dado aqueles passeiozinhos junto ao riacho? E os patinhos? Gostava de ter notícias sobre eles.
O ar livre limpa os maus pensamentos, Mary.
Desejo que esta semana seja mais leve e que sinta alguma tranquilidade.
Um beijinho, Mary!
Olá P. Rufino,
ResponderEliminarO convívio com a natureza, a vida saudável (e andar de bicicleta é uma coisa bem saudável), a proximidade com a arte, a irreverência... e, claro, um nível de vida confortável, contribuem e muito para o bem estar que se sente nesta cidade.
E a criatividade pujante que se vê nas numerosas galerias e lojas de design resulta disso.
Quanto à Red Light Zone é um must naquela cidade. É frequentada por potenciais clientes, por jovens bem dispostos e por turistas e é tal a naturalidade delas e tal a naturalidade de quem por ali anda - e as ruas estão cheias, cheias de gente - que não se olha para aquelas mulheres como se olha para as pobres mulheres que enchem as esquinas das cidades (e, em Lisboa, há tantas dessas esquinas) ou as que se encontram em algumas beiras de estrada.
Onde notei francas melhorias foi no consumo de erva. Há uns anos havia muitos jovens estendidos nos passeios, especialmente junto às coffee shops, geralmente estrangeiros. Agora não vi nada disso. Ainda bem.
De resto, só tenho a agradecer as suas palavras sempre tão generosas.
Muito obrigada e desejo-lhe, P. Rufino, uma bela semana!
Olá Jeitinho manso,
ResponderEliminarMuito obrigada por esta maravilhosa visita guiada ao mundo da pintura!
Não pense nunca que é maçadora, consegue sempre transmitir as suas impressões de uma forma viva, cativante, apaixonante.
É uma magnífica cicerone e eu senti-me mesmo a percorrer aquelas salas.
Adorei as suas fotos, especialmente aquelas do fotógrafo que apanha fotógrafo.
O Stedelijk é uma maravilha!
Já sei que não gosta muito de ficção científica, mas aquela foto do holograma fez-me lembrar a Princesa Leia no Star Wars, muito pequenina a pedir ajuda ao Hans Solo (Harrison Ford). Claro que ele a salvou! Lol
Agora venham os canais com as maravilhosas cores outonais!
Um beijinho.
Antonieta
Volto ainda só para acrescentar que reparei na semelhança do retrato do senhor grisalho com o visitante que estava em frente e que foi fotografado por si...há mesmo coisas!.. Parecia que estava a ver a sua imagem reflectida num espelho!... há ainda uma visitante de cabelos brancos que passa por um quadro com uma pintura parecida com ela...Não referi todos estes reparos no meu comentário anterior para não o tornar muito comprido, mas gostei imenso destas fotos e das coincidências capturadas por si.
ResponderEliminarDeve ser muito divertido para si ao abrir os comentários deparar-se com opiniões tão diversas dos seus Leitores... cada olhar sua perspectiva, cada cabeça sua sentença e cada coração sua batida.
Também gosto muito de fotografar, mas por vezes distraio-me e perco o meu marido de vista, outras vezes também sou arrastada por um braço, mas a foto fica na mesma,em movimento...
Desculpe mais este pequeno apontamento, foi só para confirmar que estou atenta ao seu trabalho excelente!
Um grande beijinho e obrigada.
Olá Maria Eduardo,
ResponderEliminarTem razão, é mesmo muito engraçado receber comentários tão diversos. Quase fico a conhecer mesmo quem os escreve. E dou por mim a imaginar quem escreve. Penso se seria capaz de reconhecer as pessoas se estivesse perto delas. Na manifestação de 15 de Setembro olhei para uma senhora e pensei que era uma leitora e, afinal, era mesmo.
É muito engraçado isto.
Quanto às fotografias, acho graça que também goste de fotografar. Eu sou demais. E aos meus netos? Acho-os tão lindos que só me apetece registar todos os momentos. É que crescem tão depressa que sinto que tenho quase a obrigação de guardar a memória destes sorrisos tão lindos e inocentes.
Muito obrigada pelas suas palavras.
Um beijinho, Maria Eduardo.
Olá Antonieta,
ResponderEliminarMuito obrigada. Escrever sobre aquilo de que se gosta é um prazer. Museus, pintura, ou livros, bibliotecas, etc, é para mim um prazer imenso, poderia escrever em contínuo...
Quanto a ficção científica... pois não, não gosto. Nem lhe pego. Nem vejo. O meu filho, quando era rapazito, deve ter visto os Star Wars umas mil vezes. Pois eu, vivendo na mesma casa, não vi uma única vez...
Mas aquela bailarina em holograma era uma coisa... dançava, meneava as ancas, parecia mesmo uma pessoazinha transparente, mutante, ali metida naquela coluna de vidro. E era uma coisa inesperada ali naquela grande sala, junto de uma enorme tela.
E eu de coisas assim, inesperadas, meio loucas, gosto.
Obrigada pelas suas palavras, Antonieta, e um beijinho.