sexta-feira, outubro 26, 2012

Ok, já que adivinharam, tenho mesmo que confessar: a cidade onde as pessoas parecem andar sempre bem dispostas é Amsterdão. Bicicletas, ar livre, um local repleto de água, criatividade, arte, informalidade, descontracção: estes são alguns dos aspectos marcantes desta terra habitada por gente feliz.


Hoje estava mesmo a querer falar de arte, de galerias, de museus e, claro, preparava-me para continuar a manter o mistério. Mas o segredo foi desvendado e, portanto, falarei disso amanhã ou depois e, então, hoje aqui estou essencialmente para confirmar o local a que me venho referindo. 

Estive durante quatro maravilhosos dias em Amsterdão.

Embora a Holanda seja um país muito rico, com ordenados altos, os preços são muito equivalentes ao de Portugal. Podem fazer-se boas compras, os preços das peças em antiquários ou lojas de velharias são muito acessíveis, o preço da roupa é idêntico ao de cá e o preço nos restaurantes é mais ou menos o de cá. Claro que assim aquela gente só pode andar feliz, não é?

Por razões circunstanciais fui numa altura não muito aconselhável quando o objectivo é arranjar hotéis ou aviões a bons preços. 




Decorreu naquele fim de semana a Maratona de Amsterdão e essa foi uma das razões pelas quais os hotéis estavam repletos.

Quanto à Biblioteca é de facto a OBA, Openbare Bibliotheken Amsterdam. Quando escolhi fotografias tive o cuidado de não usar as que a identificam muito claramente, como, por exemplo, esta aqui abaixo.




Sugiro que vejam o filme que consta do site. Dá uma boa ideia do que é aquele maravilhoso local.

Não vos referi, no outro dia, um aspecto (que se vê no filme) que me encantou. 




Logo à entrada há um piano. Na fotografia está mais ou menos no centro. Quem quiser, senta-se e toca. A minha amiga, que sabe tocar, ainda tocou uns acordes. 

Nas fotografias que mostrei nos posts anteriores vi-me, pois, aflita para não evidenciar aspectos que identificam a cidade e que são omnipresentes naquela cidade: as bicicletas e os canais. 

Toda a cidade é atravessada por canais e por todo o lado há bicicletas, milhares e milhares de bicicletas.




Por exemplo, quando falei de chapéus apetecia-me mostrar esta mulher tão elegante mas, lá está, ela estava de bicicleta e eu não queria que vocês descobrissem logo à primeira.




E quando falei de moda e graça e informalidade, apeteceu-me mostra esta outra. Mas, uma vez mais, lá estava a bicicleta.




Toda a gente anda de bicicleta. Capacetes, nada.

Todas as ruas, mas todas, têm ciclovias.

Para quem não está muito habituado, e vai tranquilamente naqueles largos passeios, os sustos são frequentes. É que as bicicletas reinam. Não são apenas as estradas, são também os passeios. Os passeios têm a parte pedonal e têm também a ciclovia e, oh senhores, eles andam numa velocidade...

E andam novos, velhos, homens, mulheres, mulheres com crianças, crianças à frente, crianças atrás.




E ninguém, mas ninguém, senhores, usa capacete. A grande velocidade, lá vão eles, inclusivamente com crianças ali no meio da confusão.




Já pensaram no dinheiro que eles poupam: não pagam transportes públicos, não gastam dinheiro em gasolina?

As bicicletas frequentemente têm um cesto à frente ou atrás onde colocam as compras ou as pastas. E é frequente vê-los com uma mão no volante e a outra mão com uma sandes, um sumo, o telemóvel.




Passam pelo meio dos automóveis, dos autocarros, do metro de superfície, e sempre a grande velocidade, sem capacete. Nas fotografias que aqui mostro só se vêem as bicicletas nas ciclovias e não no meio do trânsito mas é que ali, no meio da confusão, não deu para estar parada a tirar fotografias. 

Depois, quando chegam ao destino, apeiam-se e prendem uma corrente com um cadeado.

Presumo que ali ninguém roube bicicletas. São aos milhares por todo o lado, para que haveria alguém de roubar uma em particular?




Por isso, se voltar à minha pergunta: porque andam todos tão felizes? presumo que uma justificação está também nisto, na vida saudável, no desporto útil que é isto. Pedalam, pedalam. E a cidade, nesta altura do ano, está linda. As árvores estão douradas e reflectem-se nas águas do rio e dos canais. E eles vão para o trabalho, vão às compras, ou seja, deslocam-se maioritariamente de bicicleta. É saudável para as pessoas e, também, para as finanças do país, pois há um muito menor consumo de combustíveis.

Até os táxis são maioritariamente bicicletas e aqui é uma área em que a criatividade pontifica. 




Cada um decora-os e arranja-os conforme a imaginação dita. São cobertos ou descobertos, pintados ou forrados, conduzidos por homens ou por mulheres.




E até os homens estátua usam o motivo da bicicleta para as suas composições, como este aqui em baixo que me impressionou pela expressão e pela posição.




Mas se, nos posts anteriores, tanto quanto possível, tentei esconder-vos as bicicletas, tive, no entanto, o cuidado de ir deixando algumas pistas...

A carteira amarela que trouxe tem uns girassóis em relevo, num dos cantos. Isso não vos faz soar uma campainha...?



Claro, os girassóis de Van Gogh. Comprei-a na loja do Museu Van Gogh. Aliás, para ser mais precisa, o Museu está fechado para obras e as obras estão num espaço cedido pelo Hermitage. Portanto, foi no Hermitage que vi a maravilhosa, maravilhosa, exposição de obras de Van Gogh.

Estão a ver as malas amarelas ao fundo, à direita da coluna? Foi uma dessas que eu trouxe. São da bela cor das searas e dos girassóis de Van Gogh.

E reparem nas cestas giríssimas que estão em primeiro plano, na coluna. São de vime pintado de um verde planície e têm, de cada lado, dois orifícios. Por esses orifícios passa uma écharpe que serve de fecho à cesta.

Também vos disse que a blusa era um Mondrian. Referia-me, claro, a Piet Mondrian, um pintor holandês.

Comparem o padrão da minha blusa com esta pintura original de Mondrian, tal como a fotografei no Stedelijk, o museu de arte moderna (e, já agora, reparem na atenção das crianças...).




Mas a presença da arte é tão marcante em Amsterdão que amanhã escreverei exclusivamente sobre isso. 

Hoje fico-me apenas pelo air du temps.

Estou quase a terminar o texto de hoje, que já vai tão longo que vocês já devem estar a espumar de impaciência. Mas ainda vos quero falar de um outro aspecto peculiar. Por aqui, as janelas não têm estores ou portadas. A luz deve entrar sem barreiras. Mas sem barreiras nem filtros - porque também são raras as cortinas. E, então, como podem imaginar vê-se tudo dentro das casas. Uma coisa...




Esta, por acaso, até tinha uns estores e era uma excepção mas o que se passa é isto: a gente vai a passar na rua e vê para dentro das casas. Eu não devia ter feito isto, fotografar para dentro da casa das pessoas mas achei esta imagem tão bonita, tão acolhedora, que não resisti.

Mas agora vejam esta outra. Quase parece uma cena da Red Light Zone, em que as meninas estão despidas à janela como numa montra. Este casal estava simplesmente em casa, tinham estado a olhar a rua, ele em tronco nu, tudo sempre na mais incrível das à vontades.




Uma vez que andávamos a passear à noite, o meu marido exclamou, acabei de ver umas pessoas a enfiarem-se na cama. E, claro, especulámos: como será nos momentos de intimidade?

Enfim, são costumes e este deixa bem antever a total descontracção e o total desprendimento desta gente, indiferente às pequenas opiniões alheias. Se não incomodam ninguém, porque haveria alguém de se sentir incomodado?

Amanhã, em princípio, falar-vos-ei das galerias, dos museus, das lojas. É arte e design por todo o lado, dá gosto uma coisa assim.

*

No meu Ginjal e Lisboa continuamos com Pergolesi e hoje as minhas palavras andam em volta de quem se passeia olhando as águas junto a um certo restaurante, tal como andam as palavras do intruso de José Alberto Oliveira. Gostava de vos ter também por lá. O texto é curto e o poema também (digo isto, porque imagino que já estejam fartos de tanta conversa; isto comigo é sempre assim, entusiasmo-me a contar-vos coisas, penso que alguns de vocês nunca lá poderão ir e que talvez gostem de saber como é, e esqueço-me que a vossa paciência tem limites).

*

E, portanto, sem mais: desejo-vos uma bela sexta-feira!

16 comentários:

  1. Para complementar aconselho o «Com os Holandeses» de Rentes de Carvalho: nem tudo o que parece, é, mas definitivamente uma sociedade uns pontos acima da nossa. Principalmente quando ela é mesquinha, pequenina, gananciosa, invejosa, pouco solidária, conservadora...É que para se ser feliz basta optar pelas práticas correctas, que nem sempre são as boas práticas apregoadas por alguns. E optar, bem, pela simplicidade, pelas práticas sadias,por um certo desprendimento, pela cultura, pelas artes,...

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  2. Interessante! Li, mas não chegava lá. Curioso, pois estive em Amesterdão (e na Holanda) por várias vezes, devido a razões diversas. Desde turismo, a trabalho, até de passagem. E sempre gostei de lá estar. A primeira vez que lá fui ainda era jovem, foi um pouco antes do 25 de Abril. Visitei na altura a Holanda e Bélgica e em Amesterdão, onde iniciei essa visita turistica, acabei por vir a manter um namorico de ocasião com uma jovem norte-americana. Hoje, ao lembrar-me disso sorrio-me. E, na verdade, aquilo que mais me marcou foram de facto as tais bicicletas. Aos milhares. Por todo o país! É certo que é um território plano, portanto propício à bicicleta (como Zurique e Viena, por exemplo). Mais tarde, quando tive afazeres profissionais algures no continente asiático, viajávamos de avião a preços especiais praticados pela KLM para os expratiados e aterrávamos sempre em Amesterdão, para depois mudarmos de voo para Portugal. Acabávamos por ali ficar um dia ou dois e lá íamos visitar a cidade, seus museus, galerias, passear nas encantadoras ruas junto aos canais, etc. Anos após, passei a ter de lá voltar, agora até Haia, por razões profissionais, durante quase 2 anos. Como ficava ali uns 4dias, acabava por aproveitar e ficar a semana inteira (de 9 dias, Sábado até Domingo da semana seguinte) e lá voltava a Amesterdão e visitando outras cidades, como Utrecht, Alkmaar (aqui ver a feira dos queijos, de todos os tamanhos e sabores), Delft, que se não erro era famosa pela olaria e cerâmica expostas, etc. Quanto aos cortinados (um hábito igualmente partilhado na Bélgica, sobretudo na região flamenga), ao que julgo ter percebido dever-se-á a tradições ou influência protestante, que achavam que a existência de cortinas implicaria ter algo (errado) a esconder dos outros e, nesse sentido, quem não devia, não temia. Ainda outro dia, quando estive no tal jantar que aqui num outro Post mencionei, a propósito de um amigo bem colocado numa multinacional que tinha de preparar apresentações para representants de Agências de Rating, ele vive na Bélgica, onde trabalha e a mulher é belga/flamenga e deu-nos uma vez mais essa possível explicação (ele convive mal com esse hábito, ela bem, pelo que há zonas da casa que...têm cortinas, outras não!). Por mim, prefiro um cortinado, até porque dá mais elegância a uma casa. E porque gosto da minha privacidade. Mas respeito o contrário. Mas na Holanda (e Amesterdão) também há muito o hábito de andar de skate e não só os jovens. Um amigo nosso, português, professor numa universidade ali há anos, contou-nos, com pesar (e para nós foi difícil de conter o riso) que a mulher (holandesa) um dia, já com mais de 15 anos de casamento, decidiu-se por passar a andar de skate e passados uns tempos...”deu-me com os patins, ou seja, foi-se embora, pediu o divórcio. Começou a ficar mais independente, menos ligada a nós e a mim e foi-se! Fiquei muito abalado, mas tenho de habituar-me.” Assim. Tal e qual como nos descreveu. Fico á espera dos seus comentários sobre os museus, galerias (excelentes), etc. Um país com uma grande qualidade de vida, com um bom sistema de segurança social, onde o Estado respeita os contribuintes. Um exemplo a seguir em muitos aspectos, mas que a tripla Passos-Gaspar-Portas não está para aí virada. Preferem as receitas da Escola de Chicago.
    P.Rufino

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  3. Cara UJM:

    Fico contente por ter gostado tanto, por ter descansado, cansada (os pés são um pequeno nada...). Mas perdoe-me o trazer aqui um pequeno poema que ontem alguém leu no meu blog, feito e publicado lá há quase um ano (repito, quase uma ano!). Coincidências?... Mera coincidência!

    Saudações cordiais,

    J. Rodrigues Dias

    ............

    Andam névoas nos olhos tristes…

    Andam na rua
    Névoas nos olhos tristes,
    Angústias em nuvens escuras,
    Pesadelos de sonhos levados…

    Andam na rua
    O não ter,
    O não poder,
    O já não se ser,
    Dias sem sol a morrer
    E noites sem uma janela com lua…

    Andam na rua
    O medo
    E o frio sempre da noite crua…

    Anda gente ceifada
    Com colheita destroçada…

    Andam névoas nos olhos tristes
    Com lampejos de revolta…

    José Rodrigues Dias, 2011-11-23

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  4. Pôr do Soloutubro 26, 2012

    Tem razão querida Jeitinho, muitos de nós não teremos hipotese de viajar muito mais.
    Eu conheço quatro ou cinco capitais da Europa, tenho viajado mais pelos livros, documentarios e fotos.
    Os Países Baixos eram, em tempos idos, um objectivo de viagem.
    Quando as pessoas me diziam que só não viaja quem não quer e me mostravam os preços para Brazil,Sheychelles etc não compreendiam porque lhes respondia, numca antes de conhecer a velha Europa, embora os preços fossem bem mais altos.
    Tenho um certo fascinio pela Belgica e como a esperança existe, talvez um dia.
    Entretanto aguardo que nos conte tudinho sobre Amesterdão.
    Um beijinho e obrigada.

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  5. Olá jeitinho,
    já estive em Amsterdam e adorei, os museus, as bicicletas, os canais e o mercado de flores com as tulipas. De vez em quando ainda nasce uma tulipa no meu jardim, filha de algum bolbo que comprei no mercado das flores.
    Uma maravilha que saudades.
    Obrigada
    Beijinho Ana

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  6. Olá,

    Obrigada pelo primeiro lugar!
    Como costumam dizer nos óscares, foi uma honra ter sido nomeada com tão ilustres comentadoras!
    E agora é só sonhar com a viagem...

    E por falar em sonhos e em óscares, a sua bela mala dos girassóis do Van Gogh trouxe-me à lembrança um belíssimo filme do Akira Kurosawa chamado Dreams, que eu tive em K7 durante muito tempo, e que encontrei agora em dvd na fnac chiado.

    Num dos sonhos, um estudante de arte entra num dos quadros do Van Gogh e acaba por se encontrar com o pintor num campo de trigo, pintor que tem a particularidade de ser interpretado pelo Martin Scorsese numa das suas raras aparições como actor.

    O filme consta de 8 sonhos, sendo três deles esteticamente muito belos. Se tiver oportunidade dê uma espreitadela, ok?

    Voltando ao post de hoje, também achei estranho eles não terem cortinas (julgava que era só na tal rua), mas adorei aqueles taxis-bicicleta e as suas fotos estão fantásticas como sempre.

    Agora que venham os museus e livrarias!

    Um beijinho e um bom dia de trabalho sem pés o doer.

    Antonieta

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  7. Amiga:
    Lembrou-me Brel

    Dans le port d'Amsterdam
    Y a des marins qui chantent
    Les rêves qui les hantent
    Au large d'Amsterdam
    Dans le port d'Amsterdam
    Y a des marins qui dorment
    Comme des oriflammes
    Le long des berges mornes
    Dans le port d'Amsterdam
    Y a des marins qui meurent
    Pleins de bière et de drames
    Aux premières lueurs
    Mais dans le port d'Amsterdam
    Y a des marins qui naissent
    Dans la chaleur épaisse
    Des langueurs océanes

    Abraço
    Mary

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  8. Caro PAS, 'pela escrita é que vamos',

    Tenho cá em casa esse livro mas ainda não tive ocasião de o ler. Esta gestão de tempo anda difícil, isto dos blogues consome-me tempo que antes era dedicado à leitura. A ver se o leio.

    De resto, concordo plenamente consigo. A qualidade de vida, a verdadeira, está no que é simples, nos hábitos saudáveis, naturais, na convivência, no contacto frequente com a arte, com a cultura. É isso mesmo.

    Da alegria de viver vem a segurança, e da segurança vem a defesa inteligente pelo direito a uma vida com qualidade e daí vem a prática sustentada de uma cidadania livre e daí vem a exigência, etc, etc. 'Isto anda tudo ligado'...

    Obrigada pelas suas palavras.

    (A ver se é hoje que tenho tempo para incluir o seu blogue aqui na minha lista. Há um outro, não é? Não me lembro do nome. Pensava que era 'a cauda das coisas' mas já vi que não é)

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  9. Olá P. Rufino,

    Lê-lo é um gosto.

    Viveu algum tempo fora e isso nota-se. Quando se vive no estrangeiro, fica-se com mundo. Eu nunca vivi. Sempre que vou, volto pouco depois, vou a trabalho ou a passeio. Mas, ainda assim, é sempre como se fosse uma operação de abertura de cabeça.

    Sobre o hábito das janelas descobertas, a explicação oficial é essa mas eu tenho, cá para mim, que deve ser para aproveitar o sol. Mas não sei, até pode ser mesmo vestígios da influência religiosa de outros tempos. O facto é que é prática que perdura e que é bizarro aos nossos olhos, tão ciosos da nossa privacidade.

    Quanto às bicicletas é claro que o facto de não haver colinas ajuda. Em Zurique, tem razão, também é normal as pessoas deslocarem-se de bicicleta mas, ainda assim, não é como em Amsterdão onde são aos milhares, milhares, uma presença absoluta, uma prática que molda o modo de vida.

    É um país que não é grande mas que é próspero, rico, forte e nota-se que a população é igualmente pujante, feliz. Muito diferente de nós, de facto.

    Um bom fim de semana, P. Rufino.



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  10. Caro José Rodrigues Dias,

    Gostei muito do seu poema que tanto contrasta com a animação nas ruas que venho descrevendo. É a diferença entre um nível de vida assente em prosperidade e práticas sustentadas de democracia e liberdade e um outro assente em desalento, expectativas frustradas, desesperança, tristeza.

    Seria bom que um dia os nossos filhos e netos vivessem felizes, tranquilos, bem dispostos, aqui no nosso país.

    Muito obrigada pelas suas palavras, sempre tão oportunas e sensíveis.

    Saudações cordiais, Caro José Rodrigues Dias, e votos de um belo fim de semana!

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  11. Olá Pôr do Sol,

    Eu sou ainda mais conservadora no que se refere a viagens. Tantas vezes que penso que é disparate ir por aí fora a conhecer o mundo quando ainda nem o país conheço bem. E Portugal é tão bonito.

    Mas, de vez em quando, quando posso, quando se proporciona, é com prazer que vou conhecer outras cidades, especialmente que tenham bons museus e onde seja agradável andar na rua.

    E também prefiro a Europa.

    Com as viagens low cost e marcando numa época boa e com antecedência, consegue-se ir por pouco dinheiro. O meu filho é profissional nisso. Conhece meio mundo gastando pouco dinheiro.

    Obrigada pelo estímulo. O meu marido agora perguntou-me porque é que eu gosto de contar estas coisas. E eu respondi-lhe que é porque há pessoas que não têm oportunidade de viajar e que, assim, talvez eu consiga transmitir um bocadinho do que é, talvez fiquem quase com a sensação de lá terem estado. Não sei se ficam ou não mas eu é nisso que penso.

    Um beijinho, Sol Nascente!

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  12. Olá Ana,

    Eu é que não quero maçar demais os meus leitores pois tenho tantas fotografias sobre os maravilhoso canais, sobre as flores, tantas flores, tão lindas. Quando me ponho a ver as fotografias para as escolher para aqui, dá-me pena de não mostrar algumas.

    Agora não trouxe túlipas mas sim uma daquelas que é eterna, que se põe na água. Estava seca, parecia morta, e agora, dentro de água, está a abrir e a ficar verde. Que engraçado.

    Um beijinho, Ana!

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  13. Olá Antonieta,

    Também não conheço esse filme e também me aguçou o apetite. Para semana vou à procura.

    A arte japonesa agrada-me muito. É uma arte muito leve, muito simples, muito despojada mas, ao mesmo tempo, muito intensa.

    A ver se hoje consigo chegar aos museus. Antes de responder aos comentários estive a escolher fotografias e seleccionei umas quantas relativas a galerias, a design, à rua e, se puser todas essas, não vou conseguir chegar aos museus. Já vejo como me sai.

    Muito obrigada pelas suas palavras e pela dica.

    Um beijinho, Antonieta.

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  14. Mary,

    As coisas que eu aprendo aqui, nomeadamente consigo...

    Não conhecia essa canção do Brel. Já fui à procura dela e adorei.

    Acho que a vou colocar no texto que vou escrever agora a seguir.

    Muito obrigada, Mary, e um beijinho!

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  15. Estive noutra cidade,Copenhaga, que também têm "o provir na pedaleira" e por isso é feliz como poucas.
    Belo poste.
    :)

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  16. Olá jrd,

    Não conheço Copenhaga mas imagino-a também com uma boa qualidade de vida.

    Desporto ao ar livre (porque andar de bicicleta é um meio de locomoção e um belo desporto), muita água, arte, cultura, descontração, economia forte, etc, etc, etc, ... claro que têm mais que razão para andarem felizes, não é?

    Um abraço, jrd.

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