Intróito a despropósito
Num dia marcante voltei ao trabalho.
CR7, um rapaz de afectos, aqui com o famoso clã Aveiro |
Marcante porque foi o dia em que o filho da Srª D. Dolores Aveiro e irmão das manas Aveiro, Elma e Cátia de seu nome, desabafou que se sente sozinho no balneário (ah, estas cenas masculinas nos balneários...), que os colegas o fazem sentir assim e que, por isso e por outras razões que não queria adiantar, se sente triste. E mais: assim não quer continuar no Real Madrid, talvez porque há-de haver, noutro lugar, quem lhe faça mais miminhos.
CR7, um rapaz de afectos, aqui entre Rita Pereira e Irina Shayk |
E com a tristeza do CR7 toda a imprensa espanhola se entusiasmou e esqueceu a crise.
Fazem-se apostas: quer mais dinheiro? recebeu melhor oferta?
Ou seja, ninguém coloca a hipótese que o jovem se sinta mesmo carente de gestos de carinho por parte dos colegas no balneário. As pessoas são mesmo maldosas.
Fazem-se apostas: quer mais dinheiro? recebeu melhor oferta?
Ou seja, ninguém coloca a hipótese que o jovem se sinta mesmo carente de gestos de carinho por parte dos colegas no balneário. As pessoas são mesmo maldosas.
Mas marcante também foi a 'cena' da troika com os parceiros sociais: ao que estes vieram de lá a relatar, os senhores da troika disseram que o programa de ajustamento é da responsabilidade do Governo e não deles.
Pumba: tiraram o tapete ao Passos Coelho.
A esta hora deve estar reunido o núcleo duro (o inteligente Passos da Manta toda Rota, o engenheiro civil promovido a fiscalista e guardião do programa da troika Moedas, o calinas Gaspar que ainda não acertou uma, quiçá até o grande ideólogo que dá pelo nome de Vai estudar ó Relvas, e talvez até o Leal a toda a prova Portas) a tentar engendrar uma saída airosa para esta. É que já não lhes bastava os remoques do Cavaco, as crónicas assassinas da Manuela Ferreira Leite, as facadinhas do Professor Marcelo, o ódio visceral do Pacheco Pereira, os abanões do Capucho e por aí vai, agora até os da troika não querem ter nada a ver com o rapaz de Massamá e companheiros.
Pumba: tiraram o tapete ao Passos Coelho.
A esta hora deve estar reunido o núcleo duro (o inteligente Passos da Manta toda Rota, o engenheiro civil promovido a fiscalista e guardião do programa da troika Moedas, o calinas Gaspar que ainda não acertou uma, quiçá até o grande ideólogo que dá pelo nome de Vai estudar ó Relvas, e talvez até o Leal a toda a prova Portas) a tentar engendrar uma saída airosa para esta. É que já não lhes bastava os remoques do Cavaco, as crónicas assassinas da Manuela Ferreira Leite, as facadinhas do Professor Marcelo, o ódio visceral do Pacheco Pereira, os abanões do Capucho e por aí vai, agora até os da troika não querem ter nada a ver com o rapaz de Massamá e companheiros.
E, por falar nos da Troika, gostava que alguém me esclarecesse sobre uma dúvida que me assalta sempre que vejo as imagens de televisão. Sempre que se refere a vinda dos homens da troika, mostram o grupo acompanhado por uma morena alta com uma rosa vermelha ao peito, uma rosa grande e farfalhuda como uma alface (que aqui, nesta fotografia, não aparece) e um senhor pequenino, sorridente, com ar muito diligente.
As imagens mostram-no ao lado do senhor desprovido de cabelo, que é altíssimo. E o senhor pequenino, metade do outro, ali vai sorrindo, quase saltitão de tão feliz. Quem é? Alguém me sabe dizer? Não é por nada, é mesmo só uma fútil curiosidade.
*
Texto propriamente dito
Música, por favor
Mário Laginha Trio*- Prelúdio n.20 op.28 de Chopin
Piano-Mário Laginha; Contra-Baixo-Bernardo Moreira; Bateria-Alexandre Frazao
Música, por favor
Mário Laginha Trio*- Prelúdio n.20 op.28 de Chopin
Piano-Mário Laginha; Contra-Baixo-Bernardo Moreira; Bateria-Alexandre Frazao
Mas adiante. Dizia eu que tinha regressado ao trabalho e agora vou falar de coisas que me interessam mais.
Não estou ainda completamente recuperada e, segundo o médico, o processo ainda durará mais algum tempo, mas já me sinto suficientemente à vontade para conduzir, para superar um dia normal de trabalho e, sobretudo, já não suportava mais estar longe da minha actividade e das minhas rotinas.
E uma das minhas rotinas passa por frequentar livrarias à hora de almoço. A Fnac estava diferente, mais espaçosa, mas não gostei, pareceu-me um bocado vazia e gosto de ver as livrarias cheias, muito cheias de livros, e se eles até parecerem um bocado amontoados, melhor, e se cheirarem muito a livros ainda melhor, e se até cheirar um bocadinho a pó em cima dos livros, melhor.
Claro que a Fnac não é bem uma livraria tamanho é o comércio desbragado que por ali se passa mas eu, que as comecei a frequentar antes de cá chegarem, especialmente em Les Halles, Paris, e ficava pasmada com tanta gente, tanto livro - e as pessoas até lá podiam entrar com cães, e tudo aquilo me parecia tão civilizado - fiquei com esta fidelidadezinha de que me custa abdicar.
Também fiquei um bocado decepcionada com a oferta a nível de poesia pois é rara a vez que não descubro algum livrinho que me parece muito razoável e hoje nenhum me despertou atenção. Fiquei na dúvida relativamente ao do Fernando Pinto do Amaral mas folheei e tudo me pareceu demasiado banal. Nada de poesia hoje, portanto.
Fiquei-me por um cartão para a máquina fotográfica, pelo livro do Paul Auster, o Diário de Inverno, e, seguindo uma muito oportuna sugestão aqui deixada há dois dias num comentário, também o Contos Completos de Lydia Davis, em tempos mulher de Paul Auster, conforme se refere nesse comentário.
Andei também à procura de Um Deus passeando pela brisa da tarde de Mário de Carvalho, seguindo uma sugestão de um outro comentário mas não encontrei. Espreitarei na Bertrand ou tentarei outra Fnac. Não encomendo já porque gosto de os escolher à mão, um pouco como quando se vai ao mercado escolher peixe. Um livro com aquele título tem que ser um livro muito especial e quero ser eu a pegar nele antes de o fazer meu.
Depois de tanto tempo sem comprar livros não foi famosa a colheita mas, enfim, pode ser que, tal como acontece com o vinho, quando é pouca a abundância, melhor é a qualidade.
E, para que a rotina ficasse ainda mais completa, ao fim da tarde aventurei-me pelos meus caminhos naturais, pela beira do rio. Para lá ainda fui bem, enquanto lá andei ainda menos mal. O pior foi o regresso, já com alguma dificuldade. E agora aqui estou, a sofrer com os meus excessos, com as pernas elevadas a ver se as coisas vão ao sítio. Mas perdoa o mal que faz o bem que sabe, não é assim que se costuma dizer?
E, portanto, num fim de tarde envolto em fumo, o rio e Lisboa quase invisíveis, um cheiro a queimado, aparentemente devido a incêndios nas zonas de Mafra e Torres Vedras (será? chegava até tão cá abaixo?), lá voltei ao local de todas as magias. E se as magias hoje estavam no ar, deus meu...
Cheguei e fiquei logo rendida, esmagada. Em dias assim, em que a beleza é quase demais, tenho que parar, tenho que ali ficar quase como se estivesse recolhida em oração. Só depois posso avançar.
O céu estava assim, em fogo, o sol espreitando, impúdico, exagerado. E percorrendo os céus, livre, livre, livre, esta gaivota. Descia e passava rente ao rio, depois subia, afastava-se, parecia ir até à ponte mas logo regressava, sobrevoava os telhados e voltava, assim. E eu olhava esta gaivota como se ela fosse coisa inventada, saída da minha louca imaginação.
Mais à frente, num pontão, um casal de namorados. Envoltos no fumo como se estivessem envoltos em tule, ali estavam, ternos, disponíveis um para o outro, e abraçavam-se, beijavam-se e brincavam. Eram uma silhueta que se recortava num fundo de grande beleza, o rio brilhante, Lisboa encoberta, o céu desvairado.
E, portanto, num fim de tarde envolto em fumo, o rio e Lisboa quase invisíveis, um cheiro a queimado, aparentemente devido a incêndios nas zonas de Mafra e Torres Vedras (será? chegava até tão cá abaixo?), lá voltei ao local de todas as magias. E se as magias hoje estavam no ar, deus meu...
. Parece uma subtil, quase invisível, renda ao fundo mas é a Ponte 25 de Abril envolta em fumo, nesta tarde extraordinária . |
Cheguei e fiquei logo rendida, esmagada. Em dias assim, em que a beleza é quase demais, tenho que parar, tenho que ali ficar quase como se estivesse recolhida em oração. Só depois posso avançar.
O céu estava assim, em fogo, o sol espreitando, impúdico, exagerado. E percorrendo os céus, livre, livre, livre, esta gaivota. Descia e passava rente ao rio, depois subia, afastava-se, parecia ir até à ponte mas logo regressava, sobrevoava os telhados e voltava, assim. E eu olhava esta gaivota como se ela fosse coisa inventada, saída da minha louca imaginação.
Mais à frente, num pontão, um casal de namorados. Envoltos no fumo como se estivessem envoltos em tule, ali estavam, ternos, disponíveis um para o outro, e abraçavam-se, beijavam-se e brincavam. Eram uma silhueta que se recortava num fundo de grande beleza, o rio brilhante, Lisboa encoberta, o céu desvairado.
E, no maior silêncio, no meio de um cenário imobilizado, um barquinho passava rebocando um outro barco |
E eu passava, fotografando, ah que saudades eu tinha de passear por aqui ao fim do dia, junto a estas casas que o tempo embeleza, junto ao rio que corre nas minhas veias, sob este céu que é imenso e tão leve.
Hoje não se sentia a maresia, apenas fumo. E o rio estava também quase vermelho, quase como se fosse um rio de sangue dourado.
Pudesse eu entrar nele, nua, e ali ficar na suave corrente.
Hoje não se sentia a maresia, apenas fumo. E o rio estava também quase vermelho, quase como se fosse um rio de sangue dourado.
Pudesse eu entrar nele, nua, e ali ficar na suave corrente.
Mais à frente, um jovem sentou-se e a rapariga que o acompanhava continuou e entrou por outro pontão. Ele ficou a vê-la, parado a vê-la, sem se mexer. E ela andava, ágil, uma garça, uma graça. E ele observava-a. A seguir fotografou-a. Não se via a cara dela mas aposto que se estaria a rir e aposto que ele estaria em êxtase olhando a sua amada num cenário tão incrivelmente belo. Gostava que eles vissem esta fotografia em que eles para sempre serão jovens, jovens flutuando num tempo imenso, mágico.
Depois regressei, passei pelas paragens de autocarro. A esta hora tardia as pessoas saem apressadas dos barcos, as mulheres trazem sacos de plástico nas mãos, talvez sejam compras, comida para o jantar, os homens trazem pequenas malas, talvez com mudas de roupa. Depois sentam-se com ar exausto nos bancos, outros ficam de pé, encostados. Gente humilde. Olha-se e imagina-se o esforço que fazem para subsistir. São oito e tal, daqui a pouco a esta hora será noite, e estão a regressar a casa, depois de terem usado vários transportes. É esta gente que suporta aumentos gravosos no preço dos transportes, no IVA, no IRS, nas taxas moderadoras, que perde abonos de família, que receberá uma miséria se perder também o emprego. É sempre nestas pessoas que penso quando vejo a arrogância do Borges clamando pela necessidade de baixar os ordenados ou quando vejo a palermice do Passos Coelho a dizer que as pessoas querem é regabofe. Gentinha imoral esta que nos governa.
Mas, com as cores vibrantes de hoje, as paragens de autocarro estavam feéricas e as pessoas eram silhuetas abstractas, figurantes luminosos, e eu gostava também que eles se vissem assim, dignos, belos, eternos, percorrendo o espaço, chegando até vós como se tivessem voado.
Depois regressei, passei pelas paragens de autocarro. A esta hora tardia as pessoas saem apressadas dos barcos, as mulheres trazem sacos de plástico nas mãos, talvez sejam compras, comida para o jantar, os homens trazem pequenas malas, talvez com mudas de roupa. Depois sentam-se com ar exausto nos bancos, outros ficam de pé, encostados. Gente humilde. Olha-se e imagina-se o esforço que fazem para subsistir. São oito e tal, daqui a pouco a esta hora será noite, e estão a regressar a casa, depois de terem usado vários transportes. É esta gente que suporta aumentos gravosos no preço dos transportes, no IVA, no IRS, nas taxas moderadoras, que perde abonos de família, que receberá uma miséria se perder também o emprego. É sempre nestas pessoas que penso quando vejo a arrogância do Borges clamando pela necessidade de baixar os ordenados ou quando vejo a palermice do Passos Coelho a dizer que as pessoas querem é regabofe. Gentinha imoral esta que nos governa.
Paragem de autocarro num dia de cores ardentes |
Mas, com as cores vibrantes de hoje, as paragens de autocarro estavam feéricas e as pessoas eram silhuetas abstractas, figurantes luminosos, e eu gostava também que eles se vissem assim, dignos, belos, eternos, percorrendo o espaço, chegando até vós como se tivessem voado.
*
E por hoje é isto. Mas quero ainda desejar-vos, Caros Leitores, uma terça feira cheia de beleza.
ResponderEliminarOlá, UJM
Esse foi, na verdade, um dia em cheio eternizado por esta crónica maravilhosa.
Que dizer?
Zurziu no governo mais a troika, mas não 'ao murro',ainda;
referiu o Ronaldo, um incompreendido;
deteve-se na escolha de livros, que concordo, é uma tarefa importante;
contemplou a amada Lisboa, sempre bela, mesmo sob uma nuvem de fumo, com incêndios quase à porta;
e assinalou, e bem, o regresso ao Ginjal que eu também já amo.
Tudo isto ilustrado com fotografias de sonho...
Minha querida, continue assim, não lhe falta nada. O que são os 20 anos perante essa sensibilidade imensa?
Continuação de boa recuperação e nada de exageeeros...
Bjs
Olinda
Sobre a familia Aveiro, cada um com a sua CRUZ, uns de pau, de ferro, de prata, de ouro, de platina.
ResponderEliminarbeijinho
As fotos estão lindíssimas.
ResponderEliminarDe tudo no seu texto, sobressaiu para mim aquilo que diz sobre as pessoas anónimas que chegam ao fim do dia cansadas, exaustas de um dia de trabalho díficil e desmotivante.
E outras tantas à procura de emprego...
Todos a tentar sobreviver...
É um lugar-comum dizer-se o que vou dizer, mas digo-o na mesma: todos os elementos do governo deveriam passar uma semana vivendo na pele dos cidadãos anónimos e honestes que fazem das tripas coração para conseguir sobreviver.
Depois já poderiam falar com conhecimento de causa. Se calhar seriam mais justos e honestos.
Já comprei o livro do Paul Auster, depois do comentário que aqui vi fiquei curiosa. O da ex-mulher não comprei. Fica para outra vez.
Um beijinho, e "conclusão" das melhoras!
(também já recomecei ontem o trabalho)
Olá Olinda,
ResponderEliminarOs exageros são, para mim, uma tentação... E a dificuldade que tenho em resistir a tentações...?
Ainda hoje abusei (e o médico que tantas e tantas vezes me diz: ...mas não abuse...!'), com dois dos meus meninos ao fim do dia em Belém. E, quando cheguei a casa, já vinha a sentir o resultado. E os dias que já estão tão pequenos? Já reparou? Devo ter chegado um bocado antes das 9 e já era noite, noite.
Mas no meio da confusão que é andar com aqueles dois, que encalham em todo o lado ou vai cada um para seu lado (e aquilo ali não tem muro de protecção, é logo o rio), ainda consegui tirar algumas fotografias. Vou agora a seguir passá-las para o PC a ver se ficaram alguma coisa de jeito.
Entro agora numa fase em que vou ler muito menos. Antes lia a tarde toda. Agora só ao fim de semana.
Um beijinho, Olinda, e parabéns pelo último post ('Receita para salvar o mundo...ou apenas ser feliz')!
Olá Rosita,
ResponderEliminarPois é, tem toda a razão, mas arcabouço para carregarem cruzes têm os membros do clã, especialmente as manas...
Mas tem razão, a cruz que ele carrega é de platina, cravejada a ouro e diamantes.
Um beijinho, Rosita!
Olá Isabel,
ResponderEliminarConcordo consigo.
Quando as pessoas se limitam a pisar os corredores do dinheiro, se deslocam em carros de alta cilindrada e, de preferência, conduzidos por motoristas, às tantas ignoram, isto é, desconhecem a realidade das pessoas que não têm acesso a essas mordomias.
Falam em abstracto, com base em números, e ignoram o que é a vida dura, estafada, das pessoas que andam horas a mudar de um meio de transporte para outro, que saem cedíssimo e chegam tardíssimo a casa, que andam sempre a correr, carregadas com sacos.
Sabe outra coisa que me custa ver? Os homens e também já algumas mulheres, com aspecto muito pobre, que estão à pesca só com uma linha (nem cana têm) que estão a apanhar peixe ali mesmo onde os barcos atracam. A água ali deve estar cheia de óleo, combustível, sei lá, são uns peixes esquisitos e os pescadores mais por desporto ou que têm outros meios nem lhes tocam. Mas os mais pobres ali estão a apanhar esses peixes e vê-se que deve ser a única coisa que têm para comer. Custa-me muito isso e nem fotografo estas pessoas porque respeito muito a sua dignidade.
Como é que se chama piegas aos portugueses, se diz que querem é regabofe ou que ganham dinheiro a mais?
Fico furiosa.
Mas, enfim, Isabel, melhores dias virão.
Espero que o seu ano lectivo corra muito bem, que a realize muito!
Um beijinho, Isabel.
Deixei este comentário para trás por falta de tempo, mas de repente tive vontade de cá voltar para lhe dar uma "dentadinha"...ao menino CR porque anda triste por falta de carinho. É difícil de compreender como é possível, um rapaz novo, milionário sentir falta de carinho ? Normalmente costuma dizer-se que tudo aquilo que damos, carinho, etc. recebemos em dobro. Penso que seria bom para ele que repartisse um pouco de carinho a tanta gente desprotegida, triste e infeliz de verdade, que alguns nem pão têm para comer, pois certamente que iria receber a dobrar, todas as coisas que lhe faltam agora!...
ResponderEliminarPasso por cima da Troika e do Passos, pois não interessa nada...
Agora quero dar-lhe os meus Parabéns por ter voltado ao trabalho, porque está mais recuperada, por ser um recomeçar de novo, e por regressar aos lugares conhecidos e ao reencontro com as pessoas também conhecidas e anónimas dessa nossa cidade, com quem nos cruzamos no dia a dia. Pena que cada vez se veja mais miséria, até a miséria envergonhada está a sair à rua, a vestir-se de nova roupagem para pedir ajuda, e vê-se o rosto triste das pessoas a vagabundearem-se pelas ruas, desempregadas num abandono e desespero confrangedor...Enfim, esperemos que haja um novo milagre das rosas e que elas se transformem em pão e fortuna!
E ainda, nesta terça, dia 4, também me passeei por Lx. e observei esse céu cheio de fumo, abafado, que mais parecia um intenso nevoeiro e a cheirar a queimado. No meu regresso a casa pela auto-estrada do Norte ainda fotografei esse sol em fogo ao longo de todo o percurso.
Parabéns ainda pelas fotos fabulosas que capturou à beira Tejo.
E quero ainda desejar-lhe que reencontre a satisfação plena nesse retomar da actividade profissional, e boas crónicas.
Um beijinho