quarta-feira, maio 02, 2012

Um 1º de Maio de trabalho, tentando domar os meus queridos livros e a assistir ao desatino nacional causado pela campanha dos 50% do Pingo Doce. Vida tão estranha, diria o Rodrigo Leão.


Música, por favor


Vida tão estranha - Rodrigo Leão



Este 1º de Maio foi dia de trabalho pesado: limpezas e arrumações.

Não sem antes, claro, darmos uma caminhada pelos lugares tão queridos, pelos espaços mais largos e azuis onde as aves voam junto aos deuses .

Bando de pássaros voa em volta do Cristo Rei

Num recanto, na rua, vi este pequeno ramo de flores murchas. Senti alguma pena, nem sei se pelas flores, se por alguém que não as quis ou por alguém que não teve a quem as dar. Um ramo de flores abandonado é sempre uma coisa triste de se ver.


Flores do campo, um bouquet improvisado que não chegou a casa do destinatário(a)


Mais à frente, numa parede, um graffiti engraçadíssimo. 'Atirem-me areia para os olhos' mas o rosto não tinha olhos. Alguém desenhou, então, uns.

Atirem-me areia para os olhos, diz esta figura no dia em que o Pingo Doce fez um 1º de Maio à sua maneira


Era costume o Pingo Doce estar fechado no Dia do Trabalhador mas hoje, de regresso do passeio, verificámos que estava aberto. Como dava jeito uma salada, dirigimo-nos lá. Uma multidão à porta e as portas fechadas. Como desconhecíamos a promoção, perguntei a uma senhora que aguardava o que se estava a passar. Respondeu-me que estava cheio, tinham fechado a porta. Espreitei. Um policia vigiava a porta do lado de dentro. Viemos intrigados com aquilo.

Mais tarde veio, então, a explicação: por todo o lado havia um delírio. Multidões esvaziavam as prateleiras, pagando apenas metade. As televisões mostravam o impensável. Gente gastando dinheirões com a sofreguidão de pagar metade, gente em apertos durante horas, gente aborrecida e zangada, gente envolvida em confrontos, gente que teve de sair dali de ambulância.

Hoje à tarde junto a um Pingo Doce e, durante o espaço de tempo que observei, foi sempre assim


Perguntei-me logo se não estaríamos perante um caso de dumping (prática proibida que consiste em vender abaixo dos custos). Mas agora à noite ouvi que provavelmente quem vai pagar esta generosidade são os fornecedores. Não sei. Sei é que isto é que ver estas imagens e logo no Dia do Trabalhador me causa algum incómodo. Há aqui qualquer coisa que me faz lembrar algumas passagens de Ensaio sobre a Cegueira. É fácil pôr as pessoas a agir de forma estranha. Basta accionar mecanismos que têm que ver com a subsistência ou com a ganância ou com coisas assim, bem intrínsecas à natureza humana.

Adiante.

Depois foi tempo de faxina.

E, depois da faxina, tempo de pôr alguma ordem nos livros que saltaram das estantes ou que ainda não foram lá parar.

Livros tresmalhados, em cima de uma mesa de apoio, na sala em que agora me encontro
(ao fundo, parte de uma tela pintada por mim)


Mas, afinal, ainda não foram colocados no sítio devido, foram apenas melhor organizados para mais fácil localização. 


Livros em cima da mesa em que estou a escrever antes de serem postos na ordem


Parece que, quando são arrumados nas estantes, lhes perco o rasto pelo que, enquanto não os lemos ou não nos conformamos com a ideia de que tão cedo não os vamos ler, ficam em pilhas, em montinhos, fazendo-me companhia. Gosto de os ter à mão, desordenados, mal comportados, irrequietos. Pode parece o caos mas não é. 

Agora que estou a escrever já estão amontoados com alguma lógica, já os consigo localizar sem ter que dar a volta a todos.

Peguei na Ler de Janeiro e reli a entrevista de Carlos Vaz Marques (CVM) a Manuel António Pina (MAP), uma pessoa que vem até ao UJM com uma certa frequência.

Transcrevo um pequeno excerto no qual se fala do mundo dos escritores.

Pergunta CMV: O que é que esse mundo tem de errado?

Responde MAP: É um mundo de intrigas. Vive muito dessa coisa da posteridade. Valoriza coisas ridículas: se aquele tipo teve mais linhas de crítica do que eu. É muito triste, o mundo dos escritores. É igual ao dos músicos, aos dos professores, ao dos jornalistas.


O mundo dos escritores pode ser assim mas eu não quero saber, o que eu quero saber é dos livros que eles escrevem, meus companheiros silenciosos.

*

Se estiverem para isso, gostaria de vos ver lá no meu Ginjal e Lisboa. Hoje as minhas palavras voam em volta de um poema de Ricardo Gil Soeiro e a música é de Puccini pela voz de Renata Tebaldi, uma maravilha.

*

E tenham, meus Caros, uma bela quarta feira, cheia de esperança.

19 comentários:

  1. Amiga:
    O que se passou ontem, no Pingo Doce, irritou-me profundamente.
    Tenho 3 Pingos doces perto de casa e, frequentava-os. Hoje tenho compras para fazer e, não sei onde ir. Os outros são longe. Estes, sinto repulsa de lá entrar.
    Pelo que vi na TV, ficaram limpos.
    Hoje, fui de corrida dar o meu passeio. Ou melhor: fui espreitar os meus patinhos. Os grandes estão em cima das pedras, mas fiquei preocupada com os pequeninos. O ribeiro leva muita água.
    Flores abandonadas... Que triste imagem! Quem consegue desprezar flores? Marcariam algum lugar especial, para quem as deixou? Lá vem a Mary sonhadora a inventar romances. Será o local onde começou ou, acabou, um amor? O local, de um primeiro encontro? De um beijo?
    Esta Mary, só costuma aparecer no Ginjal. Enganou-se no blogue.
    Não me fale em limpezas! Amanhã é o tal dia, que me deixa extenuada.
    Logo, mais agulhas. Parece que está a correr bem.
    Beijinhos
    Mary

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  2. Amiga:
    Voltei. Esqueci-me de falar em livros.
    Aqui, ao meu lado, está um monte deles, à espera de vez. Na mesa de cabeceira, está a torre de Piza, que treme, mas não cai. Arrumá-los? Ah pois! É a solução. Mas alguns esperam ser lidos, outros relidos e os restantes, preciso deles para consultar.
    Valha-me Deus! Os livros arrumados nas estantes, ficam bem, concordo. Mas assim, em monte, desarrumados, aconchegam-me.
    Um dia destes, vai ter que ser.
    Beijinho
    Mary

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  3. Cara UJM:
    Será o golpe publicitário do ano, a genial jogada de marketing? Ou o triste espectáculo promovido pelo grande capital?
    Mau, muito mau! Mas ainda mais triste foi ouvir P. Coelho, em tom acintoso, dizer “os portugueses têm que estar preparados para maiores níveis de desemprego”- a grande esperança de um 1.º ministro em dia do trabalhador. – Vida tão estranha! Resta-nos o Cristo Rei, os largos horizontes e, claro, os livros! Porque até as flores foram maltratadas.
    E tenha dias felizes
    Abraço da
    Leanor formosa e segura

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  4. Mary sonhadora,

    Hoje escreveu coisas tão bonitas, Mary (quer aqui, quer no Ginjal)...!

    Tomara que os patinhos se façam valentes e resistam à força da água. Deve ser mesmo bonito de os ver.

    Quanto às flores, as suas hipóteses fizeram lembrar-me que já vai sendo hora de eu arrancar com outra história. É a minha sócia guionista no seu melhor...!

    A ver se um dia destes me aparece uma ideia do nada, a partir da qual eu consiga tricotar uma história.

    Quanto ao Pingo Doce é uma coisa que nos provoca sentimentos divididos, não é? A mim provoca-me aversão mas, ao mesmo tempo, penso que para as pessoas que ali andaram horas a encher carrinhos, foi uma coisa que viram como boa. É fácil manipular pessoas em estado de carência.

    Bom, fico-me por aqui e só me resta desejar-lhe... boas limpezas...! Mas não se canse muito para, depois, ainda conseguir vir aqui deixar destes comentários gostosos, está bem?


    Um beijinho Mary Romanceira!

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  5. Mary,

    Era para ter falado das torres instáveis na outra resposta mas esqueci-me.

    Eu sou mesmo viciada na companhia dos livros. Ontem a seguir ao almoço (e antes de retomar as arrumações), deitei-me um bocado no sofá e fui com literatura. Pois fui com uns 3 ou 4 livros. Comecei por ler umas crónicas do Mexia (não ranja os dentes, Mary...), depois passei para uns poemas ingleses de Fernando Pessoa, depois comecei a ler 'D.João II vs Colombo' e, aí, passado um bocado, adormeci - não por culpa do livro mas minha que ando sempre com os sonos atrasados.

    Mas gosto de andar sempre com livros atrás e gosto de os ter à mão.

    Gostei imenso de ler o que escreveu. Tal e qual eu. Arrumadinhos são uma graça, é uma visão de dar gosto. Mas assim, são os nossos amigos a quem podemos deitar a mão.


    Um beijinho, Mary!

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  6. Leanor, Formosa e Segura,

    Marketing agressivo ou uma jogada leviana, provocação ou outra coisa qualquer: não sei. Mas ver multidões passarem um dia feriado em honra do trabalhador, enfiadas num supermercado, a gastarem um dinheirão a encher carrinhos, é uma coisa deprimente.

    Acho que hoje vou falar um pouco mais sobre isto.

    É que não quero parecer elitista a falar contra isto quando as pessoas andavam tão vitoriosas de carrinho cheio, mas tudo isto revela um país facilmente manipulável (preocupantemente manipulável).

    E com o desemprego a aumentar, todas estas manifestações tenderão a aumentar.

    Isto assusta...

    Um abraço, Leanor e resguardemos uma parte dos nossos pensamentos para a largueza dos horizontes, os pássaros que voam livre e belos, para as flores que enchem de beleza o espaço que habitam (mesmo sendo um ramo abandonado num recanto).

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  7. Caro Patrício Branco,

    Como o seu comentário dos livros foi colocado no outro post, respondi lá mas retomo aqui a minha resposta.

    Agora, a minha mesa de trabalho está mais arrumadinha. Agora aqui só há poesia. Fiz duas torres que contêm apenas livros únicos por poeta. A seguir há uma outra que tem antologias.

    Depois na estante baixa ao meu lado, em cima, tem montinhos de poetas de quem tenho vários livros (Sophia, Eugénio, Herberto, Manuel Alegre, etc).

    Na estante em si, estão aqueles em que até agora não tenho pegado muito.

    Depois, em cima de outra estante, tenho os ensaios relativos a política ou economia.

    Na mesinha de apoio tenho os que têm a ver com escrita, monografias, ensaios, etc e noutro lado alguns sobre fotografia ou fotógrafos.

    São os mais recentes ou que estão em stand by.

    Ainda andam, portanto, em pastoreio mas, pelo menos, já estão mais disciplinados.


    PS: Adoro falar de livros. Dá para perceber, não dá...?

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  8. Pôr do Solmaio 03, 2012

    Cara Jeitinho,
    Desde que deixei de estar empregada tenho por norma não fazer compras ao fim de semana ou em dias feriados.
    Ao levantar roupa 2ª.feira, na 5 a Sec, a empregada dizia-me - o vestido só amanhã, mas amanhã é feriado, não fecham? perguntei. O abanar de cabeça e o desabafo: Que bem me sabia, ando a fazer 12 horas por dia e as minhas costas já não são o que eram, deixou-me furiosa:Respondi-lhe que não iria lá antes de 6ªfeira. Ainda a digerir mal as 12 horas diárias mais meio dia de domingo, entrei no P.D. ao lado, para comprar bacalhau e pouco mais. A empregada diz-me baixo, Porque não leva amanhã que só paga metade? Como? Amanhã estão abertos? O ar de satisfação com que me disse estamos e vai haver uma promoção em que por 100 euros de compras só paga 50, é muito bom para os clientes e para nós, pois pagam-nos dois dias e temos mais um de folga, desarmou-me. Mas isso é a Lei...saíu-me. Respondeu-me, ora minha senhora as leis agora fazem-nas eles.Comprei o bacalhau e vim a pensar com o nivel de desemprego até se agradece o trabalho num feriado como o 1º. de Maio.E Passos Coelho nesse dia tem mais uma pérola sobre os niveis de desemprego.
    E depois de tanta publicidade o PD diz que repetirá a promoção ainda este ano.
    Valha-nos os livros, de preferencia empilhados ao nosso lado.
    Um beijinho

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  9. Os seus livros estão como os meus, acho que os meus ainda estão piores.
    Vão chegando e ficando amontoados onde ainda há espaço. Um caos. Gosto também de alguma desarrumação em que me entendo, mas neste momento já ultapassou todos os limites e começo a ficar desesperada. Estou sem espaço.
    Enfim há-de resolver-se. Duma coisa tenho a certeza: não consigo deixar de comprar livros. Ou mais ou menos, conforme as posses, todos os meses entram em casa mais uns livritos...

    Também não sabia da promoção do Pingo Doce e quando ontem cheguei ao Fórum com as minhas irmãs, para beber um cafezinho e fazer umas compritas, ficámos espantadas com o rebuliço.Desistimos das compras.
    Só à noite percebemos na televisão o que se tinha passado.

    Um abraço

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  10. "os livros do coronel: a enciclopedia britanica, as obras de felipe trigo, romances de espionagem da 1a guerra mundial; ocupavam esses espaços nunca mais mexidos das estantes das pessoas que compram só um livro de cada vez e o lêm de imediato nessa noite, pessoas que arrumam sempre os seus livros da mesma forma incómoda e irregular que os vai deformando, livros que não são os das pesoas mais cultivadas, arrumados igualmente nas estantes mas onde um livro tem de esperar 2 ou 3 anos até ser lido"
    a propósito de bibliotecas, muito gostaria de ter visitado a biblioteca de alexandria, que livros teria lá catalogados, como estavam arrumados, onde se liam?
    há tambem a biblioteca de babel, a inventada por borges, que dirigiu cego a biblioteca nacional de buenos aires e sabia todos os que lá estavam.
    voltando às fotografias, os livros empilhados em torre tambem têm a sua beleza.

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  11. Olá Pôr do Sol,

    Pois, tem toda a razão. DE avanço em avanço sobre os direitos das pessoas, chega-se ao ponto em que as pessoas até agradecem quando recebem aquilo a que têm direito...!

    O modelo que este Governo segue é o dos baixos salários, poucos ou nenhum direitos - dá ideia que não descansam enquanto os trabalhadores portugueses não estiverem como os chineses de forma a que as empresas (estatais!) chineses venham para cá tomar conta de tudo e nem notem diferenças.

    Custa-me muito isto tudo.

    Mas, enfim, tem razão valham-nos os livros e outras coisas boas que ainda as há!

    Um abraço, Sol Nascente!

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  12. Olá, Isabel!

    Eu já tive que mudar de casa, há uns anos, por causa dos livros. Já não tinha onde pôr mais estantes.

    Agora nesta casa tenho mais espaço e há uma coisa que antes não havia: o IKEA que tem estantes de todos os tamanhos e feitios. Há uns meses arranjei umas compridas e baixas que têm imensa arrumação. Coloquei-as em sítios onde antes nunca pensei colocar estantes e ficam até muito bem (debaixo de uma janela, nas costas de um sofá comprido). Baratas e muito funcionais. E levam uns 200 ou 300 livros, já não me lembro bem. E por cima dão um jeitão para os tais montinhos. Sou fã destas estantes.

    PS: Não sou vendedora do IKEA. Nem accionista (mas gostava de ser...)

    Um abraço, Isabel!

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  13. Caro Patrício,

    Eu podia fazer um blogue só a falar de livros, de arrumar livros, de os manter desarrumados, da melhor forma de os organizar.

    Não sei se já andava aqui pelo UJM quando falei de uma reorganização enorme que teve lugar para aí há um ano ou meses, aqui na minha casa. Para fazer face a essa reorganização, ia-os tirando das estantes e, às tantas, quase não havia sítio no chão nem para pôr um pé. Quase parecia que ia ser impossível proceder à translação que resolvi empreender. Os brasileiros passaram a ter uma estante autónoma. Os de língua espanhola também. As biografias e diários também. Mas para isso, tiveram que sair de onde estavam e, nesse meio tempo, parecia o caos.

    Mas o prazer que aquela confusão me deu. Revi livros, voltei a folhear, a ler bocados - matei saudades.

    Bom, já lá ia outra vez lançada a falar de livros, já viu...?

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  14. Por acaso essas estantes por baixo das janelas e atrás dos sofás são uma opção que ainda não utilizei. Também mudei de casa há cinco anos, para uma bem maior, e no entanto não tenho muito mais espaço para estantes, porque esta casa tem imensas portas e janelas. Na minha opinião algumas eram escusadas. Tapei uma na sala, com um louceiro alto, porque não tinha parede para ele e mesmo assim ainda tenho duas janelas e duas portas para varandas. E a sala nem é assim tão grande.

    Arranjar mais estantes, é já uma coisa obrigatória.

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  15. Isabel, olá!

    Sabe uma coisa? Andava intrigada com aquilo do seu comentário que não tinha aparecido e lembrei-me de espreitar no separador Spam dos comentários. Pois não é que estava lá esse seu? E mais uns quantos...! Que maçada. As pessoas a escreverem comentários e esta coisa a colocá-los, por sua alta, recriação na pasta do Spam.

    Já os publiquei, claro, mas agora já nem vou responder, já são atrasados e já nem sei onde foram parar pois eram antigos. Paciência.

    Quanto às estantes. Tenho ideia que estas minhas últimas são estas:

    http://www.ikea.com/pt/pt/catalog/products/10196431/

    As minhas são pretas e não as coloquei ao alto mas, sim, deitadas, ou sejam, ficam com cerca de 80 cm de altura. Têm uma arrumação fantástica.

    Sei que para aí não há IKEA mas se algum dia lhe calhar vir outra vez, pode passar por cá e levar. Eles vendem isto tudo desmontado e cabe nos carros (pelo menos, no meu coube). E este é dos fáceis de montar. Mas pode ser que haja aí coisas do género.

    Se tiver um corredor larguinho, também fica bem ou ao alto, nalgum recanto, ou deitado. Enfim... Eu até mandei fazer estantes à medida antes de haver IKEA. Tenho estantes muito bonitas, com portas de vidro, que mandei fazer no norte.

    Um beijinho, Isabel.

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  16. Já vi que já lá está o comentário.
    Sabe que aqui há dias também cliquei sem querer no Spam e estava lá um comentário de há vários dias. Agora já lá vou ver se há mais. Não sei porque acontece. É aborrecido.

    Pois, aqui não há IKEA, mas sei mais ou menos quais são as estantes de que fala. De uma maneira ou doutra, vou mesmo ter que arranjar mais estantes, porque os livros não param de crescer.Quando mudei para esta casa também mandei fazer uma estante à medida para uma parede da salinha onde trabalho, mas devia era ter mandado forrar a sala toda.

    (Tem mesmo a certeza que não é accionista do IKEA?!!...

    Estou a brincar...)

    Um beijinho e bom domingo

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  17. Isabel,

    Não, não sou accionista do Ikea... e, de cada vez que lá compro coisas assim, quase ponho o meu casamento em risco que o meu marido odeia carregar com aquilo e odeia depois montar, diz que eu estou sempre a inventar coisas que lhe dão trabalho...

    Por isso, recomendo também alguma cautela nesse aspecto...

    Um abraço, Isabel.

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  18. Já me fez rir.

    Bem, não corro perigo. Sou uma solteirona (não por opção, mas porque a vida assim o quis...) mas, habitualmente, de bem com a vida.

    Essas coisas, já aprendi a desenrascar-me sozinha. Detesto estar dependente, mas às vezes não pode ser doutra maneira.

    Um beijinho

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  19. Isabel,

    Se não é solteira por opção, então porque fala como se a vida já tivesse resolvido por si o seu destino...?

    Acho que deveria dizer que 'ainda' é solteira. Cá para mim, um dia destes vai deixar de ser.

    Um beijinho, Isabel.

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